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Análise das variações: custo padrão versus custo real

  O custo padrão muitas das vezes é entendido como sendo o custo ideal para a produção de um determinado produto ou serviço. Seria então o valor a ser conseguido com o uso de melhorias possíveis na aplicabilidade dos recursos empresariais, envolvendo o consumo e preço de matérias primas, material de embalagem e mão de obra direta. A ideia surgiu como de se fabricar um custo de laboratório, pré-determinando as variáveis que irão compor o custo do produto. A avaliação entre o custo previamente determinado (custo padrão) e o custo realizado permite ao administrador em certificar as diversas variações ocorridas no processo produtos e tais variações podem ser de quantidade de consumo e custo. Ao serem obtidos os valores de custo real, a primeira providência é a sua comparação com o custo padrão, para se avaliarem as diferenças. Estas precisam ser analisadas antes de tomarem as medidas corretivas, por sinal, estas dependem das análises, já que somente assim se poderá tentar chegar ao porquê das divergências. PADRÃO VERSUS REAL Suponhamos que uma empresa esteja utilizando o custeio por absorção, tanto para o padrão quanto para o real, e tenha tido os seguintes números em relação a um determinado produto: A diferença entre o custo padrão e o real, chamada de variação é de R$ 45,00, normalmente cognominada ainda de desfavorável, já que o real é superior ao padrão. Outras terminologias existem para variação, tal como variância, e para desfavorável ou favorável, tais como credora ou devedora, positiva ou negativa etc.) O fato de sabermos dessa diferença já é de alguma utilidade; o mais interessante, todavia, é saber o porquê de suas existências. Para chegarmos lá, precisamos decompor os valores integrais de R$ 340,00 e R$ 385,00 em seus principais componentes. Suponhamos que sejam os seguintes: Verificamos que a maior variação se encontra nos CIF, enquanto que a menor na MOD. Mas esse detalhamento ainda não é o suficiente. Passemos a analisar mais detalhadamente cada uma dessas parcelas, começando pelos materiais diretos. Variação dos materiais diretos Notamos que os materiais diretos apresentam uma variação desfavorável de R$ 15,00. Admitamos que entre nesses grupos itens de matérias primas X e Y e material de embalagem, com a seguinte decomposição entre as quantidades físicas e valores em reais. A variação nos materiais diretos, como um todo, de R$ 15,00, aparece agora desmembrada no que pertence a cada matéria prima e a embalagem, sendo esta última uma de natureza favorável, ou seja, seu custo real foi menor que o padrão. A grande responsabilidade coube à matéria prima X com uma variação de R$ 15,80 desfavorável. Nesta houve não só a diferença de preço, mas também em quantidade. Da variação total dessa matéria prima no valor de R$ 15,80, quanto é devido a variação de quantidade e quanto é a de preço? Variação de quantidade  Poderíamos medir a variação de quantidade dentro de um seguinte raciocínio: se só tivesse havido diferença na quantidade e nenhuma no preço, quanto seria a divergência entre o padrão e o real? Seria de 3 kg versus o preço padrão: Variação de quantidade: Diferença de quantidade x preço padrão: Assim, diferença de quantidade é igual a variação na quantidade versus o preço padrão, como se não houvesse diferença nos preços. Variação de preço Numa forma análoga de pensamento, poderíamos admitir que chegaríamos á variação de preço calculando quanto haveria de diferença se só o preço tivesse variação, com a quantidade real sendo igual a padrão. Variação de preço: Quantidade padrão versus diferença de preço Variação mista A variação mista é fruto da variação das quantidades multiplicada pela variação dos preços, sendo a área de intersecção da variação entre preço e quantidade. Variação mista: Diferença de quantidade versus diferença de preço Quadro resumo das análises das variações Material de consulta: Livro do professor Eliseu Martins – contabilidade de custos – editora atlas (grupo gen) Um bom estudo Prof. Alexandre Wander  

