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Empreendedorismos

Luiz Alberto Machado fala sobre a importância do empreendedor na promoção do crescimento econômico e do desenvolvimento

Onde situar Delfim Netto no pensamento econômico?

É dificílimo o enquadramento do economista em alguma corrente, escreve Luiz Alberto Machado. Com o falecimento do professor Antônio Delfim Netto no dia 12 de agosto, recebi uma série de questionamentos sobre seu enquadramento na história do pensamento econômico, algo compreensível em tempos de polarização, quando as pessoas ficam sedentas de rótulos. A rigor, não é fácil enquadrá-lo numa determinada escola ou corrente de pensamento econômico, assim como não o é para qualquer personagem que, a exemplo de Delfim Netto, vestiu diferentes chapéus, entre os quais o de professor, pesquisador, secretário estadual, ministro em diferentes pastas, embaixador, consultor e deputado federal. Antes, porém, de me referir ao professor Delfim Netto e outros economistas brasileiros, gostaria de apresentar um breve panorama do pensamento econômico liberal. Referências sobre economistas liberais, quando feitas, costumam incluir Adam Smith, Thomas Malthus, David Ricardo e Jean-Baptiste Say entre os clássicos; às vezes John Stuart Mill e Alfred Marshall, entre os neoclássicos; e, entre os mais recentes, o monetarista Milton Friedman, da Escola de Chicago, e Friedrich Hayek, da Escola Austríaca. Neste artigo, vou focalizar quatro outros grandes economistas liberais que deram contribuições importantes para a evolução do pensamento econômico. São eles Ronald Coase, Gary Becker, James Buchanan e Douglass North. Coase foi determinante na análise dos direitos de propriedade para a estrutura institucional e o funcionamento da economia, dando especial ênfase aos custos de produção e às externalidades. As externalidades têm impactos negativos ou positivos que um determinado agente econômico sofre, decorrente das ações de outros agentes econômicos como as famílias, as empresas, os governos e o resto do mundo, que geram custos privados ou custos sociais, ou benefícios para outro agente econômico e para a sociedade. Becker, dotado de enorme dose de originalidade e criatividade, aplicou a teoria e métodos econômicos a diferentes áreas entre as quais o crime, a educação e os relacionamentos interpessoais, sempre na perspectiva liberal, ampliando consideravelmente o campo de atuação dos economistas. Buchanan, com a teoria da escolha pública, examinou a complexa relação entre a economia, o direito e a política, destacando os riscos decorrentes de déficits sistemáticos e propondo limites constitucionais à ação dos governos. North, por fim, mostrou a relevância das instituições para o desenvolvimento, chamando a atenção para os custos de transação presentes em qualquer operação do sistema econômico. Os quatro foram laureados com o Prêmio Nobel de Economia, evidenciando o caráter oportuno e atual do pensamento econômico liberal. Dirigindo agora o foco para o caso brasileiro e, num primeiro momento, especificamente para Delfim Netto, arrisco-me a fazer as seguintes considerações. Depois de ter sido secretário da Fazenda no Estado de São Paulo em 1966, assumiu o Ministério da Fazenda em 1967, em pleno regime militar, teoricamente para dar sequência à política adotada por Otávio Gouveia de Bulhões e Roberto Campos, responsáveis pela condução da economia no governo de Castello Branco. Tanto Bulhões como Roberto Campos são considerados economistas liberais, ainda que durante seus respectivos mandatos, o número de empresas estatais brasileiras tenha praticamente quadruplicado. Delfim Netto sempre