EMPREENDEDORISMO E VISÃO DE NEGÓCIOS: CASE HABBIS
O crescimento da rede Habib´s se confunde com a história do seu fundador, Antonio Alberto Saraiva. Alberto Saraiva, medico por formação, mas empreendedor por vocação acreditou em uma idéia e construiu um império a partir de poucos recursos. O negocio parecia impossível: fast-food brasileiro, servindo comida árabe e controlado por um português sem qualquer vinculo com o mundo oriental. Apesar dos descendentes de árabes só comporem 7% da população do Brasil, o restaurante experimenta o reconhecido sucesso junto aos consumidores. O grande segredo da rede foi saber adaptar a culinária árabe ao paladar brasileiro. A partir de uma lanchonete, em 20 anos, ele firmou seu empreendimento como a segunda rede de fast-food no país. Quando criança Alberto Saraiva dividia com os pais, portugueses como ele, o sonho de ser médico. Esse fato fez com que no começo da década de 70 a família Saraiva se mudasse para São Paulo capita, a fim de dar oportunidade ao filho ingressar no curso de medicina. Como meio de sustento da família, iniciaram a operação com uma padaria no bairro comercial do Brás, zona leste da cidade. Mas logo no primeiro ano de curso, a violência da cidade grande mudou o destino de Alberto: em um assalto ao estabelecimento comercial, seu pai foi morto. Sendo o filho mais velho, se viu obrigado a abandonar a faculdade para se dedicar ao negocio da família. Mal sabia ele que, ironicamente, ali começava sua historia de sucesso. Inexperiente, passou por muitas dificuldades gerindo a padaria e percebeu que era preciso conhecer o trabalho realizado na empresa para não depender de seus funcionários. O negócio prosperou e, em1976, obteve seu primeiro lucro comercial com a venda da padaria, o qual investiu em uma lanchonete. Essa foi à primeira negociação de muitas que ainda viriam. O valor do esforço de Alberto é maior na medida em que conseguiu prosperar nos negócios ao mesmo tempo em que concluiu o curso de medicina. Administrando a lanchonete, conhecer um dos melhores cozinheiros árabes de São Paulo, Paulo Abud. Muito cedo, conversando, os dois perceberam que os restaurantes especializados nesse tipo de comida eram raros e com preços altos. Paulo Abud foi o responsável pelo conhecimento de comida árabe de que Alberto precisava para consolidar seu restaurante. Em 1988 o Habib´s inaugurou sua primeira loja na Rua Cerro Corá em São Paulo. De modo a garantir a variedade do cardápio e de não apostar somente em produtos específicos, aproveitou a sua experiência profissional e incluiu outros produtos mais comuns ao público brasileiro: pizza, chop e pastel. Além disso, ajustou as receitas árabes ao gosto nacional. Assim, o pão sírio ganhou uma versão mais macia e dourada, charutos e abobrinhas recheadas receberam um molho de tomate especial, a esfiha uma massa mais leve, a carne bovina foi instituída em substituição a carne de carneiro e temperos como alho, hortelã e gergelim foram usados com moderação. Saraiva percebeu uma oportunidade observando o público de baixo poder aquisitivo e esse foi o seu diferencial. Ele democratizou o consumo de seus produtos com preços que são acessíveis ao orçamento dos brasileiros, fazendo com que as pessoas pudessem freqüentar um restaurante, comer bem e gastar pouco. A partir do sucesso do empreendimento, alguns sócios se uniram a meta de abrir novas lojas. Em 1992, foi adotado o sistema de franchising, inaugurando a primeira loja da rede em Santo Andre, São Paulo. Ao completar 10 anos de atuação no mercado, o Habib´s já ultrapassou a marca de 100 lojas. A expansão e solidez da cadeia se assentaram no tripé: preços baixos, variedade e alta performance em qualidade. Em 1999 deu inicio a campanha – nosso preço começa com zero, destacando três produtos que custam menos de R$1,00 (pastel, kibe e esfiha). O primeiro mês de campanha conseguiu elevar a venda do pastel em 220% e da esfiha e do kibe em 30%. Visando a padronização e o sucesso das franquias, foi criado um manual de fast-food do Brasil: o manual de operações da rede Habib´s. Além disso, foi desenvolvida a idéia de criar a UTIH – Unidade de Terapia Intensiva do Habib´s para diagnosticar e solucionar os problemas das lojas. Não contrair financiamentos foi outra chave de sucesso. Desta forma, uma das políticas da rede Habib´s é: o investimento para se abrir uma franquia deve provir do patrimônio do investidor. Por essa razão, permite-se que haja diversos sócios, mas jamais empréstimos e financiamentos. Folha de pagamento enxuta é outro