Pesquisar

COM DÍVIDAS DE MAIS DE R$1 BI, BRASIL PHARMA PEDE RECUPERAÇÃO JUDICIAL

SÃO PAULO (Reuters) – A Brasil Pharma, uma das grandes empresas de varejo farmacêutico do país, com dívidas de mais de 1 bilhão de reais, anunciou nesta quarta-feira que pediu recuperação judicial depois de não conseguir resolver seus problemas financeiros extrajudicialmente. Criado em 2009 como um veículo para consolidar compras de redes de drogarias regionais, o grupo atualmente controlado pela empresa Stigma Cayman, da norte-americana Lyon Capital, teve problemas de integração e passou por disputas entre acionistas, além de ter dívida elevada. Atualmente, a Brasil Pharma possuiu 288 lojas nos Estados da Bahia, Pará e Pernambuco, com 430 franquias e mais de 4.500 funcionários, de acordo com dados incluídos no pedido de recuperação. Entre as suas redes estão Big Ben, Farmais e Farmácia Sant’ana, depois de ter vendido a rede Rosário em dezembro de 2016 e Mais Econômica em novembro de 2015. “Durante a recuperação judicial o grupo Brasil Pharma, a companhia, suas subsidiárias, controladas e demais empresas do grupo concentrarão seus máximos e melhores esforços para preservar suas atividades comerciais e operacionais e assim cumprir com seus compromissos e obrigações”, disse a empresa em fato relevante. O pedido de recuperação foi apresentado na cidade de São Paulo e o valor da causa foi estabelecido em 1,2 bilhão de reais. A empresa afirma no pedido ter 15 mil credores. As principais e mais relevantes dívidas do grupo foram contraídas no ano passado, com a emissão de 511 milhões de reais em cédulas de crédito bancário e da sétima emissão de debêntures no valor de 400 milhões de reais, nas quais o banco BTG Pactual figura como credor, disse a empresa no pedido de recuperação judicial. A companhia informou ainda que “até o presente momento” permanecem inalteradas as informações relacionadas à oferta pública de aquisição das ações (OPA) para a saída da empresa do segmento de especial de listagem no Novo Mercado. A companhia decidiu deixar o segmento especial em novembro, alegando não ter conseguido cumprir patamar mínimo de ações em circulação no mercado. (Por Raquel Stenzel) https://www.reuters.com/

FINANÇAS CORPORATIVAS – O que é?