nutriu simpatia pelo socialismo fabiano, uma corrente revisionista do socialismo marxista, que apoiava o sindicalismo, os atos fabris, a extensão do voto secreto, as cooperativas de trabalhadores, a regulamentação governamental da indústria, a legislação social e a nacionalização das indústrias básicas. Repudiando as doutrinas de lutas de classe e revolução, os fabianos trabalharam para introduzir reformas significativas, influenciando os líderes governamentais, formando alianças com grupos liberais e promovendo o Partido Trabalhista. Acreditavam que um eleitorado esclarecido, em nome da justiça social, socializaria lenta e pacificamente os meios básicos de produção, passando a administração das indústrias para agências municipais, regionais e nacionais. Em assuntos internacionais, os fabianos eram imperialistas e defenderam o governo britânico na Guerra dos Bôeres e na Primeira Guerra Mundial. Seus personagens mais influentes foram George Bernard Shaw, Sydney e Beatrice Webb, Graham Wallas e H. G. Wells. Na Universidade de São Paulo, Delfim Netto foi um dos principais responsáveis pela introdução dos métodos quantitativos, com ampla utilização da estatística e da econometria na análise econômica, e pela popularização das ideias do economista inglês John Maynard Keynes, considerado por muitos como o maior economista do século XX. A escola keynesiana, por sua vez, ocupa uma posição intermediária entre o liberalismo e o socialismo, acreditando ser necessária uma intervenção parcial do governo. Os principais pilares do keynesianismo foram assim sintetizados por Eduardo Giannetti [1]: 1º) Defesa da economia mista, com forte participação de empresas estatais na oferta de bens e serviços e a crescente regulamentação das atividades do setor privado por meio da intervenção governamental nos diversos mercados particulares da economia; 2º) Montagem e ampliação do Estado do Bem-Estar (Welfare State), garantindo transferências de renda extramercado para grupos específicos da sociedade (idosos, inválidos, crianças, pobres, desempregados etc.) e buscando promover alguma espécie de justiça distributiva; 3º) Política macroeconômica ativa de manipulação da demanda agregada, inspirada na teoria keynesiana e voltada,acima de tudo, para a manutenção do pleno emprego no curto prazo, mesmo que ao custo de alguma inflação. Portanto, com o chapéu de professor e pesquisador, Delfim Netto não pode ser considerado um economista liberal. Permanecendo no comando da economia brasileira até 1974 [2], foi chamado de “pai do milagre”, expressão referente ao acelerado crescimento da economia brasileira de 1968 a 1974. Ele contestava dizendo: “Nunca houve milagres. Milagre é efeito sem causa. É tolice imaginar que o Brasil cresceu durante 32 anos seguidos, começando na verdade em 1950, a 7,5% ao ano, por milagre”. O Brasil viveu de 1966 a 1979 o regime bipartidário, com apenas dois partidos, a Aliança Renovadora Nacional (ARENA), que era o partido do governo, e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que era o partido da oposição e reunia, entre outros, economistas ligados à Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL). Os analistas e jornalistas, na sua maioria, adotaram a divisão genérica entre os economistas do governo e da oposição respectivamente como monetaristas e estruturalistas. Sendo assim, com o chapéu de ministro do governo militar, Delfim Netto foi tachado de monetarista, o que, a meu juízo, não passa de uma grosseira simplificação. Como deputado federal, eleito sucessivas vezes pelo Partido Democrático Social (PDS) [3], sucessor da ARENA, agremiação que sempre se posicionou contra o Partido dos

