ALTERAÇÃO NO CUSTO DO CAPITAL PRÓPRIO DECORRENTE DA ALAVANCAGEM
O custo do capital próprio (Ke) se muda em decorrência da estrutura de capital de uma empresa. Um modo de alavancar o retorno dos ativos operacionais (ROI) gerando uma rentabilidade do patrimônio líquido (ROE) mais atrativa é decorrente ao aumento do endividamento, a uma taxa de captação bancária inferior a rentabilidade dos ativos operacionais (ROI); e muitas empresas utilizam-se deste artificio para incrementar a rentabilidade dos acionistas o ROE. Porém, quando a alavancagem aumenta, o endividamento e o capital próprio (Ke) torna-se mais arriscado e, portanto, mais caros, reduzindo assim ao valor presente (PV) os valores futuros (FV) dos fluxos de caixa da empresa (FCFF). Assim; se um controller estiver pensando em utilizar deste artifício é bom pensar que o acionista que atua no Conselho da Administração da empresa possui sólidos conceitos em Finanças, e que por certo já estudou as modernas teorias de “valuation”; e passe a refletir no incremento do custo do capital próprio do acionista (Ke) que estará refletindo no valor do beta (risco) do seu investimento na definição do seu custo de capital. Entendemos não ser uma tarefa simples, pois demanda uma análise criteriosa da composição dos recursos que estarão financiando os ativos operacionais decorrente das mudanças da estrutura de capital. A análise demanda um tempo em pesquisar os betas de empresas que atuam em mercados maduros e com forte diversificação da quantidade dos seus investidores, tomando como base as bolsas dos Estados Unidos da América; onde a diluição do capital impera fortemente e os administradores das empresas devem tomar medidas pontuais em atender as expectativas dos seus provedores de capital em remunerar adequadamente seus anseios. Pois caso não sejam atendidos as ações serão liquidadas/vendidas nas bolsas de valores e o valor da empresa no mercado (EV) despenda com sérios reflexos no posicionamento do valor da marca da empresa no mercado de capitais. Diferente do Brasil em que os acionistas majoritários assumem as ineficiências dos administradores e permanecem na empresa até que bons ventos retornem a favor da empresa ou conviver com o pesadelo de uma possível faléncia. O ponto de partida é procurar definir o que seria um beta “puro” que seja interligado somente aos ativos operacionais, como se a empresa não tivesse o risco do endividamento; e neste caso é importante selecionar empresas que atuam no mesmo segmento visando capturar o “risco do negócio”, tomando como benckmarketing conforme mencionamos empresas de mercados maduros. Isto feito, podemos adotar o que denominados de “regressão” do beta; ou seja, expurgar dele o risco do endividamento. De um modo simples, podemos tomar como exemplos conceitos da matemática financeira de capital (PV) e montante (FV); a diferença entre estes dois pontos intitulamos de “juros”. Na fórmula matemática quanto temos o Montante e desejamos conhecer o Capital a fórmula é simples: C = M / (1+i) n Na definição do CAPM, modelo de precificação de ativos é fundamental o domínio na definição do “beta”; e podemos entender que o BU como sendo o beta sem dívidas e o BL como o beta com dívidas. Se entendemos que o M (montante) carrega consigo o valor do C (capital) mais os juros; podemos então definir que o BL é da mesma semelhança que o M (montante); pois carrega consigo o BU (beta sem dívidas) mais os juros do acionista decorrente do endividamento causado pela estrutura de capital. Então o BU (beta sem dívidas) pode ser assim definido: BU = BL / (1 + (P/PL) x (1 – IR)) Na fórmula acima podemos verificar que o P/PL é a taxa do acionista reduzida ao benefício fiscal. O risco do beta operacional (sem dívidas), o BU representa o ponto inicial do fluxo de caixa operacional gerado pelos ativos operacionais de uma empresa que flutuam de acordo os ciclos econômicos que são financiados pelo capital de terceiros (P) e seu capital próprio (PL) com um ajuste para o tratamento do imposto beneficiado pela dedutibilidade das despesas financeiras no cálculo do imposto de renda; Ou seja; se de um lado o acionista onera a empresa pelo risco do endividamento ao mesmo modo ele é beneficiado pelo ganho tributário. Assim o BL (beta com dívidas) pertence a uma empresa que atual num mercado diversificado e que a mesma carrega consigo as dívidas na sua estrutura de capital. Uma vez que se procede a regressão no cálculo do BU (beta sem dívidas) poderemos proceder a alavancagem de acordo com a estrutura da empresa que estamos avaliando, na utilização da fórmula que apresentamos abaixo: BL = BU x (1 + P/PL) x (1-IR) Definido o beta na empresa que estamos avaliando estamos no estágio em definir a Taxa mínima de atratividade do acionista (TMA) na aplicabilidade da fórmula abaixo Ke = RF + beta (RM – RF) Onde: Ke é o custo do capital próprio; RF = taxa de uma ativo livre de risco e RM é a remuneração de mercado. Finalmente, usamos o CAPM e o beta de capital próprio revisado tomando-se como base uma empresa referência e aplicando em nossa empresa objeto de estudo para cálculo do novo custo de capital próprio a sua estrutura revisada. Considerando a complexidade deste processo, recomendamos seu uso somente quanto seja provável que as mudanças significativas de desempenho sejam plausíveis de serem aplicadas na empresa objeto de estudo em relação a empresa tomada como referência. Um bom estudo Prof. Alexandre Wander
Entrevista com o nosso consultor em gestão de pessoas: Como ingressar nas empresas e manter a empregabilidade