Indicação de livros sobre a disciplina de contabilidade de custos

Olá prezados alunos (as), gostaria de indicar para estudo o livro do professor Eliseu Martins publicado pela Editora Altas (grupo gen) Este livro reúne 150 exercícios de Contabilidade e Analise de Custos, relativos a indústrias de manufatura e a prestação de serviços, com diferentes graus de dificuldades: fáceis, médios e difíceis. Corresponde à décima edição do Livro-Texto, adaptada às disposições dos Pronunciamentos Técnicos do CPC 16, que trata da valoração de estoques, e das Leis nºs 11.638 e 11.941. As respostas-chave de todos os exercícios encontram-se disponíveis no site da Editora Atlas. Obra útil a todos os profissionais envolvidos com o assunto, quer os vinculados às empresas manufatureiras ou de serviços, quer seus consultores, aos professores e aos alunos de Administração, Finanças, Contabilidade, Controladoria, Engenharia da Produção etc. Recomendado também como preparatório para concursos públicos que contemplem matéria relacionada à Contabilidade e à Análise de Custos. https://www.grupogen.com.br/contabilidade-custos-ex Um bom estudo Prof. Alexandre Wander  

A utilidade da Departamentalização e como se classifica

Departamento é a unidade mínima administrativa para a contabilidade de custos, representa por pessoas e máquinas (na maioria dos casos), em que se desenvolvem atividades homogêneas. Diz-se unidade mínima administrativa porque sempre há um responsável para cada departamento ou, pelo menos, deveria haver. Esse conceito que liga a atribuição de cada departamento à responsabilidade de uma pessoa dará origem a uma das formas de uso da contabilidade de custos como forma de controle. Os departamentos subdividem-se para obter melhor gestão das atividades atribuídas num processo industrial em termos de responsabilidade e aprimoramento das destas atividades no ciclo produtivo e operacional, delimitando o início e o encerramento de um ciclo. Os departamentos produtivos são os departamentos que atuam diretamente na confecção de um produto, sendo aqueles que promovem a transformação da matéria prima ao produto a ser comercializado; neste departamento é importante a atenção na qualidade da matéria prima que está sendo empregado ao processo; suas qualificações e especificações e tempo de processo que as matérias primas se transformarão em produto acabado. No departamento produtivo é o local onde demanda um maior número de pessoas e maquinário e também o local onde residem os supervisores de produção na orientação aos executores do processo quanto as qualidades específicas exigidas de acordo ao padrão de qualidade. No departamento produtivo é onde ocorre com maior frequência os gastos diretos de fabricação devido ao volume de consumo das matérias primas; da mão de obra direta e da depreciação fabril. Outros custos do processo produtivo também ocorrem neste departamento, os chamados GGF (gastos gerais de fabricação) ou custos indiretos e que são alocados aos produtos, na utilização do custeio por absorção com base ao rateio previamente definido a absorção dos custos. Os departamentos auxiliares, também como conhecidos não produtivos, são os que existem basicamente para prestar serviços aos departamentos produtivos; nesses departamentos não ocorre nenhuma ação direta sobre os produtos; exemplos destes departamentos: Manutenção, almoxarifado, controle de qualidade, engenharia industrial, suprimentos; etc. Centro de custos Uma vez definida a estrutura departamental da empresa, utiliza-se a codificação por centro de custos onde ocorre apropriação dos gastos as suas origens de responsabilidade departamental; os custos diretos são facilmente direcionados aos produtos que irão consumir uma determinada quantidade de matéria prima ou de mão de obra; e os custos indiretos são acumulados para posterior apropriação aos produtos fabricados no período do processo produtivo. Em resumo a utilidade da departamentalização é que a administração de produção terá seus custos diretos facilmente alocados aos produtos e que os custos indiretos serão facilmente identificados para efeito de monitoramento e apropriação as suas bases produtivas. Alguns exemplos de departamentos numa indústria de bebidas: Os departamentos diretos: Departamento do Processo fabril; Departamento de maturação; Departamento de envase; Departamento de embalagem. Os departamentos indiretos: Departamento do Almoxarifado; Departamento de compras; Departamento de manutenção Departamento de logística. Os departamentos administrativos: Departamento pessoal; Departamento de controladoria; Departamento financeiro. Os departamentos comerciais: Departamento comercial. Departamento de Marketing. A departamentalização é extremamente útil na classificação dos gastos e contribui na avaliação dos gastos departamentais e principalmente ameniza “erros” na apropriação dos custos aos produtos na utilização do custeio por absorção. Exemplo: Temos alguns produtos que passam por todos os departamentos e estes devem assumir os respectivos custos departamentais; e existem outros que passam unicamente por um único departamento, e neste caso estes produtos não devem assumir custos indiretos fixos dos departamentos que não contribuíram na sua concepção final. Resumo da aula ministrada na UNIP na disciplina de contabilidade de custos no ano de 2018. Indicamos como estudo complementar o livro do professor Eliseu Martins de CONTABILIDADE DE CUSTOS da editora atlas (grupo gen).