Entendendo um pouco sobre a Controladoria: Palestra Ministrada pelo professor Padoveze
Na foto acima: O professor Alexandre Wander (coordenador nos cursos de Pós Graduação da FAAP), o professor Clóvis Luiz Padoveze (professor doutor da USP-SP) e convidado especial Vicente Barros de Oliveira. A controladoria no processo de Gestão Empresarial A controladoria é a unidade administrativa dentro da empresa, que, por meio da ciência contábil e do sistema de informações da controladoria, é responsável pela coordenação da gestão econômica do sistema empresa. Conforme Catelli, um dos maiores pesquisadores em Controladoria da USP-SP, a missão da controladoria é assegurar a eficácia da empresa por meio da otimização de resultados. A visão da controladoria, segundo Heckert & Willson, é que não compete a controladoria o comando do navio, pois está é função do primeiro executivo, representa, entretanto, o navegador que cuida dos mapas de navegação. É sua finalidade manter informado o comandante quanto a distância percorrida, ao local em que se encontra e aos desvios da rota, aos recifes perigosos e aos caminhos traçados no mapa, para que o navio chegue ao destino. Assim podemos entender que a melhor ferramenta em gestão financeira que desempenha este papel e deve ser utilizada pelo Controller é o Planejamento Operacional (Budget) de suma importância para acompanhar todos os enunciados descritos no parágrafo anterior sobre a empresa. Então podemos concluir que para ser controller tem que entender de PLANEJAMENTO OPERACIONAL. Dessa forma, podemos explicitar a missão da controladoria: dar suporte à gestão de negócios da empresa, de modo que assegure que esta atinja seus objetivos, cumprindo assim a sua missão. (Peleias, pg 65) Ao mesmo tempo, é a visão do controle e do alerta permanente. Controlar, informar, influenciar, para assegurar a eficácia empresarial, nunca é uma posição passiva, mas ativa, sabendo da responsabilidade que tem a controladoria de fazer acontecer o planejado. Honrgren e outros entendem que as funções do controller incluem: planejamento e controle; relatórios internos; avaliação e consultoria; relatórios externos; proteção dos ativos; avaliação econômica. Assim podemos entender que a Controladoria é a responsável pela coordenação de esforços com vista à otimização a gestão de negócio das empresas e pela criação, implantação, operação e manutenção do sistema de informação que deem suporte ao processo de planejamento e controle. Consiste em corpo de doutrinas e conhecimentos relativos à gestão econômica das empresas, com o fim orientá-las para a eficácia. Na utilização plena da ciência contábil e outras disciplinas que tem como objetivo o controle do patrimônio empresarial através da otimização dos resultados planejados. Palestra ministrada pelo professor Clóvis Luis Padoveze na FAAP-SJC a convite do professor Alexandre Wander. Anexo material utilizado pelo professor Clóvis Uma boa leitura Prof. Alexandre Wander Indicamos o livro publicado pelo professor Clóvis Luis Padoveze com o título de CONTROLADORIA ESTRATÉGIA E OPERACIONAL da editora Cengage Learning. PalestraFAAP SJC 13 09 11[1]
O benefício tributário na captação dos Financiamentos Bancários