1) Como se encontra o mercado de trabalho nas empresas nos dias atuais e o qual o caminho a ser traçado por um jovem para conseguir um bom emprego? O mercado de trabalho sofre com crise a econômica, hoje o desemprego está próximo a 12% e não há tendência de queda no curto prazo. A melhora do nível de emprego só vira com a retomada da economia. As previsões não são boas para o curto prazo, falam em crescimento de 1% para o ano que vem. É muito pouco, considerando a queda ocorrida nos últimos anos. Portanto, crescer 1% sobre uma base baixa é nada. Esta crise afeta de forma mais cruel ainda a população jovem, especialmente os que querem ingressar no mercado de trabalho pela primeira vez. A concorrência com pessoas experientes é acirrada e prejudica muito os jovens e sem experiência. Portanto, os mais jovens devem se preparar bem para o mercado. Devem ter uma formação acadêmica ou técnica robusta. Independentemente se a escola de formação é uma escola de nome forte, o que importa é que o candidato se prepare bem e demonstre na hora da entrevista ou do teste de emprego, que não tem apenas um diploma, mas sim que tem conhecimento. Por outro, lado devem também buscar o apoio de pessoas experientes que possam aconselhar no momento da decisão pelo caminho a seguir e como se portar no busca do emprego e no momento da entrevista. E antes disso mesmo é preciso buscar em sua região as melhores fontes de oportunidades de emprego, por exemplo, sites da internet, agências de recolação e etc. Mas, sempre foi e continua sendo importante na busca de uma recolocação ou busca da primeira oportunidade a indicação pessoal. Ou seja, é necessário buscar que amigos, conhecidos, parentes ou qualquer pessoa de sua rede de relacionamento o indique para processos nas empresas em que trabalham. É uma fonte importante de busca de oportunidades e também, em princípio, uma boa fonte de referência, porque o candidato já tem uma indicação interna à empresa. Por isso, é importante que todas as pessoas do relacionamento do candidato a emprego saiba que ele está buscando uma recolocação ou uma primeira oportunidade no mercado. A propaganda é alma do negócio. E também é preciso que o Candido peça para ser indicado ou informado de oportunidades existentes. Não se deve ter vergonha de pedir este auxílio aos amigos e conhecidos. É absolutamente normal isso. E humildade não faz mal a ninguém. A rede trabalhará a seu favor. Arrogância sim. Achar que pode tudo sozinho torna as coisas muito mais difíceis. 2). Normalmente após o momento de crise temos a retomada do crescimento. Como aproveitarmos esta oportunidade? Devemos estar sempre preparados para o mercado de trabalho. Temos que estar na estação quando o trem passar, se não estivermos lá o trem passará e perderemos a viagem. Portanto, é preciso se preparar e estar atento às oportunidades que surgirão. Cada um na sua área e no seu interesse deve procurar estar melhorar preparado que os outros candidatos que estarão disputando a mesma oportunidade. Portanto, se se está procurando uma oportunidade administrativa, precisamos buscar competências adicionais à aquelas tradicionais. Por exemplo hoje é fundamental falar inglês, sem inglês o candidato nem participará dos processos seletivos. É apenas um exemplo, outros são importantes, como especialização em áreas de interesse, pós-graduação e etc. se a busca é por áreas técnicas, o inglês também é muito importante, devemos nos lembrar que os manuais de máquinas e equipamentos de ponto em geral são em inglês, além dos comandos de operação, e, também neste caso, a busca de conhecimentos técnicos adicionais aos tradicionalmente ensinados são muito importantes. 3) O que se entende por cultura organizacional e como um jovem promissor deve construir e manter a sua rede de relacionamento para fazer parte de um time promissor? São duas perguntas: A primeira o que é uma cultura organizacional? Esta é uma definição ainda em construção há muitas formas de se tentar explicar o que é uma cultura organizacional. O tema não é fácil e precisaria de uma aula para entendermos melhor isto. Mas podemos resumir cultura como o conjunto de valores orientadores do comportamento organizacional, definidos pela empresa. Estes valores são, via de regra, definidos pela direção da empresa. A partir destes valores os colaboradores, funcionários, que nela ingressarem devem pautar suas condutas relacionadas aos negócios na empresa. Como se adaptar a esta cultura, a partir dos valores individuais de cada um é outra questão complexa. A discussão é longa e rica em divergências. Eu particularmente acredito e penso que ajuda muito no sucesso profissional que o candidato adote o seguinte princípio: Cultua da empresa é aquilo que a diretoria diz que é. Portanto, deve pautar por isto sua atuação profissional. É mais seguro e confortável pautar-se pela cultura vigente. Podemos mudar a cultura? Lógico que podemos e devemos fazer isto sempre que esta se mostrar inadequada. Mas, primeiro é necessário utilizar os mecanismo internos à organização para introduzir elementos modificativos da cultura e só então pautar-se pelas novas definições. Portanto, atue de acordo com o definido e procure mudar o que está definido para, só então, modificar seu modo de atuação. A segunda pergunta: Com um jovem deve construir e manter sua rede de relacionamento. A rede de relacionamento começa a ser construída na escola, não deixe de manter contato com seus antigos amigos de escola, eles provavelmente se tornarão pessoas importantes que poderão ajudá-lo em seu futuro profissional. Participe das festas e reuniões que estes grupos organizam. Se não organizam, tome você a iniciativa de reunir estes grupos. Segundo, todos os seus amigos e conhecidos devem saber, de forma não acintosa, de suas qualidades pessoais e profissionais e de seus interesses pessoais. Nas conversas informais, sempre que possível introduza um tópico de discussão que seja interessante naquele momento e que possam demonstrar suas habilidades pessoais e profissionais e faça isto com naturalidade, sem demonstrar arrogância. As pessoas precisam saber de suas qualidades pessoais,