ponto a se destacar quando se trata de despesas. Seguindo a filosofia: Não basta atender o cliente com eficiência e sim surpreende-lo sempre, a empresa adotou uma serie de iniciativas que só contribuíram para o desenvolvimento da marca. A certeza da própria qualidade levou a rede a lançar o Habib´s 28 minutos. O programa revolucionou os sistemas de entrega de fast-food: se no espaço de 28 minutos, contados a partir do momento em que o pedido é anotado, o cliente não receber a encomenda, não precisa pagar. Alem desse diferencial, mantém no ar seu serviço de relacionamento com o cliente, batizado Alo Tia Edna. Seu poder de fogo ainda é pequeno se comparado ao da sua principal concorrente: Mc Donalds. Mas isso não impede o comandante do Habib´s de cutucar o gigante do fast-food. Para competir com a rede americana, Alberto Saraiva teve que ser visionário e inovador em um país como o Brasil, marcado pelas crises econômicas, onde mais de 70% das empresas fecham as portas nos dois primeiros anos de vida. Alberto acredita que o segredo do seu sucesso foi persistir não aumentar o preço por longos períodos e manter a mesma qualidade do seu produto. O Habib´s atrai multidões de consumidores e lucra na quantidade de produtos vendidos, mesmo com uma baixa margem de lucro. Tudo isso só foi possível graças à personalidade de seu fundador: visionário, determinado e sonhador. Hoje, Alberto Saraiva, é dono de doze empresas que fornecem a matéria prima e serviços para uma serie de processos e serviços da rede. A empresa,
CRITÉRIOS PARA FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDAS
A questão da formação do preço de vendas é simples e por meios de critérios amplamente difundidos podemos chegar a este tão importante resultado, que pode ser a diferença entre o sucesso e insucesso de muitas empresas, pois vender um produto muito acima do mercado; por maior qualidade que ele tenha pode prejudicar o crescimento da empresa e vender um produto abaixo dos custos pode levar a empresa ao prejuízo e insolvência financeira. É importante dominarmos os critérios para a formação do preço de vendas, e a partir do custo total deste produto ou serviço e dai agregarmos a margem de lucro desejada, os impostos indiretos e finalmente chegarmos ao preço de venda. Porém a definição do preço de vendas pode ser o diferencial entre o sucesso e o insucesso de muitas empresas e alguns critérios de apropriação dos custos resultará em “erros” na projeção do preço e permitir que os concorrentes coloquem produtos similares a preço mais baixo, resultando em perda de participação no mercado. Para montar corretamente o preço de vendas é importante o domínio dos critérios da definição do CUSTO DO PRODUTO ou SERVIÇO; pois a partir dele chegaremos ao preço que irá cobrir as demais despesas operacionais e o lucro almejado pelos acionistas. Primeiro passo: O modelo racional para definição do lucro almejado pelo proprietário da empresa; e deve levar em consideração o volume de investimento que a empresa necessita para atender as necessidades do mercado consumidor. Definição de investimentos: Compreende tudo que a empresa investe para garantir sua operação e atendimento ao cliente e compreende nas seguintes rubrica: Caixa: Dinheiro que a empresa mantém para garantir seu capital de giro Clientes a receber: Volume de vendas efetuadas a prazo mantidas como financiamento ao cliente; Estoque: Volume de matérias primas; produtos em elaboração; estoque de produtos abacados para atender os pedidos dos clientes; Imobilizado: Investimento em máquinas; terrenos e benfeitorias. O local onde os produtos serão produzidos e armazenados. Assim um ponto de partida para definirmos o lucro almejado é a quantidade de recursos monetários que a empresa necessita para garantir a sua operação em atendimento ao cliente; e no total deste investimento incide a taxa de oportunidade do acionista, resultando assim o lucro operacional almejado sobre este volume de investimento; que agregado a alíquota do imposto de renda chegamos assim ao lucro bruto antes do imposto que na expectativa de quantas vezes este faturamento irá “girar” sobre o volume de investimento chegamos ao faturamento normativo que dividindo o lucro antes do imposto resultando assim na margem de lucro desejada; conforme apresentamos abaixo: Podemos chegar a uma simples conclusão: Empresas que investem acima da sua necessidade em estoques; prazo aos clientes e ativo imobilizado terão que atingir uma maior margem de lucro para suprir os anseios dos acionistas. Assim produzir de um modo modesto, ou com menor de recurso investido, principalmente no ATIVO IMOBILIZADO pode ser um fator diferencial na formação do preço de vendas e podemos começar a entender o porque da Nike terceirizar a produção dos seus produtos a países emergentes e o Bradesco ter vendido seus prédios e ter optado em pagar aluguel dos imóveis. (assunto em construção com prazo de conclusão até na próxima segunda-feira – visite posteriormente) atc Prof. Alexandre Wander
