O CONTROLLER E A LEI SARBANES – SOX ou SARBANES-OXLEY

Uma discussão sobre a responsabilidade do CONTROLLER frente a LEI SARBANES no exercício da profissão. Os cuidados contra os crimes contra o mercado de capitais decorrentes dos fraudes e corrupção; e a necessidade da ética na geração da informação contábil.
Entrevista com o Professor Pós Doutor em mídias digitais: Carlos Giordano

Minha Faculdade, Minha Profissão: O professor nos conta sua experiência na vida acadêmica e profissional, e como chegou lá. Uma história de vida que serve como inspiração dos jovens universitários que necessitam de uma referência para construção de um futuro promissor. Inspire, compartilhe e contagie os jovens universitários com bons exemplos de vida.
Entrevista com o Professor Doutor em matemática James Teixeira.

ENTREVISTAS COMO FONTE DE INSPIRAÇÃO AO JOVEM UNIVERSITÁRIO: A Historia de um menino de classe média, que por criatividade do professor de matemática da sua infância fez um sorteio de um pacote de bolacha champanhe ao aluno que tirasse a maior nota na prova do ensino médio. O James não gostava muito da disciplina de MATEMÁTICA, mas estudou como um “maluco” para ganhar o pacote de bolacha champanhe. Resultado tirou 10 na prova e levou o prêmio. Mas, o prêmio maior ainda estava por vir. Hoje o James é Doutor em Matemática pela PUC-SP, professor da FIPECAFI em São Paulo, uma das mais renomadas faculdades do ensino de Gestão Empresarial do Brasil; foi coordenador nos cursos de Pós-Graduação na FAAP em São Paulo, por muitos anos, e é autor de livro em MATEMÁTICA FINANCEIRA e SUAS APLICAÇÕES. Resumo: Instruí o menino do caminho que ele deve seguir e até envelhecer-se não se esquecerá dele. Provérbios de Salomão 22:6 Parabéns ao James, um exemplo de VIDA ao JOVEM. UNIVERSITÁRIO. Acredite em você, o ESTUDO é o melhor caminho!!!!!
Inteligência artificial x Empregabilidade: Por: Luiz Alberto Machado – Diretor adjunto na Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial

Um dos grandes desafios enfrentados pelo Brasil e por diversos países neste início de ano consiste em reduzir o nível de desemprego, em muitos casos agravado pela pandemia do coronavírus que assolou o mundo todo no ano passado. O desafio, que é por si mesmo extremamente árduo, ganha contornos ainda maiores se levarmos em conta que estamos vivendo mais uma revolução tecnológica, na qual a tecnologia da informação (TI) e a inteligência artificial (IA) são responsáveis pelo surgimento de máquinas, plataformas e equipamentos capazes de fazer uma série de coisas que dependiam de trabalho humano, pondo em risco a continuidade de muitas profissões e ocupações. Longe de se constituir em novidade, o tema – já bastante focalizado – costuma voltar à tona por ocasião das revoluções tecnológicas. É exatamente o que está ocorrendo agora, com a publicação de novos livros e artigos, bem como da revisitação a publicações mais antigas. Por se tratar de tema polêmico, divergências são comuns, chegando, não raras vezes, a posições extremadas, o que não chega a causar surpresa se considerarmos, como mencionado na orelha do livro “Boa economia para tempos difíceis”, de Abhijit Banerjee e Esther Duflo, ganhadores do Prêmio Nobel de Economia em 2019, que “vivemos numa época de crescente polarização, na qual ignorância, achismos, ideologia e inércia muitas vezes se articulam para nos dar respostas que parecem plausíveis e promissoras, mas que comumente são construídas sobre os ombros da má economia”. Para dar início ao exame do tema, vou recorrer a Steven Davis, professor da Escola de Administração da Universidade de Chicago. No livro “Job creation and destruction”, juntamente com os coautores John Haltiwanger e Scott Schuh, ele sustenta a hipótese de que, a não ser em situações excepcionais, o volume de empregos que surgem é sempre muito próximo ao de empregos que desaparecem, embora os últimos tenham muito mais repercussão do que os primeiros. Feitas essas considerações preliminares, cabem, de imediato, duas perguntas: períodos de revoluções tecnológicas podem ser considerados excepcionais? uma pandemia como a que estamos enfrentando não se constitui numa situação anormal? Independentemente das respostas a essas perguntas, gostaria de mencionar alguns pontos de vista sobre o