Petrobras na #HSM2017 – Os desafios da nova gestão
DEFININDO A QUANTIDADE A SER VENDIDA PELA ANÁLISE DO PONTO DE EQUILÍBRIO
Os administradores, muitas vezes, querem saber qual o nível de produção com vendas subsequentes a serem realizadas para cobrir os custos e despesas fixas; visando assim analisar se a empresa possui capacidade produtiva suficiente para suprir tal desafio. Na avaliação em rentabilidade o controller pode utilizar-se desta valiosa ferramenta em suas diversas vertentes; pois a análise do ponto de equilíbrio determina o volume de produção e vendas de uma empresa no qual o lucro do negócio iguala-se a zero. A fórmula do ponto de equilíbrio correlaciona preço de venda, composição analítica dos custos variáveis visando a formação da margem de contribuição unitária; e esta por sua vez será o fator primordial para determinação da quantidade de produtos a serem produzidos e vendidos para cobrir os custos e despesas fixas. Mas antes de analisarmos o modelo do ponto de equilíbrio gostaríamos de levá-los a seguinte reflexão: Se uma empresa não consegue produzir e vender uma determinada quantidade de produtos para cobrir seus custos e despesas fixas; está empresa deverá: Analisar a potencialidade de consumo do mercado e o comportamento dos seus concorrentes; Rever o seu preço de venda; Analisar o custo de aquisição da sua matéria prima; Eliminar desperdícios no processo produtivo; Rever a sua estrutura fixa e administrativa. Assim o conceito do ponto de equilíbrio trabalha na decomposição dos custos entre variáveis e fixos, onde: Custo total = Custo variável + custo fixo Como sabemos os custos variáveis estão estritamente ligados a qualidade técnica do produto e qualquer alteração na sua composição ou substituição irá refletir diretamente na qualidade do produto e será facilmente percebida pelo comprador. Já o custo fixo guardada as devidas proporções são os custos de suporte ao processo produtivo, e neste ponto devemos intensificar na sua gestão quanto a real necessidade de sua utilização; pois este poderá sofrer alterações e dificilmente será percebida pelo mercado consumidor. Um outro fator é que os custos variáveis são facilmente administrados; pois em caso de desaquecimento do mercado consumidor; ou seja interrompendo a produção, os custos varáveis decrescem na mesma proporção das vendas; já os custos fixos permanecem ali, aguardando um lucro para que eles sejam cobertos por este motivo os administradores devem dar especial atenção no momento dos investimentos, principalmente nos custos fixos. Assim sendo a diferença entre o preço de venda e o custo variável por unidade é definida como margem de contribuição unitária. Se aumentarmos a produção e a venda em unidade os custos variáveis aumentariam na mesma proporção e o lucro variável refletirá este aumento. Este é o montante com que cada unidade produzida e vendida contribui para cobrir os custos fixos e obter lucro. Assim o Ponto de Equilíbrio mostra quantas unidades a empresa deve produzir e vender para atingir o lucro zero e de posse deste lucro zero os administradores terão conhecimento pleno do preço de venda praticado no mercado e o quanto a empresa consumo de recursos para obter lucro e em caso de “guerra” com a concorrência pode trazer uma contribuição significativa de: até onde podemos chegar nas reduções dos nossos preços. Um case para o nosso aprendizado: (Natura com valores e dados simbólicos) A Natura na sua linha de produção EKOS, produz os seus produtos principais e foi solicitado a você, recém-contratado da empresa para apresentar o Ponto de equilíbrio da empresa e também o lucro líquido conforme os dados apresentados no quadro 01 abaixo. Quadro 1 Em primeiro lugar vamos calcular a margem de contribuição unitária dos produtos; e como os custos fixos encontram-se individualizados por tipo de produto poderemos calcular a quantidade exata a ser produzidas e vendidas para suprir os custos e as despesa fixas departamentais por produto e de um modo muito simples: Primeiramente devemos identificar o preço de venda e os seus custos variáveis, ou seja aqueles custos que compõem o processo produtivo e que oscilam de acordo a unidade produzida a serem vendidas, conforme apresentamos no quadro 02, abaixo: Quadro 02 Agora de posse da margem de contribuição, poderemos calcular facilmente o ponto de equilíbrio dos produtos e de um modo simples, colocando no numerador os custos e despesas fixas e no denominador margem de contribuição unitária, e assim chegaremos a quantidade exata a ser produzida e vendida, conforme quadro 03 abaixo: Quadro 03 Um modelo de comprovar nossos cálculos será em elaborar a demonstração do resultado projetada e assim certificar que o lucro líquido zero, justamente