De acordo com o Banco Central, os principais indicadores da economia para o ano de 2023 estão projetados considerando a taxa da inflação 4,65% através do IPCA e a produção interna com crescimento de 2,9% em relação ao ano anterior medida através do PIB e a desvalorização do REAL frente ao DÓLAR na paridade R$/US$ de 5,00 e o custo do dinheiro, que o BACEN repassa as demais instituições financeiras (bancos) em 11,75 medido através da taxa SELIC.
Um cenário favorável para exportação devido a elevação do câmbio a R$/US$ a 5,00, porém prejudica as importações na redução de entradas de novas tecnologias e prejudica empresas com elevado endividamento atrelado ao dólar.
Um resumo conceitual: A desconfiança do investidor em relação a economia tem impacto direto na elevação do câmbio na procura de uma moeda forte; e por sua vez o BACEN para proteger as reservas internacionais e o saldo da balança comercial ELEVA o do custo do dinheiro, através da taxa SELIC, gerando pressão no controle da INFLAÇÃO (IPCA) e o principal fator deste movimento é o desaquecimento da produção indicado pelo PIB (PRODUTO INTERNO BRUTO), resultando num desaquecimento da economia.
2023 versus 2022:
O ano de 2023 encontra-se com menor projeção da produção inferior ao ano passado que finalizou com um PIB de 3,04 sendo que neste ano está projetado em 2,92, porém o BACEN sempre adota uma postura conservadora em relação ao PIB, podendo até mesmo encerrar o ano no patamar de 3,00. Visto que, a inflação deste ano está inferior ao ano anterior que atingiu 5,64% com o cambio a R$/U$ 5,25 e a taxa SELIC em 13,75%, O BACEN está reduzindo o custo do dinheiro visando fortalecer a produção.
2023 versus 2024:
Quanto ao próximo ano a situação está mais nebulosa ainda, pois fatores externos da guerra na Rússia e agora em Israel eleva a incerteza da retomada num curto prazo e o PIB encontra-se projetado em 0,80 com uma taxa de inflação em 5,31 e o cambio 5,27 e a taxa SELIC em 12,25%.
Ou seja, o BACEN está sinalizando com a seguinte mensagem: Um momento de ficar de olho nos cenários nacionais e internacionais, administrar investimentos ociosos, evitando entrar na dívida bancária, pois a tendência é a manutenção da TAXA SELIC em patamares elevados.
Alexandre Wander