tema. Começo por autores que possuem uma visão quase catastrofista, como Paul Ormerod e Jeremy Rifkin, autores, respectivamente, de “A morte da economia” e “O fim dos empregos” , previram, em plena década de 1990, um cenário muito complicado, que combina prolongada crise econômica e desemprego generalizado. Muhammad Yunus, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2006, também sustentou recentemente uma posição muito próxima. Numa entrevista publicada no jornal O Estado de S. Paulo em dezembro de 2020, acerca dos efeitos da pandemia da Covid-19, afirmou: “A política deveria ser a de não voltar para aquele mundo, porque ele estava levando para o fim da existência da humanidade em função do aquecimento global, da concentração de riqueza e da invasão da inteligência artificial”. Já entre autores que se debruçaram sobre diferentes aspectos da revolução tecnológica em curso, ouso destacar Klaus Schwab, criador do Fórum Econômico de Davos, autor do livro “A quarta revolução industrial” , e um dos maiores pensadores da atualidade, Yuval Harari, autor dos best sellers “Sapiens”, “Homo Deus” e “21 lições para o século 21” . Ambos não se detiveram apenas ao impacto da revolução tecnológica sobre o emprego, mas, de forma mais ampla, aos dilemas gerados por uma realidade desconhecida ou ainda incipiente, decorrente da Quarta Revolução Tecnológica (ou Indústria 4.0), dominada pela inteligência artificial (IA), robótica, internet das coisas (IoT na sigla em inglês), big data, veículos autônomos, impressão em 3D, nanotecnologia, biotecnologia, ciência dos materiais, armazenamento de energia e computação quântica, para citar apenas algumas inovações. Numa conversa com Luciano Huck publicada em abril do ano passado no jornal O Estado de S. Paulo , Harari reconheceu que a crise desencadeada pela pandemia acelerou mudanças que se encontravam em andamento e, mesmo admitindo que “o futuro não está predeterminado”, é possível afirmar que “assim como as convulsões da Revolução Industrial deram origem às novas ideologias do século XX, as próximas revoluções na biotecnologia e na tecnologia da informação exigirão novas visões e conceitos”. Sendo assim, conclui, “as próximas décadas serão, portanto, caracterizadas por um intenso exame de consciência e pela formulação de novos modelos sociais e políticos”. Quem também se referiu às mudanças que já vinham ocorrendo e que foram aceleradas pela pandemia foi o Prof. José Pastore, que, num Diálogo no Espaço Democrático, ponderou: Eu penso que o mundo de amanhã não vai ser totalmente diferente do mundo de hoje. Mas também não vai ser totalmente igual. Vai ter mudança. Acredito que vai ocorrer uma aceleração de coisas que já estão despontando hoje em dia, como, por exemplo, o caso do home office. O home office já é corriqueiro para muitas empresas nos dias de hoje, mas não era para a grande maioria. Agora, com a pandemia, tende a se ampliar muito. Ainda sobre o home office, salientou: Então, o home office é uma grande alternativa tecnológica que o mundo digital está trazendo e acredito que nós vamos por esse caminho mesmo. Agora, não significa que todos vão se transformar assim. Muitas e muitas atividades vão continuar de modo convencional. Em primeiro lugar, elas não se ajustam ao home office, elas dependem da presença física. Então, uma linha de montagem sempre vai precisar de trabalhadores presentes. Na agricultura, sempre vai ser preciso alguém que dirija o trator ou que pelo menos dê um sinal para um trator que seja autodirigível. E assim por diante. Além do mais, não são todas as atividades que permitem o trabalho dessa maneira à distância, sem muita segurança. Nas atividades estratégicas da empresa, que envolvem às vezes confidencialidade, privacidade, a presença física das pessoas é muito importante. Referindo-se à incorporação de novas tecnologias e seus efeitos nas relações de trabalho, destacou: Outra tendência: cada vez mais o mundo está incorporando tecnologias e elas estão garantindo mais produtividade na maioria das atividades. No Brasil não é diferente, mas a produtividade aqui está muito atrasada. Existem vários fatores que travam a produtividade. Por exemplo, a organização das empresas. Uma empresa bem administrada é mais produtiva do que uma empresa mal administrada.