ENTENDENDO OS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS: Prof. Alexandre Wander
O presente material visa apresentar de um modo prático os principais conceitos básicos em contabilidade no sentido de auxiliá-los no entendimento complementar das aulas, e como um inicio a fonte de pesquisas para àqueles que futuramente desejam intensificar seus conhecimentos em ENTENDER OS DEMONSTRATIVOS FINANCEIROS e sua utilidade da gestão empresarial. Procuramos utilizar uma linguagem prática e descontraída, como se estivéssemos em sala de aula, visando transferir o conhecimento com exemplos usuais. Em nosso site você também encontrará os CPC contábeis com avaliação e linguagem técnica. Que tal assistir este vídeo antes da leitura do paper? não esqueça de deixar o teu like e inscrever-se no canal YouTube. Bom vamos lá, aos nossos estudos e apresentar os principais demonstrativos: O Balanço Patrimonial; A demonstração do resultado do exercício; e A demonstração do fluxo de caixa. O BALANÇO PATRIMONIAL O Balanço patrimonial apresenta a atual situação financeira da empresa num determinado momento, sendo fundamental ao profissional não só da contabilidade mas também os de outras áreas do conhecimento compreender sua utilidade, pois o domínio deste demonstrativo permite efetuar diversas análises sobre a atual situação econômica da empresa; e a partir dele surgiu uma imensidão de indicadores em finanças no objetivo de entender “o que está acontecendo com a empresa” Assim, o Balanço Patrimonial é a demonstração contábil que tem por finalidade apresentar a situação patrimonial da empresa em dado momento, dentro de determinados critérios de avaliação. Deriva-se do balanço patrimonial outros dois demonstrativos importantes: Demonstração do resultado. Fluxo de caixa (método indireto) A interligação destes demonstrativos permite analisar ainda mais a empresa. A importância destes demonstrativos é alta relevância, servindo de base para os órgão regulamentadores do mercado, tal como a Comissão de valores mobiliários a CVM. Os dois grandes grupos do Balanço Patrimonial: O Balanço patrimonial é composto por dois grandes grupos: do lado esquerdo encontra-se o ATIVO (bens e direitos) ou os valores que foram investidos na EMPRESA; e do lado direito o PASSIVO (as obrigações), as origens dos valores que foram investidos na empresa. Normalmente o pessoal confunde muito as tratativas de débito e crédito no seguinte pensamento: Se a contabilidade diz que é um bem ou direito, porque débito? e se diz ser uma obrigação porque crédito? E continuam: Se é um bem ou direito deveria ser um crédito; e se é uma obrigação deveria ser chamada de débito. E dai os alunos confundem. Mas pensa o seguinte e vamos lá bem devagar: O dinheiro que encontra-se registrado no ATIVO (no caixa, por exemplo) e que consideramos como bens e direitos, teve uma origem, concorda? e o dono deste investimento encontra-se registrado no PASSIVO, os acionistas ou Bancos. Concorda que o dinheiro que encontra-se registrado no ATIVO pertence aos acionistas e eles são os CREDORES destes bens e direitos. Então, a figura do ATIVO tem uma natureza devedora frente ao PASSIVO. O PASSIVO, por sua vez, é o credor do recurso investido na empresa; assim todas as movimentações registradas no BALANÇO PATRIMONIAL, tem duas naturezas uma DEVEDORA e outra CREDORA. “Os valores registrados no grupo do ATIVO são devedoras frente a natureza credora que são registradas no grupo do PASSIVO”. Assim quando olhamos do lado esquerdo do Balanço Patrimonial (no ATIVO) visualizamos todos os investimentos que foram efetuados na empresa, e do lado direito do Balanço Patrimonial (no PASSIVO) as origens destes investimentos, ou seja, quem colocou o dinheiro dentro da empresa. Para entendermos ainda mais a questão do débito e crédito vamos substituir a palavra ATIVO por “INVESTIMENTOS” e a palavra PASSIVO por “ORIGENS de RECURSOS”; e para ficar ainda melhor entenda INVESTIMENTOS como EMPRESA; ou seja os INVESTIMENTOS são os CREDORES da EMPRESA Bom, já por este quadro, podemos perceber a importância