Finanças corporativas carrega consigo as evoluções do mundo contemporâneo; por muito tempo a atenção dos empresários estiveram voltadas ao processo de fabricação e atendimento ao cliente mediante as vendas no objetivo de gerar receita a empresa. Porém com o aumento da competitividade decorrente da GLOBALIZAÇÃO; empresas estrangeiras invadiram brutalmente o Brasil e o custo da ineficiência operacional e falhas da gestão dos recursos financeiros pela falta de conhecimento das técnicas de gestão levaram muitas empresas a falência, mesmo atuando num segmento altamente atrativo. Quando avaliamos os principais eventos que abalaram a humanidade com reflexo ao sistema financeiro; as metodologias da GESTÃO EMPRESARIAL foram evoluindo mediante as pesquisas acadêmicas e se adaptando do objetivo de propor ao mundo empresarial técnicas que possam contribuir ao atual modelo vivido pela sociedade. Podemos concluir que vivemos num ciclo de acontecimentos históricos e que eles se repetem periodicamente na escala do tempo e aqueles que possuíram conhecimento das técnicas de GESTÃO EMPRESARIAL em cada momento vivido pela humanidade adotarão medidas estratégicas no sentido de administrar os efeitos nocivos a empresa. Voltando ao túnel do tempo em 1929/30 tivemos um dos maiores abalos mundiais que contaminou o mundo empresarial; naquele momento vivia-se a sede pelo rápido crescimento industrial e o modelo desenvolvido a época foi o modelo de gestão empresarial direcionado a captação de recursos; e assim os investidores foram os holofotes da época; imagina que a sede ao crescimento foi tanta que o valor dos papeis (títulos negociados) descolaram-se do real da valor de geração de riqueza da empresa; ou seja a empresa tinha uma valor de R$ 10,00 e os seus papeis passaram a ser negociados por R$ 100,00. Como o ágio foi superior ao real valor de criação de riqueza da empresa; costumamos dizer que de vez em quando a música para e aquele que estiver mais distante da cadeira é excluído da brincadeira. A música é o MERCADO e em momentos de CRISE a tendência é que o valor de mercado do título busque o valor real do ATIVO e todo aquele ágio construído se derrete da “noite para o dia”. Então, após o período do alto crescimento de 1919/30 tivemos a “grande depressão” e a preocupação a época dos acadêmicos voltaram-se ao estudo da liquidez e da solvência empresarial; e diversos indicadores da análise financeira surgiram, tais como: Liquidez corrente, liquidez seca; liquidez imediata entre outros e permanecem como ricas fontes de estudo até o dia de hoje. Na década de 40 e 50; passada a depressão de 1929 retomou-se o crescimento e investimento; mas agora com um pouco mais de cautela e a empresa passou a ser avaliada como uma APLICADORA DE RECURSOS no objetivo de REMUNERAR ADEQUADAMENTE os seus PROVEDORES DE CAPITAL e a enfase nos INVESTIMENTOS e os modelo desta época foram: Conceitos de Valor Presente líquido, tempo de recuperação de capital (payback); Taxa interna de retorno de um projeto (TIR); entre outros tais como RENTABILIDADE DOS ATIVOS (ROI) e modelos de precificação dos ATIVOS (CAPM) na aplicação da teoria de Keynes com investimento agregado como a preocupação central das nações e das organizações. No final da década de 50, Modigliani e Miller dão início à  moderna teoria de finanças com estudos sobre a irrelevância da estrutura de capital na linha de pensamento que o valor de um ATIVO não deve ser analisado pela sua estrutura de FINANCIAMENTOS (participação do capital de terceiros provenientes dos Bancos em relação ao capital dos acionistas) e sim no foco em conhecer se o ATIVO é bom o suficiente para gera LUCRO antes das despesas financeiras; pois muitas empresas geram prejuízo NÃO pela falha operacional; mas decorrente de um erro de capitação bancária a um custo superior a rentabilidade da empresa; resumindo: O ATIVO que deve ser analisado NÃO no modelo de como ele é financiado. Na década de 90, devido a GLOBALIZAÇÃO o mundo passou a conviver com uma cesta de moeda diferenciadas no seu sistema financeiro; imagina uma empresa brasileira que compra matéria prima em dólar, produz internamente em real e vende para um país asiático. Assim surgiram metodologias da proteção cambial tais como: Evolução da gestão de risco com estratégias de derivativos, opções, swaps, hedges etc. Nos nossos dias estamos vivendo o fortalecimento do mercados de capitais, onde as empresas tem a oportunidade de buscar nas BOLSAS DE VALORES recursos para financiar o seu crescimento e alguns modelos passam a ser necessário as que almejam, tais como: GOVERNANÇA CORPORATIVA; AVALIAÇÃO DO REAL VALOR DE UM ATIVO e entender o pensamento dos acionistas. Como verificamos os acontecimentos são cíclicos e quando comparamos os períodos os reflexos dos acontecimentos se repetem; quando analisamos abaixo a crise de 1929 e seus efeitos verificamos uma semelhança profunda do a de 2008 Insuficiência de demanda agregada Não transferência para os salários dos ganhos de produtividade Excessiva e crescente concentração da renda nacional (5% dos mais ricos, em 1919, apropriavam 24% da riqueza nacional; este número elevou-se para 33,5% em 1929) Excesso de poupança aplicada em papéis Febre especulativa Perda de prudência no negócios Inscreva-se no nosso canal do youtube e deixe seu like. Um bom estudo Prof. Alexandre Wander