O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO FORTALECENDO OS NEGÓCIOS EM TEMPOS DE PANDEMIA

Da segunda metade do século 20 até hoje, a palavra “mudança” se tornou um dos termos mais praticados. E 2020 que o diga! Dentre essas mudanças, muitos dos hábitos de compra e consumo sofreram vários impactos, como podemos verificar: De acordo com a Kantar Insights, 77% dos brasileiros estão prestando mais atenção nos preços, sendo que 75% estão consumindo produtos de mercados menores e perto de casa e outros 68% estão preferindo utilizar pagamentos eletrônicos (cartões e mobile). Muitos brasileiros já afirmam que vão continuar comprando on-line depois da pandemia. A pandemia tem nos mostrado como marcas que se importam com as pessoas podem lucrar. Dessa forma, a tendência apontada nos últimos anos para o consumo de marcas conscientes e responsáveis com o meio ambiente e o social está cada dia tomando mais forma e continua sendo uma grande possibilidade para o futuro. Ela também veio nos mostrar quanto estamos conecta- dos e interligados, ao passo que algumas mudanças de hábito já parecem nos apontar um caminho de relações mais locais durante algum tempo. As pessoas estão saindo menos dos seus bairros para consumir. Esse movimento pode se refletir em mudanças a longo prazo também, em que iremos observar a existência de comunidades mais fortes e interligadas. Diante desse cenário e pensando agora no mundo corporativo, o planejamento estratégico na pandemia se tornou essencial para a sobrevivência das empresas, sendo que independente do seu porte e segmento, se faz necessário ter um plano de ação. De acordo com dados da Agência IBGE, entre 1,3 milhão de empresas que no início do 1º semestre de 2020 estavam com atividades encerradas temporária ou definitivamente, 39,4% apontaram como causa as restrições impostas pela Covid-19. Esse impacto no encerramento de companhias foi disseminado em todos os setores da economia, chegando a 40,9% entre as empresas do comércio, 39,4% dos serviços, 37% da construção e 35,1% da indústria. Ainda de acordo, com a Agência IBGE, para sete em cada dez empresas em atividade, a pandemia implicou diminuição sobre as vendas ou serviços comercializados na primeira quinzena de junho em relação ao período anterior ao início do isolamento social. O impacto foi maior entre as companhias de pequeno porte, com até 49 funcionários, em que 70,9% reportaram redução nas vendas. Mas o mesmo foi percebido por 62,9% das empresas do porte intermediário (entre 50 e 499 pessoas ocupadas) e 58,7% das empresas de maior porte (acima de 499 funcionários). Entre os setores, a redução nas vendas foi maior na construção (73,1%) e nos serviços (71,9%), especialmente aqueles prestados a famílias (84,5%) e no comércio (70,8%), com destaque para a venda de veículos, peças e motocicletas (75,5%). Na indústria, 65,3% das empresas reportaram redução nas vendas. Cerca de 60% das empresas relataram maior dificuldade na capacidade de fabricar produtos e de atendimento aos clientes durante a primeira quinzena de junho em relação ao período anterior ao início da pandemia – reportado por 67,2% das empresas do comércio, 65,5% da construção e 59,5% dos serviços. Outras 60,8% revelaram ter sentido dificuldade no acesso aos fornecedores, com impacto maior no comércio (74,0%), especialmente na comercialização de veículos, peças e motocicletas (87,4%). Na indústria, essa impressão foi reportada por 62,7% das empresas