Banco Internacional do Desenvolvimento empresta R$1 bi ao Brasil para crédito a PMEs. Veja como vai funcionar
(BNDES) O presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social, Luciano Coutinho, e o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Alberto Moreno, assinaram nesta sexta-feira, dia 19, em Washington (EUA), contrato de financiamento de US$ 1 bilhão para investimentos na expansão e modernização de micro, pequenas e médias empresas do setor produtivo brasileiro. Trata-se da segunda etapa da Linha de Crédito Condicional (CCLIP) aprovada em 2004, no valor de US$ 3 bilhões, destinada ao financiamento do Programa BNDES de Crédito Multissetorial de Apoio às Micro, Pequenas e Médias Empresas. Essa linha de crédito permite ao BNDES usar os recursos em três operações sucessivas de até US$ 1 bilhão cada uma, em um prazo total de até nove anos. Os fundos locais de contrapartida totalizam US$ 3 bilhões. Os recursos poderão ser desembolsados pelo BID em reais e o BNDES poderá optar pela amortização total ou parcial do empréstimo em reais. A concessão de empréstimo em moeda local do Brasil (real) constitui uma inovação em termos de desembolso de financiamentos do BID e permite melhores condições de planejamento financeiro diante de possíveis variações cambiais. O empréstimo, garantido pela União, permitirá o financiamento de médio e longo prazos de projetos de investimento que contribuirão para ampliar a competitividade das empresas brasileiras. O prazo de amortização é de 20 anos, com período de carência de até quatro anos, e acompanha a estratégia do BID, acordada com as autoridades brasileiras no âmbito do Plano Econômico 2004-2007, de contribuir para o crescimento sustentável da economia com inclusão social. “O BNDES é o nosso maior e mais importante cliente e estamos muito entusiasmados com o trabalho que temos realizado juntos. O apoio às micro, pequenas e médias empresas é crítico para o BID”, disse Moreno. A primeira operação, de US$ 1 bilhão, contratada em setembro de 2005 e desembolsada em 2005 e 2006, juntamente com a contrapartida local, permitiu a realização de 31.755 financiamentos, no valor médio de US$ 54 mil, sendo 78% desses financiamentos destinados a micro e pequenas empresas. O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, informou, durante a cerimônia de assinatura, que pretende realizar o próximo contrato de US$ 1 bilhão até o final de 2008 e, para isso, já iniciou os procedimentos necessários para a aprovação da terceira parcela da CCLIP. Segundo Coutinho, o BNDES pretende utilizar esses recursos para melhorar o acesso ao crédito de micro, pequenas e médias empresas de regiões menos desenvolvidas do Brasil, particularmente do Nordeste. “Temos certeza de que os recursos serão desembolsados com qualidade e velocidade”, afirmou. O BNDES realiza grande parcela de suas operações sob a modalidade indireta, através de agentes financeiros nacionais. Desde 1995, o BID vem apoiando, com êxito, cinco programas multissetoriais de crédito com o BNDES, desembolsando total de US$ 4,5 bilhões, que, em conjunto com os recursos de contrapartida do BNDES, financiaram mais de 150 mil empresas do setor produtivo nacional. acesse o link do BNDES https://www.bndes.gov.br/wps/portal/site/home/imprensa/noticias/conteudo/20071019_not243_07 Estamos a disposição para ajudá-lo a administrar a tua empresa, entre em contato com a Gecompany. Contato
Pandemia e desemprego: 608 mil alunos desistiram ou tracaram cursos superiores em 2020
(Clarice Cardoso, do UOL, em São Paulo) Impulsionadas pelo aumento no número de desempregados, pela redução da renda dos trabalhadores e pelas incertezas sobre o retorno das aulas presenciais em meio à pandemia do novo coronavírus, as taxas de evasão e inadimplência dos alunos no ensino superior privado cresceram, respectivamente, 10,1% e 11%. Os dados são de um estudo do Semesp, entidade que reúne mantenedoras de ensino superior no Brasil, sobre o qual escreve hoje a repórter do UOL Ana Carla Bermúdez. No primeiro semestre de 2020, 608 mil alunos desistiram ou trancaram matrícula em instituições privadas de ensino superior, 83 mil a mais que no mesmo período de 2019. Outros 565 mil alunos ficaram inadimplente, 109 mil a mais que no mesmo período do ano passado. Os dados foram obtidos por meio de uma pesquisa realizada com 53 instituições particulares de ensino superior. A maior parte das unidades de ensino que participaram do levantamento (67,4%) atende até 7 mil alunos —porte considerado como pequeno ou médio pelo Semesp. A entidade estima que, devido aos trancamentos, desistências, não rematrículas e também a uma queda no ingresso de alunos no segundo semestre deste ano, o setor perdeu ao menos 423 mil alunos. A pesquisa mostra ainda que houve queda no número de alunos novos nas instituições de ensino, no segundo semestre deste ano, em comparação com a quantidade de ingressantes no segundo semestre de 2019. No Brasil, segundo o levantamento, o percentual de queda foi de 19,8%. Essa taxa, no entanto, foi ainda maior se analisados apenas os cursos presenciais: queda de 38,2%. https://educacao.uol.com.br/noticias/2020/10/19/na-pandemia-inadimplencia-e-evasao-crescem-no-ensino-superior-privado.htm