ALTERAÇÃO NO CUSTO DO CAPITAL PRÓPRIO DECORRENTE DA ALAVANCAGEM

O custo do capital próprio (Ke) se muda em decorrência da estrutura de capital de uma empresa. Um modo de alavancar o retorno dos ativos operacionais (ROI) gerando uma rentabilidade do patrimônio líquido (ROE) mais atrativa é decorrente ao aumento do endividamento, a uma taxa de captação bancária inferior a rentabilidade dos ativos operacionais (ROI); e muitas empresas utilizam-se deste artificio para incrementar a rentabilidade dos acionistas o ROE. Porém, quando a alavancagem aumenta, o endividamento e o capital próprio (Ke) torna-se mais arriscado e, portanto, mais caros, reduzindo assim ao valor presente (PV) os valores futuros (FV) dos fluxos de caixa da empresa (FCFF). Assim; se um controller estiver pensando em utilizar deste artifício é bom pensar que o acionista que atua no Conselho da Administração da empresa possui sólidos conceitos em Finanças, e que por certo já estudou as modernas teorias de “valuation”; e passe a  refletir no incremento do custo do capital próprio do acionista (Ke) que estará refletindo no valor do beta (risco) do seu investimento na definição do seu custo de capital. Entendemos não ser uma tarefa simples, pois demanda uma análise criteriosa da composição dos recursos que estarão financiando os ativos operacionais decorrente das mudanças da estrutura de capital. A análise demanda um tempo em pesquisar os betas de empresas que atuam em mercados maduros e com forte diversificação da quantidade dos seus investidores, tomando como base as bolsas dos Estados Unidos da América; onde a diluição do capital impera fortemente e os administradores das empresas devem tomar medidas pontuais em atender as expectativas dos seus provedores de capital em remunerar adequadamente seus anseios. Pois caso não sejam atendidos as ações serão liquidadas/vendidas nas bolsas de valores e o valor da empresa no mercado (EV) despenda com sérios reflexos no posicionamento do valor da marca da empresa no mercado de capitais. Diferente do Brasil em que os acionistas majoritários assumem as ineficiências dos administradores e permanecem na empresa até que bons ventos retornem a favor da empresa ou conviver com o pesadelo de uma possível faléncia. O ponto de partida é procurar definir o que seria um beta “puro” que seja interligado somente aos ativos operacionais, como se a empresa não tivesse o risco do endividamento; e neste caso é importante selecionar empresas que atuam no mesmo segmento visando capturar o “risco do negócio”, tomando como benckmarketing conforme mencionamos empresas de mercados maduros. Isto feito, podemos adotar o que denominados de “regressão” do beta; ou seja, expurgar dele o risco do endividamento. De um modo simples, podemos tomar como exemplos conceitos da matemática financeira de capital (PV) e montante (FV); a diferença entre estes dois pontos intitulamos de “juros”. Na fórmula matemática quanto temos o Montante e desejamos conhecer o Capital a fórmula é simples: C = M / (1+i) n Na definição do CAPM, modelo de precificação de ativos é fundamental o domínio na definição do “beta”; e podemos entender que o BU como sendo o beta sem dívidas e o BL como o beta com dívidas. Se entendemos que o M (montante) carrega consigo o valor do C (capital) mais os juros; podemos então definir que o BL é da mesma semelhança que o M (montante); pois carrega consigo o BU (beta sem dívidas) mais os juros do acionista decorrente do endividamento causado pela estrutura de capital. Então o BU (beta sem dívidas) pode ser assim definido: BU = BL / (1 + (P/PL) x (1 – IR)) Na fórmula acima podemos verificar que o P/PL é a taxa do acionista reduzida ao benefício fiscal. O risco do beta operacional (sem dívidas), o BU representa o ponto inicial do fluxo de caixa operacional gerado pelos ativos operacionais de uma empresa que flutuam de acordo os ciclos econômicos que são financiados pelo capital de terceiros (P) e seu capital próprio (PL) com um ajuste para o tratamento do imposto beneficiado pela dedutibilidade das despesas financeiras no cálculo do imposto de renda; Ou seja; se de um lado o acionista onera a empresa pelo risco do endividamento ao mesmo modo ele é beneficiado pelo ganho tributário. Assim o BL (beta com dívidas) pertence a uma empresa que atual num mercado diversificado e que a mesma carrega consigo as dívidas na sua estrutura de capital. Uma vez que se procede a regressão no cálculo do BU (beta sem dívidas) poderemos proceder a alavancagem de acordo com a estrutura da empresa que estamos avaliando, na utilização da fórmula que apresentamos abaixo: BL = BU x (1 + P/PL) x (1-IR) Definido o beta na empresa que estamos avaliando estamos no estágio em definir a Taxa mínima de atratividade do acionista (TMA) na aplicabilidade da fórmula abaixo Ke = RF + beta (RM – RF) Onde: Ke é o custo do capital próprio; RF = taxa de uma ativo livre de risco e RM é a remuneração de mercado. Finalmente, usamos o CAPM e o beta de capital próprio revisado tomando-se como base uma empresa referência e aplicando em nossa empresa objeto de estudo para cálculo do novo custo de capital próprio a sua estrutura revisada. Considerando a complexidade deste processo, recomendamos seu uso somente quanto seja provável que as mudanças significativas de desempenho sejam plausíveis de serem aplicadas na empresa objeto de estudo em relação a empresa tomada como referência. Um bom estudo Prof. Alexandre Wander  

