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Libere a criança que existe dentro de você – Luiz Alberto Machado

“A verdadeira maturidade é atingir a seriedade de uma criança brincando.”  Soren Kierkegard Não raras vezes, em entrevistas concedidas ou palestras e cursos ministrados sobre criatividade e/ou solução criativa de problemas, perguntam-me o que fazer para desenvolver o potencial criativo. Há, evidentemente, um sem número de respostas a essa pergunta. Num artigo intitulado As “sete leis” da criatividade, o Prof. Victor Mirshawka Jr., inspirado no best-seller As sete leis espirituais do sucesso, de Deepak Chopra[1] (que tem por preocupação a análise da qualidade de vida no trabalho) faz sete recomendações para desenvolver o potencial criativo. São elas: Domine a autocrítica Seja um entusiasta da mudança Busque o diferente! Persista Aumente seu conhecimento “Distribua” sua criatividade Sonhe com o impossível No meu íntimo, porém, a resposta é mais simples e pode ser resumida em “libere a criança que existe dentro de você”. Por que essa convicção? Porque é na nossa mais tenra infância que, utilizando uma combinação de espontaneidade, ingenuidade e curiosidade, descobrimos e aprendemos muitas coisas, algumas das quais nos acompanharão por toda a vida, ajudando-nos a resolver problemas e superar desafios. Lamentavelmente, esse trio – espontaneidade, ingenuidade e curiosidade – vai perdendo força à medida que vamos crescendo e passamos a receber uma série de limites e restrições que nos são impostos, primeiro, em casa e na escola, e, mais tarde, nos demais ambientes que costumamos frequentar. Bob Pike, um dos mais fantásticos especialistas em aprendizagem acelerada que tive oportunidade de conhecer em eventos promovidos pela International Alliance for Learning,  costuma abrir suas apresentações com as “leis de Pike”[1]. Delas (cinco no total), duas aplicam-se como uma luva ao tema deste artigo. A primeira é que “adultos são crianças com corpos grandes”, o que significa que o cérebro do adulto está sujeito, em grande parte, aos mesmos estímulos dos cérebros das crianças. Por que então não deixar que esses cérebros “viajem”, exatamente como “viajam” os cérebros das crianças? A segunda lei de Pike diz que “a aprendizagem é diretamente proporcional à quantidade de alegria e divertimento que você sente”. Se o jardim de infância foi o último momento de que você se recorda de ter ido satisfeito e entusiasmado para a escola, alguma coisa deve estar errada no sistema formal de ensino, uma vez que a maior parte das pessoas vai à escola emburrada e chateada, encarando-a como uma obrigação e um pesado fardo a carregar, num clima completamente diferente daquele clima de magia do jardim de infância, marcado pelas brincadeiras, pelos jogos, pelas salas coloridas e cheias de desenhos, e também pelo esforço das professoras em estimular a criatividade, a curiosidade e a sociabilidade. Pois bem. As restrições e limites a que me referi aparecem muitas vezes traduzidos na palavra “não”, que, de acordo com estudos bastante respeitáveis, é a palavra que ouvimos com mais frequência numa determinada fase de nossa vida. Essa sucessão de “nãos” é indicada por Floriano Serra, um executivo do setor farmacêutico que foi pioneiro, entre nós brasileiros, a enveredar pelos caminhos da criatividade, como um dos motivos pelos quais a maior parte das pessoas tem enorme dificuldade para explorar seu potencial criativo. Em seu livro E por que não?[2], ele afirma que existem seis “pês” bloqueadores, responsáveis pelo aparecimento de nossos valores, crenças, preconceitos, paradigmas e percepções, que, por sua vez, funcionam como verdadeiros filtros (ou lentes), a partir dos quais enxergamos o mundo. A palavra que ele utiliza para se referir ao efeito bloqueador dos frequentes “nãos” é proibições e os outros cinco “pês” bloqueadores são pais, professores, patrões, preguiça e perfeição, entendida esta última como a busca obsessiva da perfeição, que se transforma em obstáculo para inúmeras pessoas que não fazem quase nada por acharem que sempre falta alguma coisa. Trata-se do famoso “em busca do ótimo, não se faz o bom”. Seguramente você é capaz de adicionar outros “pês” bloqueadores a essa lista, não é mesmo? Os filtros apontados