ANÁLISE DE INVESTIMENTOS… O QUE VOCÊ JÁ OUVIU A RESPEITO?

Infelizmente a maioria dos empreendedores deixam se levar ao entusiasmo do rápido crescimento sem considerar o “valor do dinheiro no tempo”, e se arriscam em segregar o bem material do capital investido. Na teoria econômica todo BEM DE CAPITAL é atrelado ao VALOR MONETÁRIO; e este pensamento permeia durante todo ciclo de vida útil de um determinado PRODUTO, na necessidade de avaliar algumas variáveis: 1. O capital investido; 2. O fator risco; 3. A questão tempo; 4. A remuneração do capital investido relacionada ao tempo e ao fator de risco. As decisões de investimentos requerem a seleção das melhores propostas e avaliação das origens de capital que financiarão tais investimentos, e que entrarão em operacionalização no médio ou longo prazo no OBJETIVO de produzir um determinado retorno aos proprietários de ativos. O estudo da análise de investimento, normalmente é aplicado as empresas que visam lucro, mas também pode ser aplicado a nossa vida pessoal e sendo este um dos motivos que pessoas que ganham muito dinheiro não conseguem alavancar seus ATIVOS e outras com um menor salário multiplicam suas riquezas em procurar entender as técnicas de AVALIAÇÃO DE INVESTIMENTOS. O processo de identificação, análise e seleção de oportunidade de investimentos recebe o nome de ORÇAMENTO DE CAPITAL. Esse processo inclui um conjunto de raciocínio lógico de um refinado pensamento econômico em que TODO investimento a ser efetuado deverá remunerar seus provedores de capital (acionistas e bancos) acima da “TAXA MINIMA DE ATRATIVIDADE” …. No pensamento; que os acionistas somente efetuarão investimentos quando eles se sentirem atraídos em “bancar” o dispêndio do capital que irá “financiar” os projetos de investimentos, tais como: a inserção de um novo produto, a construção de um nova fábrica; etc. Sabendo que uma EMPRESA é um conjunto de “projetos de investimentos” que competem entre si, visando remunerar adequadamente seus provedores de capital… Tendo interesse de extrema urgência, agende um programa de MENTORIA diretamente comigo e vamos dar novos rumos a tua empresa. Prof. Alexandre Wander Especialista em Reestruturação e Avaliação de Empresas #empresas #empreendedorismo #gestor #gestaodepessoas,#empresario #empresas #empresaria #business #empreendedorismo #empreendedorismofeminino #gestaoempresarial http://www.gecompany.com.br/curso/analise-de-viabilidade-financeira-das-operacoes/

Globalização, futebol e competitividade – Copa do Mundo do Catar – Luiz Alberto Machado