em funcionamento. Foram tomadas, então, pelas empresas algumas medidas visando minimizar o impacto da Covid-19, conforme o gráfico abaixo: Além dessas medidas, o local empresarial precisou ser transferido, passando a ocupar a sala ou escritório de muitas casas. As reuniões não são presenciais, mas on-line. Os eventos e viagens precisaram ser suspensos por tempo indeterminado. Investimentos antes previstos, foram eliminados ou otimizados. Os investimentos em TI, no entanto, ganharam destaque, o que deverá ser uma tendência daqui por diante. Todo esse cenário inesperado exigiu mudanças de planos. Afinal, houve um “desvio de direção” e não se sabe até quando isso vai durar. A única certeza de que temos é que existe um novo normal. Sendo assim, é preciso rever o planejamento estratégico na pandemia para que as empresas sobrevivam e saiam dessa fase com os melhores resultados possíveis! Cabe, porém, ressaltar que esse plano deve ser revisado sempre, independentemente de qualquer nova crise! Conceitualmente, o planejamento estratégico representa uma incessante busca por melhorias que devem ser desenvolvidas dentro do ambiente corporativo Do ponto de vista prático, o Planejamento Estratégico busca inicialmente mapear a situação atual, definir a visão de futuro e as ações estratégicas para se alcançar os objetivos, definindo a Missão que é a razão de existir da empresa. Temos também a Visão, que define aonde pretendemos chegar (por exemplo, onde a empresa deverá estar em dois anos, seja financeiramente ou em termos de reconhecimento) e, por fim, quais são os Valores, as diretrizes para orientar as nossas atitudes e comportamentos. Para as Ações Estratégicas que correspondem ao detalhamento dos planos, temos então o momento em que definimos “quem” vai fazer “o que” e “quando”. Vale dizer que para que tenham êxito, é necessário que a alta direção “compre” a ideia, legitimando e em ponderado os níveis abaixo de gestão. Para se construir uma Visão de Futuro eficiente e coerente com a empresa, é importante seguir alguns passos. A princípio, é essencial que se comece pelo sonho, imagine-se no momento para o qual você está fazendo o Planejamento e nesse sonho visite sua empresa, o mercado, seus resultados financeiros. Em seguida, estabeleça acordos para essa visualização e reveja o que idealizou com os pés no chão, deixando de lado as ideias mirabolantes, mas tendo a coragem de assumir aquelas desafiadoras. Por fim, transforme tudo em dados mensuráveis e, com isso, terá sua Visão de Futuro. De nada adianta imaginar um futuro que não possa ser mensurável. Se houver na Visão a intenção de um determinado faturamento, ele deve ser desafiador, mas exequível, sendo acompanhado periodicamente, o que indicará a tendência de atingimento ou não. Para reforçar a importância de uma boa Visão de Futuro, temos um caso interessante de uma empresa brasileira, contratada por uma famosa marca internacional para prestar serviços como representante no Brasil. No estudo de riscos feito, tendo
Entrevista com o Prof. Economista Luiz Alberto Machado

Uma História de vida emocionante; Um moço que ingressou na universidade em São Paulo, para jogar num famoso time de Basquete; embora um excelente jogador da época não foi possível realizar seu sonho devido sua estatura, os caras eram GIGANTES!!!!! e por lá jogou com o Oscar Schmidt; não deu; mas ele acabou transformando num dos “MAIORES NOMES DA ECONOMIA DO BRASIL”. Parabéns Professor MACHADO.