no momento em que a quantidade a ser produzida apresentada no quadro 03 resulta num lucro líquido igual a zero, conforme apresentamos no quadro 04 abaixo: Quadro 04 Outra etapa: apresentação do resultado realizado do nosso case: Considerando as quantidades inicialmente projetadas no quadro 01, apresentamos abaixo o resultado da Natura e seus produtos, conforme quadro 05, abaixo: Quadro 05 Analisando o quadro acima poderemos chegar nas seguintes conclusões: A empresa obteve lucro além do seu ponto de equilíbrio em alguns produtos; mais precisamente nos produtos poupa desodorante e néctar hidratante; porém ficou abaixo do ponto de equilíbrio no shampoo buriti e observe que justamente no produto que apresenta a melhor margem de contribuição a empresa produziu e vendeu uma menor quantidade e nesta análise poderemos perceber a importância da interferência da controladoria com os outros departamentos da empresa (produção e vendas). Um segundo exemplo: CAPACIDADE PRODUTIVA e DIRECIONAMENTO DE PRODUÇÃO E VENDAS AOS PRODUTOS DE MELHORES MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO Agora vamos considerar que a empresa tenha uma capacidade produtiva de 1.300 toneladas ano disponível e podemos inverter as quantidades ao produto de maior margem sem alterar a capacidade produtiva disponível. A empresa explorou em quantidade a ser produzida e vendida o produto de maior margem de contribuição e assim o lucro teve um incremento de 144% em relação ao resultado realizado no quadro 05. Bom teremos novos pontos de reflexão sobre o modelo no objetivo de solidificarmos nossos conhecimentos. Um bom estudo Professor Alexandre Wander CASE NATURA – PONTO DE EQUILÍBRIO – CORRIGIDA-1
EVA na COLA COLA: Um modelo de Gestão baseada em valor
Qual é a maior criadora de riqueza da América? De acordo com um recente artigo da fortune, a vencedora é a Coca-Cola. Os investidores confiaram $ 10,8 bilhões aos administradores da Coke, os quais fizeram com os o investimento crescesse para $ 135,7 bilhões. A diferença entre o valor de mercado de $ 135,7 bilhões e os $ 10,8 bilhões que os investidores forneceram a Coke é chamado de Valor de Mercado adicionado (market value added), ou MVA. Assim, desde o inicio da empresa, os administradores da Coke adicionaram uma quantia estonteante de $124,9 bilhões a riqueza de seus acionistas. A General Eletric, a Microsoft Intel e a Merch são as seguintes na lista da Fortune como criadora de MVA. Existe alguma forma de selecionar uma empresa hoje, que no futuro, seja provável criadora de uma riqueza superior? A Fortune publicou que Steven Einhorn, responsável pela pesquisa Goldman Sachs, junto com outros analistas, usam a ferramenta chamada Valor Econômico, para avaliar as empresas, enquanto que as empresas usam o EVA para medir o desempenho e determinar bonificações para a administração. O que é o EVA exatamente? Desenvolvido pela empresa de consultoria Stern Stewart & Company, o EVA é designado para medir a verdadeira lucratividade da empresa para um dado ano e é calculado deduzindo-se, dos lucros operacionais após impostos, o custo anual de todo o capital que a empresa usa. A idéia do EVA é simples – as empresas são realmente lucrativas e criam valor somente se seus lucros excedem o custo de todo o capital que usam para financiar suas operações. A medida de desempenho convencional, o lucro líquido considera os custos da dívida que aparece nas demonstrações financeiras como despesa de juros, mas não reflete o custo do capital próprio. Portanto, uma empresa pode reportar um lucro líquido positivo, mas ainda não ser lucrativos no sentido econômico se seus lucros forem menores que o custo de capital próprio. O EVA corrige esta imperfeição ao reconhecer que para medir apropriadamente o desempenho de uma empresa é necessário considerar o custo do capital próprio. Os administradores criam EVA por meio do desenvolvimento, implementação e manutenção de projetos que geram retornos maiores que seus custos de capital. Em média, os projetos da Coke renderam 36% os quais ultrapassaram imensamente seus 9,7% de custo de capital. Como resultado, a Coke teve um EVA de $2,4 bilhões, o que é fantástico. Por outro lado, o projeto da RJR Nabisco lucrou, em média, um fraco retorno de 6,2%, muito menos que seu custo de capital, de 9,8%, de forma que seu EVA foi negativo em $1,2 bilhão. O EVA representa o valor adicionado durante um único ano. O MVA representa o valor criado desde o inicio da empresa. Assim, há uma correlação óbvia entre EVA e MVA. Portanto, devido ao EVA negativo da RJR, não é surpresa que o MVA de seu período de vida foi negativo em $ 12,0 bilhões. Observe, entretanto, que o EVA para um dado ano poderia ser negativo, mas a empresa poderia ainda assim ter um MVA positivo, devido ao bom desempenho nos anos anteriores. Fonte: TEITELBAUM, Richard. America’s greates wealth creators. Fortune, 265-276, 10 nov, 1997