“Quando o Mundial começou, pendurei na porta da minha casa um cartaz que dizia: Fechado por motivo de futebol. Quando o retirei, um mês depois, eu já havia jogado 64 jogos, de cerveja na mão, sem me mover da minha poltrona preferida.” Eduardo Galeano A globalização, uma das características mais marcantes do mundo contemporâneo, pode ser percebida diariamente nos mais variados campos de atividade. Frequentemente nos defrontamos com referências a aspectos econômicos da globalização, envolvendo questões comerciais, financeiras e das relações internacionais em geral. O fenômeno, no entanto, é muito mais amplo e perpassa por atividades tão díspares como saúde, educação, comunicações, cultura, turismo, lazer, ciência, tecnologia e esporte. Neste último setor de atividade, a globalização pode ser percebida de diversas formas: pelo interesse despertado por modalidades não praticadas até então em determinados países, atestada por elevadíssimos níveis de audiência às transmissões televisivas; pelos polpudos investimentos em patrocínios quer de eventos, quer de instituições ou clubes; pelo intercâmbio cada vez maior de atletas e técnicos, com significativas transferências de recursos financeiros entre países e continentes. Há, também, lamentavelmente, o lado obscuro da globalização no esporte, representado, entre outras coisas, por ações de lavagem de dinheiro, por seguidos casos de corrupção de dirigentes e pela busca de resultados a qualquer custo, por meio de sofisticadas formas de doping. Como não poderia deixar de ser, o futebol, como modalidade mais praticada no mundo, exerce uma atração especial, o que é evidenciado pelo enorme interesse despertado por sua principal competição, a Copa do Mundo, cuja vigésima segunda edição, a ser realizada no Catar, terá início dia 20 de novembro. Em suas edições anteriores, embora tenham participado seleções de 80 países, apenas oito conseguiram conquistar o almejado título: Brasil (5 vezes), Alemanha e Itália (4 vezes), Argentina, França e Uruguai (duas vezes), Espanha e Inglaterra (uma vez). Disputada pela sétima e última vez por 32 seleções (a próxima edição terá 48 seleções), a Copa do Catar terá algumas características especiais, a começar pela época em que será realizada por causa das altíssimas temperaturas verificadas nos meses de junho e julho, quando ocorre normalmente a competição. Além de ser disputada pela primeira vez no Oriente Médio, será também a primeira vez na história em que um Mundial terá jogos em estádios próximos uns dos outros, uma vez que a distância máxima separando um estádio do outro é de duas horas, o que permite que os torcedores que forem ao Catar tenham chance de assistir a um número maior de partidas em comparação com outras edições. Outro fator que tem despertado a atenção de torcedores e especialistas diz respeito à competitividade. Como é natural em competições dessa natureza, há algumas seleções favoritas, outras consideradas como segundas forças, outras ainda que “podem surpreender”, e outras que não tem nenhuma chance, para as quais chegar à fase final da Copa já significou muito. Para muitos analistas, a globalização está alterando essa situação, não apenas pela maior quantidade de partidas entre clubes e seleções de diferentes regiões, mas, sobretudo pelo intenso intercâmbio de jogadores, evidenciado pelo fato de que equipes de praticamente todos os países contem em seus elencos com diversos estrangeiros. Tal fator tem permitido que seleções de menor expressão historicamente, em especial da África e da Ásia, passem a enfrentar com relativa igualdade as poderosas seleções europeias e sul-americanas. Até agora, embora ofereçam maior resistência, as seleções desses países não conseguiram chegar à final de uma Copa do Mundo[1]. Ocorrerá no Catar? Por fim, há grande expectativa quanto ao desempenho de grandes estrelas do futebol mundial, algumas das quais terão a última possibilidade de conquistar um Mundial, casos do argentino Lionel Messi e do português Cristiano Ronaldo (Neymar, pela idade, ainda poderá participar de pelo menos mais uma edição da Copa do Mundo). Já pelo lado das decepções, a Copa do Catar não contará com a participação da tradicionalíssima seleção italiana, a Squadra Azzurra, nem de brilhantes estrelas do futebol da atualidade como o egípcio Salah e o norueguês Haaland, cujas seleções não se classificaram, e outras que se lesionaram e desfalcarão suas seleções, como é o caso dos franceses Kanté e Pogba, integrantes da seleção que conquistou o Mundial de 2018 e do senegalês Sadio Mané.. Está na hora dos brasileiros virarem a chavinha, deixando de lado a extrema polarização que cercou as eleições para a Presidência da República e unindo-se numa enorme corrente na torcida pelo inédito hexacampeonato. [1] De autoria por Luiz Alberto Machado: Economista, graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Mackenzie, mestre em Criatividade e Inovação pela Universidade Fernando Pessoa (Portugal), é sócio-diretor da empresa SAM – Souza Aranha Machado Consultoria e Produções Artísticas e consultor da Fundação Espaço Democrático. [2] Nos Jogos Olímpicos, em que há restrições para a convocação de jogadores e não há obrigatoriedade para que os clubes cedam seus jogadores para as seleções nacionais, o equilíbrio é maior e os resultados são mais imprevisíveis. Por conta disso, a medalha de ouro foi conquistada pela Nigéria, em 1996, e por Camarões, em 2000. Referências  FOER, Franklin. Como o futebol explica o mundo: um olhar inesperado sobre a globalização. Tradução de Carlos Alberto Medeiros. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2005. GALEANO, Eduardo; ASEFF, Marlova. Fechado por motivo de futebol. Tradução de Eric Nepomuceno, Sergio Faraco e Ernani Ssó. Porto Alegre: L&PM, 2018. UBERREICH, Thiago. Biografia das Copas. São Paulo: Onze Cultural, 2018.  

Vai investir na BOLSA?? Consulte sempre um especialista em ANÁLISE FUNDAMENTALISTA..