Os 10 princípios da AMBEV

Nosso sonho nos inspira a trabalhar juntos, unindo as pessoas por um mundo melhor Pessoas excelentes, com liberdade para crescer em velocidades compatíveis com seu talento e recompensadas adequadamente, são os ativos mais valiosos da nossa Companhia. Selecionamos, desenvolvemos e retemos pessoas que podem ser melhores que nós mesmos. Avaliamos nossos líderes pela qualidade das suas equipes. Nunca estamos completamente satisfeitos com nossos resultados, que são o combustível de nossa Companhia. Foco e tolerância zero garantem uma vantagem competitiva duradoura. O Consumidor é o Patrão. Nos conectamos com nossos consumidores oferecendo experiências que têm um impacto significativo em suas vidas, sempre de forma responsável. Somos uma companhia de donos. Donos assumem resultados pessoalmente. Acreditamos que o bom senso e a simplicidade orientam melhor do que sofisticação e complexidade desnecessários. Gerenciamos nossos custos rigorosamente, a fim de liberar mais recursos para suportar o nosso crescimento no mercado de maneira sustentável e rentável. Liderança pelo exemplo pessoal é o melhor guia para nossa cultura. Fazemos o que falamos. Nunca pegamos atalhos. Integridade, trabalho duro, consistência e responsabilidade são essenciais para construir nossa Companhia. Fonte: https://www.ambev.com.br/ Explore nosso site e encontre diversos temas acadêmicos que poderá te ajudar na tua formação profissional. Prof. Alexandre Wander Divulgue nosso site aos teus amigos universitários e empresários: tem conteúdo é gratuito

Os modelos do Fluxo de caixa: Resumo na aula ministrada pelo prof. Alexandre Wander em 21/01/2017

Muito se fala sobre os modelos de fluxo de caixa e como utilizá-los na gestão empresarial, primeiramente devemos deixar claro a existência de dois modelos: 1) O modelo de fluxo de caixa direto; onde analisamos as movimentações dos pagamentos e recebimentos numa conta exclusiva a do caixa e todas as entradas e saídas que nela ocorreram. 2) O modelo de fluxo de caixa indireto; onde correlacionamos as movimentações que ocorreram nos principais demonstrativos financeiros: a) A demonstração do resultado do exercício; b) O Balanço Patrimonial e como estes demonstrativos financeiros constroem um terceiro demonstrativo e talvez um dos mais importante que chamamos de Fluxo de caixa.  Este por sua vez, é dividido em 03 seções: O Fluxo e caixa operacional (FCO); o Fluxo de caixa da empresa (FCFF) e o fluxo de caixa do patrimônio líquido (FCFE) e entender sua composição é fundamental para o gestor financeiro; pois através deste demonstrativo o FLUXO DE CAIXA que os investidores promovem análise das movimentações que ocorrem nas empresas e assim eles “os investidores” utilizando-se da ANALISE FUNDAMENTALISTA procuram entender como os gestores estão aplicando os recursos empresariais e o que ocorrerá com o valor das ações no mercado de capitais. Este instrumento é fundamental quando estamos implementando um novo projeto das empresas na análise da viabilidade econômica e financeira e na decisão se APROVA ou REPROVA o projeto na utilização de indicadores tais como: o tempo de recuperação deste projeto; o valor presente líquido e sua taxa interna de retorno. Quando entendemos a geração do fluxo de caixa condicionada a TAXA MÍNIMA DE ATRATIVIDADE (TMA), dos seus provedores de capital, poderemos ter um pouco de segurança na clara definição nas análises dos PROJETOS EMPRESARIAIS. O material abaixo apresenta um resumo dos principais temas que abordamos na aula ministrada no curso de MBA neste final de semana. Um bom estudo Professor Alexandre Wander MODELOS DE FLUXO DE CAIXA.ppt

Fluxo de caixa: Qual a sua importância?

O fluxo de caixa, indica como os administradores estão utilizando o lucro liquido gerado pela empresa, quando apuramos o fluxo de caixa operacional, nós estamos agregando ao lucro liquido a despesa financeira liquida, no objetivo de conhecer o Fluxo de Caixa Operacional (FCO), um indicador financeiro como se a empresa não tivesse a obrigação do pagamento de juros, sem a existência do endividamento bancário. Do fluxo de caixa operacional nós deduzimos os investimentos ou desinvestimentos em capital de giro, ativo imobilizado e intangível, no objetivo de conhecermos o fluxo de caixa da empresa (FCFF). A partir deste ponto deduzimos o pagamento de juros, pagamentos ou incrementos de novas dividas, mais pagamentos ou aportes de capital ou de dividendos para finalmente chegarmos ao fluxo de caixa do patrimônio liquido (FCPL). Com estes indicadores passamos a analisar as necessidades de investimentos, origens e aplicações de recursos de uma empresa. Prof. Alexandre Wander