deste demonstrativo contábil, pois apresenta os valores investido na empresa no seu lado esquerdo o ATIVO e a origens destes valores ao seu lado direto o PASSIVO. Você concorda, que a Receita Federal consegue visualizar tudo o que foi investido na EMPRESA e a origem destes valores e concluir com as seguintes indagações: A quem pertence estes valores que fora investidos na EMPRESA ou quem são os donos? Quais são as pessoas físicas que estão constituindo esta empresa? Onde eles conseguiram “tamanho” recursos para a constituição da empresa? O valor investido é compatível a renda ou o salário dos investidores que constituíram a empresa? Por um outro lado, o acionistas que são os “donos” de todo investimento da empresa consegue visualizar no balanço patrimonial e concluir com as seguintes indagações: Qual o motivo de tanto investimento os estoques? A empresa precisa realmente de todo este valor em máquinas e equipamentos? Os saldos dos clientes estão aumentando, qual o motivo de tantas vendas a prazo? Por que os saldos dos empréstimos e financiamentos estão maiores do que o valor investido pelos acionistas? ESTUTURA DO BALANÇO PATRIMONIAL A estrutura do Balanço patrimonial é por liquidez; o registro de maior liquidez ocupa a primeira posição da lista da estrutura e vai decaindo até apresentar o item de menor liquidez. Do lado esquerdo no ATIVO, temos 02 grande grupos: Ativo circulante e Ativo não circulante, e do lado direito temos 03 grandes grupos: Passivo Circulante, Exigível a longo Prazo e Patrimônio líquido Assim a importância do Balanço dentre outras funções apresenta: Resume e apresenta os dados de forma adequada; Apresenta os grandes grupos por ordem de liquidez; Dá a visão das aplicações e origens de recursos da empresa; Possibilita uma série de análises (endividamento, liquidez etc.) Podemos entender através do registro dos eventos econômicos avaliar a saúde financeira e econômica de uma empresa em períodos específicos. Eventos econômicos que provocam alterações na estrutura do BALANÇO PATRIMONIAL Se a função básica da contabilidade é a de registrar todos os eventos que provocaram alteração da estrutura financeira e patrimonial ao seu regime de competência, podemos entender que o registro contábil é efetuado no momento em que ele acontece e vamos ilustrar alguns “eventos econômicos” que provocam alterações no Balanço Patrimonial. Primeira movimentação: Considere o seguinte: A primeira pessoa que coloca o dinheiro
10 Características de Uma Equipe de Alta Performance: A maioria dos membros de equipes de alta performance…
A maioria dos membros de equipes de alta performance relatam que é divertido e gratificante trabalhar em equipes colaborativas, porque eles são convidados a contribuir em seu nível mais alto de potencial e eles aprendem e se desenvolvem consideravelmente ao longo do caminho. De acordo com os especialistas Ron Ricci e Carl Wiese, autores de “The Collaboration Imperative: Executive Strategies for Unlocking Your Organization’s True Potential”, uma equipe de alta performance tem as seguintes características: As pessoas têm sólida e profunda confiança uns nos outros e no propósito da equipe – eles se sentem livres para expressar seus sentimentos e idéias. Todo mundo está trabalhando para os mesmos objetivos. Os membros da equipe tem clareza sobre a forma de como interagir e trabalhar em conjunto para realizar as tarefas. Todo mundo entende quais são as metas individuais e da equipe bem como o grau de desempenho que é esperado. Os membros da equipe dissipam ativamente a tensão e o atrito em um ambiente descontraído e informal. A equipe se envolve em ampla discussão, e todos têm a oportunidade de contribuir – até mesmo os mais introvertidos. O desacordo é visto como uma coisa boa e conflitos são geridos de maneira natural. A crítica é construtiva e é orientada para a resolução de problemas e eliminação de obstáculos. A equipe toma decisões conjuntamente por meio de acordo natural – nos casos em que o acordo é difícil, uma decisão é tomada pelo líder da equipe, após a qual não há discordância. Cada membro da equipe carrega sua bagagem de conhecimentos e expertise e respeita os processos da equipe e dos outros membros. A liderança da equipe muda de tempos em tempos, conforme apropriado, para gerar resultados mais eficazes. Nenhum membro individual é mais importante do que a equipe como um time. E você: sua equipe é um time de alta performance? Reveja as características acima e avalie onde sua equipe deve melhorar ainda mais. Marco Aurelio Morsch