O Controller e o Mercado Eficiente

Apresentamos neste vídeo abordagem para reflexão da responsabilidade do Controller em relação ao Mercado Eficiente, de acordo com as exigências da Lei SARBANES – SOX. O aumento da competitividade global impulsionou a importância do mercado de capitais, pois na medida que a economia se expande as empresas necessitam cada vez mais de recursos para financiar seus projetos de crescimento de longo prazo; a oscilação nas taxas de juros bancários e muitas das vezes a dificuldade ao acesso rápidos do recurso financeiro, não só bancário mas também dos acionistas; na crença básica de que se os administradores se concentrarem na construção de valor para os seus provedores de capital resultarão em empresas mais sólidas com reflexo direto na economia, através de padrões de vida mais elevados aos indivíduos na oportunidade de efetuarem diretamente as apostas em empresas saudáveis com grandes propostas de crescimento e que estarão assumindo o compromisso de remunerá-los acima da linha de segurança do mercado a SML (security Market line). Assim o sucesso dos investimentos produtivos está cada vez mais dependente da participação dos acionistas, através da distribuição dos valores mobiliários e cujo interesse de participação encontra-se correlacionados na participação dos resultados das empresas que impulsionam o crescimento através da distribuição dos dividendos medidos pelo índice payout, que é a porcentagem do lucro líquido do exercício que será distribuído aos acionistas. Os Estados Unidos sempre deram maior importância de que os acionistas são os “donos” da companhia e que os administradores os representam; sendo eleito por eles com o objetivo de maximizar o capital investido e criar valor para o acionista. Poderíamos evoluir imensamente nosso pensamento sobre as teorias e práticas de “como criar valor para o acionista”; mas o foco principal deste paper é no envolvimento do Controller e sua responsabilidade legal em garantir a exatidão as informações por ele elaborada com o elevado grau de transparência e exatidão dos demonstrativos financeiros (balanço patrimonial, demonstração do resultado do exercício e fluxo de caixa indireto), visando contribuir para a EFICIENCIA DOS MERCADOS. Um mercado eficiente é aquele em que o preço de mercado é uma estimativa não tendenciosa do valor real do investimento e que ao contrário do que muitos pensam, a eficiência do mercado não exige que o valor intrínseco de um ativo seja idêntico ao valor real do mercado. O que se esperar é que as oscilações não sejam tendenciosas e que os preços das ações venham oscilar para mais ou para menos desde que a variação seja aleatória ao status presente de uma determinada empresa. Num mercado eficiente, por exemplo, ações de empresa com um baixo índice P/L não deveriam ter a probabilidade de estarem subvalorizadas; já que o P (preço das ações do mercado) encontra-se muito próximo ao lucro por ação distribuído aos seus acionistas; não caracterizando nenhuma expectativa de ágio futuro. A proposta da Eficiência dos Mercados foi proposta pelo professor da Universidade de Chicago, Eugene Fama (1970), como uma explicação para a ausência de correlação temporal (ou desvios aleatórios) entre as variações dos preços no mercado de capitais. Ou seja, o preço de uma ação deve refletir o estágio atual de uma empresa decorrente de suas conquistas na gestão dos recursos investidos pelos acionistas e a remuneração esperada de acordo com suas expectativas; empresas que promovem maior valor para os acionistas, naturalmente terão um maior valor no mercado; sendo assim o “motor impulsionador” que leva os acionistas a direcionar os seus recursos no financiamento dos projetos de crescimento das empresas. Dentre as hipóteses de mercados eficientes, possui três vertentes: Hipótese fraca: segundo esta vertente, os preços correntes do mercado já incorporam informações passadas. Desse modo, fatos passados (já conhecidos) não geram novas flutuações dos preços das ações; Hipótese semiforte: O preço das ações reflete não somente as informações contidas nos preços históricos, mas, também, todas as informações públicas (incluindo os demonstrativos financeiros e notícias da imprensa) e nenhuma abordagem em utilizar e tratar informações seriam uteis para encontrar ações com valor abaixo da realidade, pois todas as informações fariam jus ao preço praticado na atualidade pelo mercado. Hipótese forte: Os preços atuais refletem todas as informações publicadas, quanto aquelas que estão por vir, ou jamais virão a público. Assim, os preços das ações refletem não apenas as informações publicamente disponíveis, mas também aquelas de caráter privilegiadas (privadas). Dentre as vertentes