Exercícios (cases) sobre rentabilidade – avalie seu conhecimento

Obs: Os valores abaixo são ilustrativos não traduz a realidade das empresas 1) A AMBEV apresentou EBIT (lucro operacional antes do IR) de $ 50,0 milhões no último demonstrativo de resultados publicado. Sabe-se que o imposto de renda é igual a 34%.Passivo Oneroso (Financiamentos) corresponde a $ 148,0 milhões e o Patrimônio Líquido a $ 182,0 milhões. Com base nesses valores, pede-se calcular o retorno sobre os investimentos (ROI) da AMBEV.   2) Os acionistas da EMBRAER querem saber o custo da dívida após imposto de renda. O lucro operacional após o IR atinge $ 9.500,0 mil, gerando dessa forma 15,83% de retorno sobre o ativo total da empresa. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE), após o imposto de renda, é de 11%, sendo que 40% do ativo total correspondem ao capital próprio. Pede-se calcular o custo da dívida após o IR.   3) A NATURA pretende calcular o seu grau de alavancagem. O passivo exigível, composto somente de financiamento bancário, é de $ 120.000 e o Patrimônio Líquido de $ 210.000. A receita operacional é de $ 300.000 e a despesa operacional corresponde a 75% das receitas operacionais. Admitindo custo de captação nominal de 20% e inexistência de IR, calcule o grau de alavancagem financeira (GAF).   4) Um grupo de investimento deseja determinar a rentabilidade do investimento da PETROBRAS. O lucro líquido, após o imposto de renda, do último período é de $ 4.800, o custo de captação de recursos antes do IR é de 18% gerando encargos financeiros brutos de $ 10.750. O Patrimônio Líquido é de $85.000 e a alíquota de IR de 34%. Determine o ROI (retorno sobre o investimento) da PETRO.   5) A HERING que atua no setor de confecção. No último ano registrou aumento real nas vendas de 5%, devido principalmente ao preço competitivo e qualidade dos produtos obtidos através de novos investimentos em equipamentos. Qual o retorno sobre o patrimônio líquido, sabendo que o spread da HERING (ROI – Ki) é de 4%, o P/PL igual a 0,5 e o ROI igual a 14%?   6) Calcule os indicadores ROA (retorno sobre os ativos), ROE (retorno sobre o patrimônio líquido), ROI (retorno sobre o investimento), Ki (custo da dívida) e GAF (grau de alavancagem financeira), todos líquidos do imposto de renda, utilizando o Balanço Patrimonial e Demonstrativo de Resultado relativos ao exercício social findo em 31.12.XX da HERING.     7) Conceitue: ROA – ROI – ROE – EBIT – EBITDA – NOPAT 8) Calcule o ciclo operacional e financeiro da empresa 9) Elabore um relatório gerencial comentando o desempenho empresarial (*) os valores são ilustrativos, não traduz a realidade das empresas Um bom estudo Prof. Alexandre Wander awander@gecompany.com.br

