Finalmente estamos começando a enxergar o raio do sol começar a brilha na linha do horizonte; após um período de negritude na economia que em anos anteriores vinha crescendo a taxas significativas elevando o poder aquisitivo da nação brasileira elevando muitos a saírem da linha da pobreza; com o pleno emprego e o pais atingindo um crescimento no seu Produto Interno Bruto em 7,5% no ano de 2010 e um risco pais de 2,5% e a credibilidade do pais sendo reconhecida internacionalmente, fruto de uma política arrojada de crescimento e de exposição da nossa riqueza e força da nossa gente.
Antes de projetarmos o que será em 2018 é importante avaliarmos o que aconteceu nos últimos anos:
Temos que ter em mente o seguinte: Que a construção da riqueza somente é gerada pela parcela economizada de uma população, que denominamos “poupança”; o crescimento ou conquistas oriundas de outros modelos podemos definir como sendo um “endividamento”; que nos traz uma sensação falsa de enriquecimento ao crescimento e de conquistas, apenas aparente, em mostras aos outros que nos enriquecemos.
Os políticos fazem isto muito bem, quando emprestam dinheiro do FMI (fundo monetário internacional) para controlar a inflação; mas isto é um refresco momentâneo e a retomada sempre vem num efeito mais forte e incontrolável.
No período de 2010 a 2013 vivemos um período impar decorrente do crescimento das reservas cambiais, o BANCO CENTRAL com excesso de caixa e convivendo um sério e saudável problema em administrar o fortalecimento do real frente ao dólar quando atingiu R$ 1,76 em 2010 e R$ 1,67 em 2011 e a inflação de acordo ao INPC (índice nacional de preço ao consumidor) em 6,65% em 2010 reduzindo a 5,56% em 2013.
O pensamento é simples: Quando um País indica crescimento do PIB, redução nas taxas de juros através da SELIC, queda da inflação no INPC, incremento nas exportações e redução nas importações visualizadas nas RESERVAS CAMBIAIS; é só alegria. Um bom sinal que tudo encontra-se no caminho certo e o crescimento de uma NAÇÃO é eminente.
O crescimento acelerado, acima da normalidade, ocorre quando a renda economizada de outras nações (a poupança) de outros países passa a entrar num pais. Passamos a assim a ter dois processos de aceleração a economia a poupança doméstica e a poupança externa.
Porém, a poupança proveniente do exterior é extremante sensível e qualquer sinal de irregularidade ela desaparece; pois o investidor tem aversão ao “risco” e procura segurança e um retorno atrativo ao capital investido.
Por este motivo as empresas que operam na BOLSA DE VALORES devem ter como pré-requisito um forte modelo de GOVERNANÇA CORPORATIVA onde os CONSELHEIROS são diretamente responsáveis pelas suas ações; desde a atenção na gestão dos investimentos em taxas atrativas de retorno, quanto pelas fraudes causadas em desvio de recursos que não lhes pertences destinados ao enriquecimento próprio e ilícito de acordo com a LEI SARBANES promulgada no ano de 2002 nos ESTADOS UNIDOS.
A Lei SARBANES é clara e pune os CONSELHEIROS DE ADMINISTRAÇÃO das empresas que operam nas BOLSAS DE VALORES DOS ESTADOS UNIDOS, com apreensão dos bens e prisão; podemos assim concluir a seriedade para se operar numa BOLSA DE VALORES.
Ocorrendo qualquer tipo de fraude; os atos ilícitos tornam-se público e arranha a credibilidade de uma NAÇÃO.
O que por incrível que pareça esta lei foi instituída em 2002 decorrente da série crise que abalou as BOLSAS INTERNACIONAIS; principalmente nos ESTADOS UNIDOS, com as fraudes das EMPRESAS NORTE AMERICANAS tais como: O caso ENRON, PARMALAT, LEMON BROTHERS entre outros e a queda da BOLSAS DE VALORES ao pior cenário que somente foi visto na crise de 1929.
Pelo visto a falta ao estudo e ingresso em faculdade por muitos políticos brasileiros fez falta em não ter o pleno conhecimento do que é cometer crime contra o MERCADO DE CAPITAIS e infelizmente o lidar com a fama é muito mais complicado do que a conquistas.