por Floriano Serra fazem com que pensemos sempre da mesma forma, naquilo que Frank Prince[3] denomina de “pensar dentro da caixa”, ou seja, de forma sempre igual, numa rotina que não contribui em nada para a criatividade, o empreendedorismo e a inovação. Há uma pergunta, que costumo fazer aos participantes de meus cursos e seminários que os deixa, quase que invariavelmente, numa situação constrangedora, dada a dificuldade que encontram para respondê-la. É a seguinte: “Quando foi a última vez que você fez uma coisa pela primeira vez?” Resgatar a criança interior será fundamental para romper com esse círculo vicioso que caracteriza o dia-a-dia de muitos de nós, ajudando-nos a “pensar fora da caixa” e, em consequência, a termos mais estímulos para criarmos, empreendermos e inovarmos. Como fazê-lo? Que tal começar por fazer um inventário de coisas que fazíamos com enorme alegria e entusiasmo em nossa infância e que deixamos de fazer por conta dos nossos “pês” bloqueadores e de tantos outros bloqueios que fomos adquirindo – pelas mais diferentes razões – ao longo de nossas vidas? Está feito o convite! Luiz Alberto Machado: Economista, graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Mackenzie, mestre em Criatividade e Inovação pela Universidade Fernando Pessoa (Portugal), é sócio-diretor da empresa SAM – Souza Aranha Machado Consultoria e Produções Artísticas. Foi presidente do Corecon-SP e do Cofecon.  

ESTRUTURA CONCEITUAL PARA RELATÓRIO FINANCEIRO – CPC 00

Olá pessoal, neste paper estaremos apresentando os principais conceitos do CPC 00 que trata da estrutura conceitual para os relatórios financeiros, e para iniciar é importante conhecermos um pouco sobre o OBJETIVO dos RELATÓRIOS FINANCEIROS no atendimentos aos anseios dos usuários e como podem auxiliá-los na tomada de decisões; e vocês terão informações sobre as RESTRIÇÕES do RELATÓRIOS FINANCEIROS nos cuidados sobre as informações dos eventos econômicos em seus aspectos qualitativos e como as informações financeiras devem ser úteis, elas devem ser relevantes e representar fidedignamente aquilo que pretendem representar…. Vamos lá, na leitura dos principais pontos do CPC 00 que trata da ESTRUTURA CONCEITUAL PARA RELATÓRIOS FINANCEIROS???….. Olá, entender a estrutura conceitual dos relatórios financeiros é fundamental para o profissional que tenha interesse na gestão empresarial e, em como avaliar o desempenho de uma empresa. Como sabemos, a estrutura dos demonstrativos contábeis segue as normas do IFRS (Internacional Accounting Standards Board) e no Brasil o órgão escolhido pela CVM (Comissão de Valores Mobiliários) foi o CPC (Comitê de pronunciamentos contábeis) O CPC foi criado pela  Resolução CFC nº 1.055/05, e tem como objetivo “o estudo, o preparo e a emissão de documentos técnicos sobre procedimentos de Contabilidade e a divulgação de informações dessa natureza, para permitir a emissão de normas pela entidade reguladora brasileira, visando à centralização e uniformização do seu processo de produção, levando sempre em conta a convergência da Contabilidade Brasileira aos padrões internacionais”. O primeiro pronunciamento técnico emitido pelo CPC foi o pronunciamento técnico CPC 00 (R02) que trata da ESTUTURA CONCEITUAL PARA RELATÓRIO FINANCEIRO, sendo este o objeto da explanação no nosso paper. Vamos lá, bem simples o entendimento: O objetivo do relatório financeiro para fins gerais é fornecer informações financeiras sobre a entidade que reporta que sejam úteis para investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e potenciais, na tomada de decisões referente à oferta de recursos à entidade. Essas decisões envolvem decisões sobre: (a) comprar, vender ou manter instrumento de patrimônio e de dívida; (b) conceder ou liquidar empréstimos ou outras formas de crédito; ou (c) exercer direitos de votar ou de outro modo influenciar os atos da administração que afetam o uso dos recursos econômicos da entidade. As decisões descritas acima dependem dos retornos que os existentes e potenciais investidores, credores por empréstimos e outros credores esperam, por exemplo, dividendos, pagamentos de principal e juros ou aumentos no preço de mercado. As expectativas dos investidores, credores por empréstimos e outros credores quanto aos