FINANÇAS: INDICADORES FINANCEIROS- LIQUIDEZ e ATIVIDADE

Análises dos índices A análise das demonstrações financeiras visa fundamentalmente ao estudo do desempenho econômico-financeiro de uma empresa em determinado período de tempo; visando entender o passado, ou seja, como a empresa chegou até o momento presente, para assim diagnosticar, em consequência, sua posição atual e produzir base de informação para prever o futuro. Na realidade o que se pretende é avaliar os reflexos das decisões operacionais na saúde financeira de uma empresa; e também como os gestores estão conduzindo o negócio; e como determinadas ações afetam significativamente a liquidez, a estrutura patrimonial, a rentabilidade e a capacidade da empresa gerar caixa; pois gerenciar a empresa apenas pelo lucro ou receitas de vendas pode não ser a melhor estratégia a ser adotada. Se de um lado o gerente operacional  e os engenheiros são responsáveis em entender da qualidade técnica de um determinado produto desde a aquisição da matéria prima até a sua transformação em produto acabado e pronto para ser comercializado; é de responsabilidade do gestor financeiro entender como as informações são produzidas na empresa e estabelecer métricas de gerenciamento visando construir uma base de informação para tomada de decisão sobre o aspecto financeiro e entender principalmente como os índices se entrelaçam entre si, como uma ferramenta preciosa na gestão empresarial. Apesar da existência de critérios sofisticados, o uso de índices constitui-se numa técnica simples de gestão; no entanto alguns cuidados devem ser tomados; pois uma análise isolada de outros fatores pode nos levar a conclusões errôneas e emitirmos opiniões que não refletem a realidade empresarial; é sempre importante conhecermos o segmento de atuação da empresa; o seu mercado, o estágio de vida e ciclo dos seus produtos;  pois estes fatores temporais e setoriais contribuem para uma melhor percepção. Índices econômico-financeiros de análise A técnica mais comumente utilizada baseia-se na apuração de índices econômico-financeiros extraídos das demonstrações financeiras disponibilizadas pelas empresas; pois principalmente aquelas que atuam na Bolsa de Valores se comprometem a regulamentações governamentais que nos garantem uma dose de segurança quanto a confiabilidade das informações. Dentre as principais demonstrações financeiras as mais importantes são: 1) O Balanço Patrimonial; pois acumula e registra de forma sistemática todas as operações de uma empresa, em ordem de liquidez dos seus bens tangíveis e intangíveis e suas obrigações perante seus provedores de capitais (acionistas e bancos);  2) A demonstração de resultado do exercício; que apresenta em ordem sequencial deste o preço de venda de um determinado produto e todos os seus recursos financeiros consumidos até chegarmos ao lucro líquido; 3) A demonstração do fluxo de caixa; que apresenta as origens de recursos e onde estes recursos forma investidos; podemos entender que o Lucro é uma de recursos que alimenta a empresa que naturalmente deveria ser destinado ao caixa; mas a empresa, assim como nós consume recursos financeiros para o seu crescimento que são destinados ao seu capital de giro ou no seu grupo de investimentos do imobilizado e intangível. Como o nosso primeiro demonstrativo foi o Balanço Patrimonial, iremos apresentar os principais índices de análise que envolve este demonstrativo financeiro. Mas em primeiro lugar vamos retomar alguns conceitos do Balanço Patrimonial, sobre o aspecto estritamente financeiro. Registra todos os eventos econômicos e financeiros que alteraram a estrutura patrimonial de uma empresa; Apresenta por ordem de liquidez todos os recursos investidos na operação (desde o caixa até o ativo imobilizado) Apresenta por ordem de liquidez todas as origens de recursos e suas fontes de financiamentos (acionistas e bancos) Acumula por períodos os dados; permitindo análises temporais e sequenciais. Permite uma série de análise quanto a estrutura de capital e liquidez Do lado esquerdo apresenta onde os recursos foram investidos na empresa sendo desmembrado em 03 grandes grupos: 1). Ativo circulante; 2). Ativo não circulante e; 3) Investimentos Do lado direito, apresenta as origens dos recursos que foram investidos na empresa; sendo desmembrado da mesma forma em 03 grandes grupos: 1) Passivo circulante; 2) Passivo não circulante e; 3) Patrimônio líquido. Resumindo: Do lado esquerdo (ativo) demonstra a empresa em si e do lado direito (passivo) as origens dos recursos. Agora sim podemos continuar os conceitos dos indicadores de liquidez. Os indicadores de liquidez visam medir a capacidade de pagamento (folga financeira) de uma empresa, ou seja, sua habilidade de cumprir corretamente as obrigações passivas assumidas. Os índices de liquidez são divididos em 03 indicadores; para que possamos ter uma percepção de curto, médio e longo prazo de uma empresa; e os principais índices que medem a liquidez são: liquidez corrente; liquidez seca e liquidez imediata. Liquidez corrente: É o coeficiente do ativo circulante (caixa, estoques e contas a receber) em relação ao passivo circulante (obrigações a vencer no próximo período) Liquidez corrente =  Ativo circulante (/) Passivo circulante Uma liquidez menor que 1, por exemplo, indica que a empresa tem mais obrigações vencendo durante o próximo período do que ativos que possam ser transformados em dinheiro. Isto seria uma indicação de risco de liquidez; E uma empresa com um indicador maior que 1, indica que a empresa tem mais ativos a serem transformados em dinheiro do que suas obrigações a serem vencidas no período seguinte e por consequência indica uma redução ao risco de liquidez. Liquidez seca: O índice de liquidez seca é uma derivação do índice de liquidez corrente; e deduz do ativo circulante os estoques; pois este item, o estoque físico de mercadorias, demanda um tempo considerável até a sua transformação em recurso financeiro compreendendo todo o ciclo operacional desde a sua produção; venda e recebimento dos clientes; já os valores do passivo circulante compreendem valores financeiros no aguardo de liquidação. Liquidez seca: (Ativo circulante (-) estoque) (/) Passivo circulante Liquidez imediata: Também um derivativo do índice de liquidez corrente, que diferencia os ativos circulantes que podem ser rapidamente convertidos em dinheiro (caixa e aplicações financeiras) para fazerem frente aos compromissos do passivo circulante. Liquidez imediata: Caixa e aplicações financeiras (/) Passivo circulante Empresas que possuem um alto ciclo operacional, ou seja, que demandam um tempo significativo de conversão dos seus produtos em