O assédio e a busca ao enriquecimento próprio de um grupo particular de políticos levou o nosso Brasil retornar ao seu pesadelo em reviver empresas fechando as portas, elevação do custo do dinheiro pela elevação da SELIC, e a inflação sendo controlada não por uma força expressiva do BANCO CENTRAL; mas de um modo natural decorrente do aumento da taxa desemprego, em que uma população que foi induzida ao consumo em propagandas do GOVERNO em 2013 e 2014 na visão de fazer o dinheiro “girar” para manter a econômica doméstica aquecida. Mas conforme mencionamos anteriormente a riqueza somente existe pela parcela economizada de um salário; de um lucro empresarial no caso das empresas.
O efeito foi nocivo e inconsequente; pois a economia momentaneamente permaneceu estável; mas sem sustentação; pois uma sensação falsa de crescimento que ocorreu através do endividamento no sentido de os GOVERNANTES tentarem manter o crescimento decorrente do endividamento da população (pessoas físicas e empresas as jurídicas).
Um pensamento imaturo; pois a partir do momento em que a operação LAVA JATO colocou à tona do mundo os desvios do dinheiro público para fins particulares de um grupo de políticos irresponsáveis, os investimentos provenientes do exterior entraram em queda; pois a credibilidade do BRASIL foi arranhada e projetar a negritude que estaria por vir não seria necessário ter uma formação nas melhores faculdades de ECONOMIA ou ADMINISTRAÇÃO do mundo; pois o efeito é um reflexo em dominó.
Assim em 2015 o “TSUMANI” atingiu a sua maior força varrendo e destruindo o sonho dos empresários e do povo brasileiro, que com sonhos ao crescimento e o sabor da elevação do poder aquisitivo, induzido ao endividamento pelo GOVERNO na tentativa de manter a economia ao seu pleno aquecimento, deparou-se com o seu primeiro sintoma: A fuga do capital externo (a poupança economizada) de outros países, pois os investidores internacionais tem aversão ao risco e procuram lugares seguros para colocar o seu dinheiro.
O restante foi consequência:
- Paralização dos projetos de crescimentos (principalmente na PETROBRAS); que afetou de frente os seus prestadores de serviços que na maioria sendo microempresários e com um capital de giro fraco; pois o lucro gerado foi destinado ao ATIVO IMOBILIZADO e que com sede ao crescimento este ATIVO IMOBILIZADO foi construído com PARCELA DE FINANCIAMENTO.
- Paralisando os PROJETOS o desemprego cresceu;
- Com o desemprego as compras das pessoas físicas paralisaram;
- O Governo com medo de esvaziar suas REVERVAS aumentou sua taxa de juros a SELIC.
- Por consequência, menos produção queda do PRODUTO INTERNO BRUTO o PIB
Mas, em todas estas amargar medidas adotadas pelo BANCO CENTRAL em elevar a taxa de juros e a forte atuação da LAVA JATO, conduziu alguns políticos a cadeia e confisco dos bens e outros mais favorecidos e o resgate a credibilidade INTERNACIONAL vem sendo vista pela organização do BRASIL em mostrar ao mundo que a HONESTIDADE está acima dos cargos políticos das autoridades brasileiras.
O remédio foi amargo e encontramos já no final de um longa OPERAÇÃO em que é de mérito os que as conduziram.
Conforme iniciamos ao nosso primeiro parágrafo o sol está dando sinal de retomada no horizonte depois de um período dramático e de fortes consequências e para entender com muita clareza o comentário do parágrafo anterior e o que promete ser o Brasil em 2018; foi necessário revivermos academicamente o que aconteceu em 2010 até 2016 e os reflexos em 2017 para comentarmos o que tende a ser o Brasil em 2018 e nos anos posteriores.
- Acreditamos que os governantes tenham aprendido na prática a seriedade e punição instituída na LEI SARBANES, confisco dos bens, prisão. Etc.
- A população terá maior rigor em escolher os seus representantes; pois numa economia de mercado os resultados são nocivos.
SINALIZAÇÃO DO BANCO CENTRAL para o ano de 2018
- Projeção do custo do dinheiro SELIC em 7%
- Taxa de inflação através do IPCA em 4%
- Taxa de cambio em R$ 3,30
- Produto interno bruto (PIB) 2,58
- Balança comercial reduzindo para 53 bilhões de dólares; a projeção é que encerre 2017 com 66 bilhões de dólares.