das hipóteses é importante deixar claro que: Os preços das ações não possam desviar do seu valor real. A exigência é que os desvios não sejam aleatórios (tendenciosos); Nenhum investidor tenha desempenho melhor do que o mercado em qualquer tempo. Nenhum grupo de investidor tenha desempenho melhor que o mercado a longo prazo. Considerando-se o número de investidores em mercados financeiros, as leis da probabilidade iriam sugerir que um número razoavelmente grande teria melhor desempenho do que o mercado, não pelas suas estratégias de investimentos, mas sim devido a sorte. Das três vertentes, a mais usual e aplicada é a hipótese fraca, onde através das informações passadas e que não de obrigatoriedade das empresas encaminhar para os órgãos regulamentadores tal como a CVM (comissão de valores mobiliários) no Brasil e a SEC (Securities and Exchange Commission dos Estados Unidos) tem maior propriedade de uso; as demais devido os conceitos da governança corporativa as empresas procuram disponibilizar nos sites em relacionamento com os investidores as decisões estratégicas de maiores impactos; mas sempre observando o sigilo frente aos concorrentes e assim o mercado procura acompanhar as decisões dos administradores, o problema é que nem sempre as decisões finais são aquelas absorvidas pelo mercado. Assim, as informações financeiras elaboradas pelo controller, embora sofra críticas consideráveis por leigos na totalidade dos assuntos, constitui a maior base dos registros dos eventos econômicos que provocaram mutações na estrutura patrimonial, sendo uma base inquestionável para auditoria dos processos; que através da simplicidade do modelo débito e crédito, registra as origens dos investimentos e como eles foram alocados; e mesmo no caso de erros intencionais que venham a provocar desvios aleatórios (tendenciosos) no Mercado Eficiente, podem um dia vir
Ford, polarização e “capitalismo sem riscos” por: Prof. Luiz Alberto Machado

“A desindustrialização brasileira é resultado das intervenções equivocadas que fizemos. E o pior é que o setor empresarial, as lideranças do setor privado, apoiaram isso. A culpa não é só do Estado.” Marcos Lisboa[1] No final do ano passado gravei um comentário para o Podcast do Espaço Democrático com o título de Guerra de narrativas[2]. Nele, focalizei o clima de polarização reinante no Brasil, em decorrência do qual pontos de vista sobre praticamente qualquer tema eram tratados de forma dogmática. Ora, um dogma é, por definição, algo que não admite contestação. Nesse sentido, o debate de ideias, salutar e próprio de regimes democráticos, fica seriamente comprometido. O ano de 2020 ficou para trás. Um novo ano se iniciou, mas o clima de polarização continua o mesmo, coisa que, diga-se de passagem, não se restringe só ao nosso país. No excelente livro Boa economia para tempos difíceis[3], Abhijit Banerjee e Esther Duflo, ganhadores do Prêmio Nobel de Economia em 2019, destacam esse mesmo aspecto reinante nos Estados Unidos afirmando: Americanos de diferentes matizes políticos passaram a odiar intensamente uns aos outros. Em 1960, cerca de 5% dos republicanos e dos democratas diziam que se “sentiriam ‘contrariados’ se um filho ou filha se casasse com alguém do partido político rival”. Em 2010, quase 50% dos republicanos e 30% dos democratas diziam que se “sentiriam um tanto ou muito infelizes com a perspectiva de um casamento familiar interpartidário”. Em 1967, 33% dos democratas e dos republicanos achavam que um membro típico de seu próprio partido era inteligente, em comparação com 27% que tinham a mesma percepção sobre alguém do outro lado. Em 2008, esses números eram 62% e 14%! Exemplos dessa polarização no Brasil não faltam. A recém-anunciada desativação das fábricas da Ford em Camaçari (BA), Taubaté (SP) e Horizonte (CE) sinalizando para a saída da montadora do Brasil foi alvo de manifestações acaloradas de todo tipo, o que é uma das características da realidade atual, fortemente influenciada pelas redes sociais[4] e pelos palpiteiros de ocasião. O ex-ministro e ex-governador do Ceará, Ciro Gomes, antecipou-se ao episódio, afirmando tratar-se da continuidade do desmantelo iniciado no governo de Dilma Rousseff, não interrompido pelos governos posteriores. Outros, mais radicais, chegaram a propor que o Brasil deveria encampar todas as fábricas da Ford no País, transformando-as em cooperativas administradas pelos próprios funcionários, inspirado, de certa forma, no que fez Evo Morales com as refinarias brasileiras na Bolívia e com a mudança nas “regras do jogo” da distribuição da energia produzida em Itaipu promovida pelo governo do Paraguai. O presidente Bolsonaro, por sua vez, acusou a Ford de estar interessada