Mesclar a estrutura de capital de uma empresa pode trazer vantagens significativas não somente em liberar recursos aos acionistas, mas também em economia de impostos a serem pagos ao fisco. Um dos fatores que nos leva a esta conclusão é que as despesas financeiras são dedutíveis para efeito do cálculo do imposto de renda; e assim uma empresa que possui uma estrutura de capital de terceiros no financiamento dos seus ATIVOS paga menos imposto de renda ao FISCO. (*) nas empresa que adotam o regime do LUCRO REAL. Porém, um dos cuidados a serem analisados é a questão da RENTABILIDADE dos ATIVOS OPERACIONAIS em relação ao CUSTO DO ENDIVIDAMENTO; pois quando este último é maior a empresa entra num ciclo de alavancagem negativa e se não for muito bem administrada poderá causar problemas de liquidez no CAIXA e redução constante da RENTABILIDADE NATURAL DA EMPRESA que chamamos de ROI. Exemplificando a questão do ganho tributário; imagine uma empresa conversadora que possui um INVESTIMENTO TOTAL no seu ATIVO OPERACIONAL no valor de R$ 10.000,00 e que o seu LUCRO OPERACIONAL (EBIT) seja de R$ 1.000,00 assim numa estrutura de capital integralmente financiada pelo CAPITAL PRÓPRIO, não existirá a figura do CAPITAL DE TERCEIROS (FINANCIAMENTO BANCÁRIO) e portanto, o LUCRO OPERACIONAL será a base de cálculo para o imposto de renda e assim, numa alíquota marginal de 34% o imposto a ser pago será de R$ 340,00 e o lucro líquido será de R$ 660,00. Já numa empresa que mescla a sua estrutura de capital com financiamento bancário numa proporção de 50% teremos um PASSIVO OPERACIONAL composto por R$ 5.000,00 de capital de terceiros e R$ 5.000,00 de CAPITAL PRÓPRIO (patrimônio líquido). A primeira vantagem que visualizamos neste modelo é que estamos liberando recursos ao ACIONISTA em relação ao exemplo anterior no valor de R$ 5.000,00 e utilizando RECURSOS do BANCO para financiar o crescimento da empresa. Neste exemplo, da empresa arrojada teremos o mesmo LUCRO OPERACIONAL de R$ 1.000,00; porém teremos a figura dos juros provenientes do FINANCIAMENTO BANCÁRIO, e considerando que a taxa anual seja de 10% o CAPITAL DE TERCEIROS irá gerar uma despesa financeira de R$ 500,00; logo o lucro antes do IMPOSTO DE RENDA será de R$ 500,00 (lucro operacional menos a despesa financeira) e numa alíquota de 34% o imposto a ser pago ao fisco será de r$ 170,00 e o lucro líquido depois do imposto de renda de R$ 330,00. Embora o lucro líquido seja menor na empresa arrojada, temos alguns ponto a refletir: 1) Liberamos da ESTRUTURA DE CAPITAL uma valor de R$ 5.000,00 aos acionistas; pois na empresa conservadora o acionista sozinho bancava todo o ATIVO OPERACIONAL e na empresa arrojada o BANCO divide esta estrutura de investimento. 2) Na empresa conservadora o IMPOSTO DE RENDA a ser pago ao FISCO é de R$ 340,00 e na empresa arrojada o imposto a ser pago ao fisco reduz para R$ 170,00. 3) Embora o lucro da empresa ARROJADA seja menor do que a empresa CONSERVADORA; ao final do FINANCIAMENTO BANCÁRIO teremos um efeito positivo ao ACIONISTA; pois utilizamos DINHEIRO do BANCO para financiar a construir os seus PROJETOS de CRESCIMENTO; já que ocorrendo a quitação da dívida através do lucro gerado e retido durante o período de crescimento ao final de um tempo não teremos mais dívida e todo o ATIVO OPERACIONAL será integralmente dos acionistas. 4) A rentabilidade do acionista não se alterou em nenhum dos modelos; já que na empresa CONSERVADORA o ROE (Lucro líquido gerado em relação ao capital investido pelo acionista) é de 6,6% resultado do lucro de R$ 660,00 divido por R$ 10.000,00 do CAPITAL PRÓPRIO; na EMPRESA ARROJADA o lucro líquido diminui para R$ 330,00 porém o CAPITAL PRÓPRIO também reduz para R$ 5.000,00 e a RENTABILIDADE não se altera resultando em 6,6%. Logicamente alguns conceitos de CUSTO DO CAPITAL de TERCEIROS deve ser levado ao cuidado desta análise; para que a alavancagem não venha causar um efeito inverso no benefício tributário, mas fica comprovado neste estudo as vantagens das empresas que utilizam capital de terceiros (financiamento bancário) em relação ao benefício tributário. Um bom estudo prof. Alexandre Wander