Analisando os índices acima podemos predizer o seguinte cenário para 2018:
O BANCO CENTRAL estará estimulando a retomada do crescimento interno colocando dinheiro a um custo menor no mercado decorrente da redução da taxa SELIC a 7%, sendo que em 2016 o custo do dinheiro (SELIC) foi de 14,18% no incentivo dos empresários ter folego financeiro e investir o dinheiro que irão tomar nos BANCOS em projetos RENTÁVEIS e inteligentes que tenham um RETORNO DO PROJETO acima de 7%; pois se ocorrer o inverso com os empresários investindo o dinheiro em PROJETOS de RETORNO INFERIOR a 7% a alavancagem será NEGATIVA e o pesadelo será ainda pior. Como recomendação cuidado com a ansiedade e avalie cuidadosamente onde irá investir o dinheiro que o BANCO CENTRAL estará emprestando aos empresários.
Não visualizamos nenhuma mudança drástica de comportamento da população brasileira de consumo; pois ainda estará vivendo o amargo dos anos anteriores, tanto que a taxa de inflação, ano nosso ponto de vista será regido pela abstinência ao consumo.
A taxa de cambio ainda permanece alta em R$ 3,30 indicando que não ocorrerá uma forte retomada das exportações com ingresso volumoso de dólar do Brasil, pois se a economia entrará num processo de retomada da produção, isto visto pelo PIB projetado em 2,58% ainda muito distante do ano de 2010 que foi de 7,5% onde ocorreu uma enxurrada de dinheiro entrando no Brasil (exportações maiores que as importações) com superávit na balança comercial.
E por fim o BANCO CENTRAL sinaliza uma redução na BALANÇA COMERCIAL em 2018 para 53 bilhões de dólares, em 2017 a projeção é que se encerre em 66 bilhões de dólares.
Resumindo: Estamos vendo o BANCO CENTRAL incentivando a retomada do crescimento; pela redução da taxa de juros (emprestando dinheiro mais barato); com uma queda nas reservas e não visualizando um dólar abaixo dos R$ 3,00
Este cenário fortalece quem exporta mas prejudica a entrada de tecnologias internacionais no Brasil; pois a importação fica mais cara e as empresas que possuem dívidas em dólar terão que aguardar um pouco mais este processo de ajuste a economia no fortalecimento do real frente ao dólar, pois importar produtos não será uma das melhores alternativas e empresas manter dívidas em dólar é muito caro o que induzirá grandes empresas que possuem dívidas em dólar a administrar seu capital de giro e controle dos seus investimentos e talvez até reduzir seus investimentos mediante a venda de ativos e cuidados em investimentos para “quitar” a dívida em dólar.
Um PIB (produto interno bruto) ainda acanhado, mas em retomada de crescimento, por isto não estamos projetando um SOL DO MEIO DIA em 2018; mas um raio solar que aparece na linha do horizonte.
Finalizando: Embora alguns colegas profissão ousam em projetar cenários de uma maior otimismo a nossa mensagem ainda permanece na cautela nos investimentos e o cuidado no sonho de uma forte retomada; mesmo que seja este o nosso anseio, no nosso parecer em decorrência da leitura do cenário apresentado pelo BANCO CENTRAL ainda é um sonho que tende a tornar-se realidade nos próximos anos e a velocidade está nas mãos dos Brasileiros em escolher conscientemente os políticos que irão governar o nosso Brasil nos próximos anos e investir com cautela o dinheiro a um custo menor que estará sendo colocado no mercada a uma taxa SELIC de 7%.
Professor Alexandre Wander de Oliveira
Coordenador nos cursos de Pós-Graduação na FAAP em São José dos Campos e professor nas disciplinas de FINANÇAS nos cursos de Pós-Graduação na FAAP em São Paulo; professor nas disciplinas de finanças; professor na faculdade UNIP no curso de ciências contábeis. Mestre em ciências contábeis pela PUC-SP; participou no programa de Doutorado na disciplina de Avaliação de Empresas e nos programas de Pós-graduação na FGV-SP. Consultor financeiro e diretor da Ge.company uma empresa de reestruturação financeira e operacional que tem como missão perpetuar o capital investido pelos acionistas a uma taxa atrativa e que retorne acima da linha do mercado, no desenvolvimento do capital intelectual dos gestores.
E-mail: awander@gecompany.com.br
Bom o desafio a escrita foi lançada e caso tenha uma visão mais ampla ou crítica entre em contato conosco