retornos dependem de sua avaliação do valor, da época e da incerteza (perspectivas) de futuros fluxos de entrada de caixa líquidos para a entidade e de sua avaliação da gestão de recursos da administração sobre os recursos econômicos da entidade. Investidores, credores por empréstimos e outros credores, existentes e potenciais, precisam de informações para ajudá-los a fazer essas avaliações. Assim os relatórios financeiros fornecem informações sobre a posição financeira da entidade que reporta, as quais consistem em informações sobre os recursos econômicos da entidade e as reivindicações contra a entidade que reporta. Os relatórios financeiros fornecem ainda informações sobre os efeitos de transações e outros eventos que alteram os recursos econômicos e reivindicações da entidade que reporta. Ambos os tipos de informações fornecem dados úteis para decisões referentes à oferta de recursos à entidade. Evento econômico pode ser definido como uma operação que promove alterações na estrutura patrimonial de uma empresa, através de ingresso ou consumo de recursos financeiros. Informações sobre a natureza e os valores dos recursos econômicos e reivindicações da entidade que reporta podem auxiliar os usuários a identificar os pontos fortes e fracos financeiros da entidade que reporta. Essas informações podem auxiliar os usuários a avaliar a liquidez e solvência da entidade que reporta, suas necessidades de financiamento adicional e a sua probabilidade de êxito na obtenção desse financiamento. Essas informações também podem auxiliar os usuários a avaliar a gestão de recursos da administração sobre os recursos econômicos da entidade. Informações sobre prioridades e exigências de pagamento de reivindicações existentes auxiliam os usuários a prever como futuros fluxos de caixa serão distribuídos entre aqueles que tiverem reivindicações contra a entidade que reporta. Diferentes tipos de recursos econômicos afetam diferentemente a avaliação, por usuário, das perspectivas de fluxos de caixa futuros da entidade que reporta. Alguns fluxos de caixa futuros resultam diretamente de recursos econômicos existentes, tais como contas a receber. Outros fluxos de caixa resultam da utilização de vários recursos em conjunto para produzir e comercializar produtos ou serviços a clientes. Embora esses fluxos de caixa não possam ser identificados com recursos econômicos (ou reivindicações) individuais, os usuários de relatórios financeiros precisam conhecer a natureza e o valor dos recursos disponíveis para uso nas operações da entidade que reporta. RESTRIÇÕES SOBRE OS RELATÓRIO FINANCEIROS Relatórios financeiros fornecem informações sobre os recursos econômicos da entidade que reporta, reivindicações contra a entidade que reporta e os efeitos de transações e outros eventos e condições que alteram esses recursos e reivindicações. (Essas informações são referidas nesta Estrutura Conceitual como informações sobre os fenômenos econômicos.) Alguns relatórios financeiros incluem também material explicativo sobre as expectativas e estratégias da administração para a entidade que reporta e outros tipos de informações prospectivas. As características qualitativas de informações financeiras úteis se aplicam a informações financeiras fornecidas nas demonstrações contábeis, bem como a informações financeiras fornecidas de outras formas. O custo, que é uma restrição generalizada sobre a capacidade da entidade que reporta de fornecer informações financeiras úteis, se aplica de forma similar. Contudo, as considerações, ao se aplicarem as características qualitativas e a restrição de custo, podem ser diferentes para tipos diferentes de informações. Por exemplo, aplicá-las a informações prospectivas pode ser diferente de aplicá-las a informações sobre recursos econômicos e reivindicações existentes e a alterações nesses recursos e reivindicações. Características qualitativas de informações financeiras úteis Se informações financeiras devem ser úteis, elas devem ser relevantes e representar fidedignamente aquilo que pretendem representar. A utilidade das informações financeiras é aumentada se forem comparáveis, verificáveis, tempestivas e compreensíveis. Características qualitativas fundamentais As características qualitativas fundamentais são