Introdução à Avaliação de Investimentos: Por Damodaran/Alexandre Wander

Todo ativo, seja financeiro ou real, tem valor. A chave para investir nesses ativos e gerenciá-los com sucesso não reside na compreensão do montante desse valor, mas na fonte do valor. Qualquer ativo pode ser avaliado, mas alguns são mais facilmente avaliados do que outros, e os detalhes da avaliação variam de caso para caso. Assim, a avaliação de uma quota de imóvel exigira informações diferentes e seguirá um formato diverso da avaliação de uma ação negociada na bolsa. Entretanto, o que é realmente surpreendente não são as diferenças técnicas de avaliação de ativo para ativo, mas o grau de similaridade nos princípios básicos Existe, indubitavelmente, incerteza associada à avaliação. Freqüentemente esta incerteza decorre do ativo a ser avaliado, embora o modelo de avaliação possa aumentar a incerteza. UMA BASE FILOSÓFICA PARA AVALIAÇÃO Um surpreendente número de investidores subscreve a teoria de investimentos do “idiota maior”, que argumenta que o valor de um ativo é irrelevante desde que haja um “idiota maior”, por ai, que esteja disposto a comprar o ativo deles. Embora isto possa configurar a base para a realização de algum lucro, é um jogo perigoso, uma vez que não há garantia de que um tal investidor ainda esteja em circulação quando chegar a  hora de vender. Um postulado do investimento seguro é que um investidor não pague mais por um ativo do que ele realmente vale. Esta afirmação pode parecer lógica e óbvia, mas é esquecida e redescoberta em algum momento por todas as gerações e em todos os mercados. Há os que são dissimulados o bastante a argumentar que o valor está nos olhos de quem vê, e que qualquer preço pode ser justificado se há outros investidores dispostos a pagá-los. Isto, obviamente é um absurdo. As percepções podem ser tudo o que importa quanto o ativo é um quadro ou uma escultura, mas os investidores não compram (nem devem fazê-lo) a maioria dos ativos por motivos estéticos ou emocionais; ativos financeiros são adquiridos pelos fluxos de caixa esperados em decorrência de sua posse. Conseqüentemente, percepções de valor devem refletir dos fluxos de caixa que se espera sejam por eles gerados. Os modelos de avaliação procuram relacionar valor com o nível de crescimento esperados desses fluxos de caixa. Há muitas áreas na avaliação em que existe espaço para a discórdia, inclusive em relação a como estimar valor real e quanto tempo levará para que os preços se ajustem ao valor real. Mas há um ponto sobre o qual não pode haver diversidade de opiniões. Os preços dos ativos não podem ser justificados simplesmente com o emprego do argumento de que haverá outros investidores dispostos a pagar um preço mais alto, no futuro. GENERALIDADE SOBRE AVALIAÇÃO Como todas as disciplinas analíticas, a avaliação desenvolveu seus próprios mitos ao longo do tempo, vamos a alguns deles: Mito 1: Uma vez que os modelos de avaliação são quantitativos, a avaliação é objetiva: A avaliação não é a ciência que alguns de seus proponentes dizem ser, nem a busca objetiva por valor que os idealistas gostariam que se tornasse. Os modelos que utilizamos na avaliação podem ser quantitativos, mas os dados de entrada deixam margem suficiente para julgamentos subjetivos. Portanto, o valor final que obtivermos através desses modelos sobre o efeito das tendências que inserimos no processo. A solução mais óbvia é eliminarmos todas as tendências antes de iniciarmos uma avaliação, mas isso é mais fácil de ser dito do que feito. Dada a exposição a informações, analises e opiniões externas que recebemos com relação a um ativo como uma empresa, e pouco provável que embarquemos na maioria das análises sem alguma preconcepção. Existem duas maneiras de reduzir as preconcepções no processo. A primeira é evitar assumir posições públicas fortes em relação ao valor de uma empresa antes que a avaliação esteja completa. Muito freqüentemente, a decisão sobre se uma empresa está sub ou superavaliada antecede a avaliação em si, levando a analises seriamente comprometidas. A segunda é minimizar o interesse que temos ao fato de a empresa estar sub ou superavaliada, antes da avaliação. Preocupações institucionais também desempenham um papel determinante da extensão das tendências na avaliação. Por exemplo, é um fato reconhecido que os analistas que pesquisam o patrimônio liquido irão, mais provavelmente, produzir recomendações de compra do que de venda, isto é, são mais propensos a considerar empresas como sendo subavaliadas do que superavaliadas. Isto pode ser atribuído às dificuldades que enfrentam na obtenção de informações relativas a empresas para as quais emitiram a recomendação de venda, e, em parte, às pressões que sofrem dos gerentes de carteiras, alguns dos quais podem ter posições substanciais nas ações. Ao utilizar uma avaliação relativa por terceiros, as preocupações do (s) analista (s) que realiza (m) a avaliação devem ser levadas em consideração antes que as decisões sejam tomadas com base naquela avaliação. Por exemplo, uma auto-avaliação realizada por uma empresa-alvo de uma aquisição provavelmente sofrerá um desvio positivo. Embora tal não anule a avaliação por completo, sugere que os analistas devam ser vistos com ceticismo. Mito 2: Uma avaliação bem pesquisada e bem feita é duradoura O valor obtido a partir de qualquer modelo de avaliação é afetado por informações especificas sobre a empresa e o mercado. Como conseqüência, o valor se modificará a medida que novas informações sejam reveladas. Dado o fluxo constante de informações para os mercados financeiros, uma avaliação de uma empresa envelhece rapidamente e necessita ser logo atualizada de forma a refletir as informações correntes. Assim, as empresas farmacêuticas que foram altamente valorizadas no inicio de 1992, com base no pressuposto de que a alta taxa de crescimento dos anos 80 continuaria no futuro, teriam sido avaliadas por muito menos em 1993, à medida que as perspectivas de reforma do sistema de saúde e controle de preços anuviaram a visão de futuro. Com a vantagem do conhecimento ocorrido, as avaliações dessas empresas (e as recomendações dos analistas) feitas em 1992 podem ser criticadas, mas eram razoáveis à luz das informações disponíveis à época. Mito