apenas em manter subsídios históricos, decidindo pela saída do Brasil por não ter seu interesse atendido. O que me espanta nessa discussão – afora a superficialidade dos argumentos, seu tom acalorado e a inconsequência das propostas – é a falta de perspectiva histórica das análises externadas. Caso existisse um mínimo de perspectiva histórica, ficaria evidente que houve no caso da Ford – e de outras empresas de diversos segmentos da indústria – uma reação à sequência de vícios típicos de um país que optou por uma espécie de “capitalismo sem riscos”, expressão consagrada pelo jornalista José Nêumanne. Aliás, é bom salientar que essa expressão, em muitos momentos, soa muito bem em ouvidos interesseiros de governantes, empresários e trabalhadores, ávidos por reservas de mercado, isenções fiscais, quotas, subsídios e outros favores que nada têm a ver com a lógica da concorrência. Como bem observou Eduardo José Monteiro da Costa, professor da UFPA[5]: A pandemia, com sua repercussão econômica, apenas agravou ainda mais a situação delicada da empresa, que já operava com elevada ociosidade em suas plantas industriais. Some-se a isto a atual imposição mercadológica de uma ampla reformulação tecnológica que as empresas automobilísticas estão fazendo nos últimos anos, a um custo elevado. Isto tem obrigado não somente a Ford, mas as empresas automobilísticas de uma forma geral a reavaliarem as suas estratégias globais de produção. Capitalismo é isso. É o império da concorrência. Quem também enveredou por essa linha de análise foi José Márcio Camargo[6], professor da PUC-RJ, que destacou o desvirtuamento provocado pela extensão indefinida dos benefícios que tiveram origem na política de substituição de importações: A Ford cresceu no Brasil a partir das políticas de substituição de importações adotadas pelo governo brasileiro na década de 50 do século passado. Essas políticas foram baseadas numa forte proteção do mercado interno por meio de proibições de importações e elevados níveis de tarifas e subsídios. A ideia era que, como o mercado era pequeno, se comparado ao de países desenvolvidos, e a tecnologia apresentava elevados retornos de escala, ou seja, os custos unitários caíam rapidamente com o aumento da produção, para competir era fundamental reservar o mercado interno e subsidiar as empresas instaladas no País. Em teoria, seria uma proteção transitória, até que as empresas conseguissem adquirir um tamanho suficiente para se tornarem competitivas. […] Entretanto, junto com o crescimento do setor veio o poder político, e com ele a proteção e os subsídios nunca acabaram. Com a proteção e os subsídios, a competição não veio, e, sem competição, o incentivo para investimentos em inovações tecnológicas e aumento da competitividade não aconteceu, tornando o setor tecnologicamente obsoleto. Os sucessivos adiamentos no encaminhamento de reformas estruturais contribuem também para que o País mantenha um péssimo ambiente de negócios, este sim um fator preponderante não só para decisões como a da Ford, mas também para que o nível de investimento no Brasil seja muito inferior ao observado em países que competem conosco na economia mundial. Como bem observa José Márcio Camargo: “A saída da Ford é um aviso de que é fundamental fazer as reformas e criar marcos regulatórios capazes de atrair investimentos privados, se quisermos efetivamente preservar nosso sistema produtivo. Sem elas, caminhamos para o retrocesso econômico”. Por: Luiz Alberto Machado – Diretor adjunto na Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial [1] LISBOA, Marcos. Lições da saída da Ford do Brasil. Entrevista a Geraldo Samor e Pedro Arbex. Disponível em https://braziljournal.com/marcos-lisboa-licoes-da-saida-da-ford-do-brasil.
Conheça um pouco do nosso trabalho na Gecompany

Um site amigo do jovem universitário, compartilhe!!!! A Gecompany (Gestão incompany) nasceu do relacionamento entre o conhecimento e a prática e tem como missão a implementação das melhores técnicas de gestão nas empresas e complementa a sua atuação na formação de executivos oferecendo cursos de aperfeiçoamento profissional, como objetivo de preparar a empresa e o executivo para estarem alinhados com as melhores metodologias mundialmente aceitas.
O Controller e a Lei Sarbanes: Responsabilidades

Neste vídeo estaremos apresentando a necessidade da implementação da Lei Sarbanes, devido os principais escândalos mundiais envolvendo a profissão contábil. Nos vídeos posteriores estaremos apresentando, em 03 vídeos sequenciais: A eficiência do mercado; Os principais aspectos da Lei Sarbanes; O principais produto gerado a partir da Lei Sarbanes. Inscreva-se no nosso canal e compartilhe aos teus amigos universitários.