O Balanço Patrimonial e sua utilidade
Conceito: O Balanço é a demonstração contábil que tem por finalidade apresentar a situação patrimonial da empresa em dado momento, dentro de determinados critérios de avaliação. Conforme as instruções da lei 6.404/76 no artigo 178 “no balanço, os eventos são classificados em contas segundo os elementos do patrimônio que os registrem, e agrupados de modo a facilitar o conhecimento e análise da situação financeira da companhia”. Em seu modelo de apresentação em forma de duas colunas, apresenta os “investimentos” e as “origens” destes que são efetuados na empresa. Do lado esquerdo temos os investimentos, que convencionalmente chamamos de “ATIVO” e do lado direito temos as origens chamamos de “PASSIVO”. ATIVO: Compreende os recursos controlados por uma entidade e dos quais espera-se benefícios econômicos futuros de caixa. PASSIVO: Compreende-se as exigibilidades e obrigações da empresa PATRIMÔNIO LÍQUIDO: Compreende o capital inicialmente investidos pelos sócios, agregados aos seus aportes de capital e o lucro ou prejuízo decorrente das operações de uma entidade. Assim, o balanço patrimonial tem força de lei e os administradores legais da empresa em conjunto com o contador, profissional devidamente registrado no CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE e no CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE assumem a plena responsabilidade dos eventos econômicos que modificaram a estrutura patrimonial de uma empresa em suas origens e aplicações de recursos. Dentro da lei e no conceito geral dos parágrafos 1 e 2 do artigo 178 determinam a segregação do Ativo e Passivo, visando identificar as movimentações patrimoniais e como os gestores estão alocando os recursos na empresa, para fins de fiscalização e auditoria das mutações patrimoniais nos seguintes grupos. Como se verifica, os grupos de contas são apresentadas por liquidez e dentro de cada grupo temos as contas que indicam onde os gestores estão alocando os recursos a eles delegados de acordo suas responsabilidades. O ativo desmembra-se em 03 principais grupos que são tratados por ordem de liquidez: Ativo Circulante: Bens e direitos com conversão de caixa ao período de 01 ano (caixa, contas a receber, estoque, impostos a recuperar) Ativo não circulante: Bens e direitos com conversão de caixa a um período superior a 01 ano (contas a receber com vencimento acima de 360 dias) Ativo Permanente: Terrenos, máquinas e equipamentos de uma empresa, onde são produzidos os produtos a serem comercializados pela empresa (estoque) e finalmente o intangível (marca da empresa). O passivo também desmembra-se em 03 principais grupos e que são apresentados por ordem de liquidez: Passivo circulante: Obrigações que exigirão caixa ao período de 01 ano (salários a pagar, fornecedores, impostos, financiamentos bancários) Passivo não circulante: Obrigações que exigirão caixa ao período superior de 01 ano (empréstimos e financiamentos bancários) Patrimônio líquido: Apresenta o capital inicialmente integralizados pelos acionistas da empresa e o resultado das operações que geraram lucros ou prejuízo do decorrer do tempo. As apresentações das demonstrações contábeis, seguem o padrão internacional, não estabelece ordem ou formato para a apresentação das contas do balanço patrimonial, mas determina que seja observada a legislação brasileira. Composição analítica do Ativo Circulante: Grupo que gera dinheiro para a empresa pagar suas contas a curto prazo. Disponível (Caixa e Bancos) Contas a receber: são valores ainda não recebidos decorrentes de vendas de mercadorias ou prestação de serviços a prazo. Estoques: são mercadorias a serem vendidas. No caso de indústria, são os produtos acabados, bem como a matéria-prima e outros materiais secundários que compõem o produto de fabricação. Investimento temporário: são aplicações realizadas normalmente no mercado financeiro com excedente de caixa. Deduções do circulante: a parcela estimada pela empresa que não será recebida em decorrência de maus pagadores (PDD). Composição analítica do Ativo não Circulante: Compreende itens que serão realizados em dinheiro a longo prazo (período superior a um ano), ou de acordo com o ciclo operacional da atividade predominante. Os empréstimos que a empresa faz a diretores e a coligadas também são classificados neste grupo. Adiantamentos concedidos às sociedades coligadas ou controladas. Adiantamentos concedidos a diretores. Adiantamentos concedidos acionistas. Composição do Ativo Permanente: Itens que dificilmente se transformarão em dinheiro, destinados a manutenção das operações da empresa. Investimentos: não ligados à atividade-fim da empresa. Ex: Ações Outras Cias., Terrenos Intangível: Bens não corpóreos. Ex: Marcas e patentes Imobilizado: totalmente correlacionado com a atividade-fim. Ex: Prédios, Veículos, Máquinas. Composição do Ativo Imobilizado: Direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à manutenção das atividades da empresa. Avaliados pelo custo de aquisição São baixados por depreciações, amortizações e exaustões Terrenos Construções (edifícios) Veículos Equipamentos e máquinas Equipamentos de escritório Computadores Passivo Circulante: Obrigações com terceiros a serem pagas no Curto Prazo Salários a pagar Fornecedores a pagar Empréstimos Bancários a pagar Encargos Trabalhistas e Impostos a pagar. Composição do Passivo não circulante: Obrigações com terceiros a serem pagas no Longo Prazo. Empréstimos Bancários Composição do Patrimônio liquido: Capital Social: Representa os valores investidos na empresa pelos titulares e pela conta de Capital e Realizar Resultado do exercício. Assim o balanço patrimonial tem por finalidade apresentar a situação financeira de uma empresa num determinado período de tempo, demonstrando os bens e obrigações por ordem de liquidez. Numa ótica avançada em finanças o Balanço Patrimonial apresenta a dinâmica das decisões financeiras em suas aplicações e origens de recursos que são avaliados a uma determinada taxa interna de retorno (TIR), um determinado período de tempo (PAYBACK) e o risco atrelado a este investimento ( BETA) e que devem em remunerar adequadamente seus provedores de capital (bancos e acionistas). Por muito tempo a contabilidade foi incorporada pelo governo como um instrumento para apuração dos impostos; mas com o advento do fortalecimento da “Bolsa de Valores”, votou a sua utilidade original de apresentar os investimentos efetuados numa empresa e como eles atuam em remunerar adequadamente seus provedores de capital. Prof. Alexandre Wander Acesse o link e visualize material com maiores detalhes ENTENDENDO OS DEMONSTRATIVOS CONTÁBEIS: Prof. Alexandre Wander