O despreparo financeiro dos pequenos empresários

Quantas empresas agradam os consumidores, vendem bem, ganham reconhecimento, mas não conseguem ver o lucro no fim do mês por causa de cálculos financeiros inadequados? Nas últimas semanas, tenho assistido ao programa Shark Tank Brasil – negociando com tubarões, num canal de televisão por assinatura. O formato é bem interessante: pequenos empresários tentam negociar venda de participação societária de suas empresas e negócios para investidores de sucesso. É um programa muito interessante para quem gosta de finanças, contabilidade, custos, tributos e estratégias empresariais. Porém, o que tenho percebido é um despreparo muito grande por parte dos pequenos empresários brasileiros: falta de conhecimento financeiro! Percebe-se que são verdadeiros empreendedores, com ideias geniais, como muitos brasileiros. Mas a diferença entre conhecimento de negócios e finanças é surpreendente. Alguns ainda sabem, mas a maioria não. Qual o seu custo fixo e custo variável? Qual a sua margem de contribuição? Como é sua formação de preços? Qual o seu ponto de equilíbrio? Qual o seu mark-up? O que foi considerado no seu valuation? Qual o impacto tributário no negócio quando a sua empresa crescer? Qual a sua margem de lucro? Qual o seu payback? Esses são apenas alguns exemplos de questionamentos dos “tubarões” que ficaram sem respostas. “Os empresários carecem de conhecimentos básicos do negócio” Estatísticas do Sebrae demonstram melhora nos índices de mortalidade das micro e pequenas empresas nos últimos anos, e o índice de sobrevivência das brasileiras já é superior ao de nações como Espanha, Itália e Holanda, segundo dados da Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Mas, sem considerar os microempreendedores individuais, cerca de 58% sobreviveram apenas dois anos. Entre os motivos mais frequentes estão a falta de planejamento estratégico antes de abrir o negócio, a deficiência na gestão, a falta de políticas governamentais incentivadoras, as flutuações na conjuntura econômica, a alta carga tributária, a falta de capital de giro e a inexperiência administrativa do empreendedor. Isso demonstra que os empresários carecem de conhecimentos básicos do negócio, que incluem finanças e contabilidade. Quantas empresas agradam os consumidores, vendem bem, ganham reconhecimento da opinião pública, mas não conseguem ver o lucro no fim do mês por causa de cálculos financeiros inadequados? Na pesquisa “Causa Mortis” (do Sebrae, feita em 2014), a falta de lucro e de clientes estava entre os principais motivos apontados para o fechamento das empresas brasileiras. E esses são sintomas claros da falta de preparação dos empreendedores. Nesse cenário, nota-se uma oportunidade importante para os profissionais de finanças: a consultoria, seja ela assessoria contábil, tributária ou mesmo em finanças avançadas, como projeções de resultado e valoração das empresas. Entendo que entidades brasileiras como o Sebrae, por exemplo, apoiam muito essas empresas – e com certeza fazem diferença –, mas isso não é o suficiente. Profissionais nessas áreas devem se manter atualizados e dispostos a colaborar com o crescimento da economia brasileira por meio de micro e pequenas empresas. Marco Aurélio Pitta, gerente de Contabilidade e Tributos do Grupo Positivo, é coordenador e professor de programas de MBA da Universidade Positivo nas áreas tributária, de contabilidade e controladoria. 7 de março. Fonte: (http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/o-despreparo-financeiro-dos-pequenos-empresarios-2cj2zap0asv79cyzq5p2db3ks)