O fim do dinheiro vivo no mundo se aproxima
Mantidas as atuais condições de temperatura e pressão, o dinheiro vivo deve desaparecer até o final deste ano, pelo menos na Dinamarca. O Banco Central de lá já não fabrica notas nem moedas desde 2013 e vem investindo pesado em sistemas eletrônicos. Mais: os dinamarqueses proibiram o uso de dinheiro em espécie em lojas de roupa, postos de combustível e restaurantes. O interessante é que, do outro lado da Ponte de Öresund, a Suécia segue o mesmo caminho: daqui a cinco anos, o BC local quer que a coroa (criada em 1873) esteja restrita às telas de smartphones, tablets e computadores. Como de costume, o cronograma dos suecos está em dia. Mas não fique com inveja, caso você não seja escandinavo. A revolução vai atingir o restante do globo rapidamente. E é lógico que aconteça, porque todos ganham com isso. O mundo já está mudando em diversos aspectos – da maneira com que ouvimos música e assistimos a conteúdos multimídias (on demand na tela do tablet) até o jeito como pegamos táxis (aplicativo no smartphone integrado ao GPS). E tudo pago via carteira digital, muitas vezes com um único clique. Produtos como esses fazem (e farão) cada vez mais sentido no cotidiano. De acordo com levantamento da norte-americana IEEE, a maior entidade profissional do mundo, o dinheiro e os cartões de crédito e débito devem ser substituídos pelos pagamentos por meio de dispositivos móveis até, no máximo, 2030. Em um mundo em que 2,5 bilhões de pessoas não fazem parte do sistema bancário formal – mas podem ter acesso fácil a um aparelho celular -, o prognóstico faz bastante sentido. Único senão? Muita gente ainda não se sente tão segura usando o chamado dinheiro digital. Para 46% dos entrevistados pela IEEE, a maior preocupação com pagamentos em plataformas móveis, por exemplo, é ver suas informações “voando” pela nuvem à disposição de piratas cibernéticos; e outros 33% estão preocupados com o processamento de pagamentos não autorizados. Além disso (e este talvez seja o índice mais desafiador), 72% consideram que os serviços bancários online são os que têm maiores chances de sofrer ataques de hackers. Uma outra pesquisa, esta da Ipsos a respeito de e-commerce e feita sob encomenda do PayPal, revela que a principal preocupação dos consumidores (mais de 51% deles) ao comprarem online é a segurança. Até por causa disso, vem se tornando imprescindível para as empresas do setor criar meios que protejam tanto vendedor quanto comprador no mundo virtual. E o mercado está, sim, atento a essa emergência. Estudo anunciado no começo do ano pelo PayPal e pela BigData Corp. demonstra uma inversão de mentalidade por parte do empresariado quando o assunto é segurança online: em 2015, apenas 20,68% dos e-commerces brasileiros usavam tecnologia SSL (Secure Socket Layer) para proporcionar uma navegação sem sobressaltos aos clientes; agora, já são 73,85%. A preocupação ganha ainda mais apelo quando descobrimos que, no País, o telefone celular e o smartphone ultrapassaram o desktop como meio de acesso à internet. É o que garante estudo da Pnad, recentemente divulgado pelo IBGE. Os dispositivos móveis já são usados em 80,4% das casas com acesso à web; o computador representa 76,6%. É a revolução a todo vapor. Três motivos. Mas, por que acabar com o dinheiro vivo, que é um meio de pagamento que dá certo há quase três milênios? Se eu fosse listar as muitas razões elencadas por especialistas do mundo inteiro, este artigo talvez se transformasse em uma tese de mestrado. Entretanto, três motivos em especial me parecem especialmente bons. Primeiro, o dinheiro vivo leva à evasão fiscal. É um fato. O governo norte-americano, por exemplo, perde US$ 100 milhões em impostos anualmente só com pagamentos em dinheiro não declarados. Em segundo lugar, o dinheiro eletrônico é mais ecológico. Além do custo ambiental da produção de notas e moedas propriamente ditas, o transporte é um fator a mais de poluição. Sem falar em toda a documentação legal que cada lote de dinheiro gera, exigida pela burocracia, e na manutenção de milhares de ATMs. Por fim, o dinheiro vivo é pouco higiênico. Pesquisadores britânicos do Instituto BioCote chegaram à conclusão, recentemente, de que sacar notas em um caixa eletrônico deixa uma pessoa tão exposta a bactérias quanto usar “o pior dos banheiros públicos”. Convenhamos, só por esta terceira razão já seria o caso de aposentarmos as maltratadas notinhas. Ou não? * Mario Mello é diretor do PayPal para a América Latina Fonte:(http://www.oeconomista.com.br/o-fim-dinheiro-vivo-se-aproxima/)