Investir na BOLSA não é apenas tentar decifrar o “sobe e desce” do valor de um ação; é preciso entender como e quando as empresas constroem valor para seus investidores. Existe dois tipos de análise; a técnica (grafista) com visão de curto prazo e a fundamentalista onde procura-se identificar como os administradores estão construindo a riqueza aos seus acionistas, procurando correlacionar o risco do sistema (mercado) com o risco não sistema (da empresa); avaliando seu plano de investimento e a taxa de retorno projetada. Ao final, o valor das ações do mercado (BOVESPA) sempre acompanha as projeções de tendência da empresa e numa outra visão, após um longo período do fortalecimento da BOVESPA no Brasil, os índices estão próximo de uma maturidade e poucos ajustes positivos estão sendo percebidos nos últimos anos; ou seja a BOLSA cada vez mais deixa de ser um “jogo” de amadores para um jogo de “profissionais”, onde a ansiedade de ganho no curto prazo vem dando lugar a visão de longo prazo. Um bom investimento!!!! e boas compras ou venda de ações… Prof. Alexandre Wander Atuou como Controller em grandes empresas e complementou seu conhecimento acadêmico em escolas tais como: FGV-SP, PUC-SP e USP-SP. Atua como consultor junto a diretoria de empresas na implementação de técnicas de gestão empresarial. Ministra cursos VIP para executivos que desejam aprimorar seus conhecimentos profissionais. Professor nos cursos de Graduação (UNIP em finanças) e professor e coordenador nos cursos de Pós Graduação e MBA na FAAP. Visite nosso site: www.gecompany.com.br e siga-nos no Instagram: prof_alexandre_wander sobre dicas de Gestão Empresarial ANÁLISE FUNDAMENTALISTA – INVESTINDO NA BOLSA COM SEGURANÇA – 100% ON LINE #empresario #empresas #empresaria #business #empreendedorismo #empreendedorismofeminino #gestaoempresar

Reservas internacionais do Banco Central: O que é, e como funciona

As reservas internacionais são os ativos do Brasil em moeda estrangeira e funcionam como uma espécie de seguro para o país fazer frente às suas obrigações no exterior e a choques de natureza externa , tais como crises cambiais e interrupções nos fluxos de capital para o país. No caso do Brasil, que adota o regime de câmbio flutuante, esse colchão de segurança ajuda a manter a funcionalidade do mercado de câmbio de forma a atenuar oscilações bruscas da moeda local – o real – perante o dólar, dando maior previsibilidade e segurança para os agentes do mercado. Essas reservas, administradas pelo Banco Central, são compostas principalmente por títulos, depósitos em moedas (dólar, euro, libra esterlina, iene, dólar canadense e dólar australiano), direitos especiais de saque junto ao Fundo Monetário Internacional (FMI), depósitos no Banco de Compensações Internacionais (BIS), ouro, entre outros ativos. A alocação das reservas internacionais é feita de acordo com o tripé segurança, liquidez e rentabilidade, nessa ordem, sendo a política de investimentos definida pela Diretoria Colegiada do Banco Central. visite o site do BC https://www.bcb.gov.br/estabilidadefinanceira/reservasinternacionais

Modelos da Gestão Empresarial as médias e pequenas empresas

Olá, resumo da nossa Live sobre o tema de gestão empresarial aplicadas as médias e pequenas empresas. Do planejamento estratégico na definição da missão das empresas e a evolução desde o modelo da Gestão Estratégica de Custo, abordando os modelos de absorção, variável e ABC; e num segundo modelo nos anos 2000 os modelos da rentabilidade do acionista, e por final o modelo do processo de AVALIAÇÃO DE EMPRESAS e sua empresa no futuro.

A gastrodiplomacia, a economia criativa e o Brasil – por: Luiz Alberto Machado

Joseph Nye, um dos mais consagrados teóricos das relações internacionais, tornou conhecida mundialmente a expressão soft power, que pode ser traduzido por poder brando (ou poder suave) e que se contrapõe ao hard power, o poder que um país obtém graças ao uso da força, expresso na maioria das vezes pelo seu poderio militar. No livro Soft Power: The means to success in world politics (New York: Public Affairs, 2004), Nye explica o termo como sendo a construção de uma imagem positiva de um país sem o uso da força. Podemos citar, por exemplo, a cultura (como a Coreia do Sul e seu k-pop), os filmes de Hollywood (largamente utilizados pelos Estados Unidos para disseminar o american way of life), ou heranças civilizacionais riquíssimas, como as da China e da Índia, expressas por meio da popularização de práticas como yoga, ayurveda ou tai chi (enfatizando ser necessário o homem respeitar e integrar-se com a natureza). Tais exemplos de imagem positiva transformam-se, com o tempo, em influência política. Em alguns casos, resultam também em ganhos econômicos. A gastronomia vem ganhando espaço cada vez maior entre as estratégias adotadas por diferentes países para projetar internacionalmente seus valores e sua cultura, dando origem inclusive a uma nova expressão para designá-la: a gastrodiplomacia. No artigo Gastrodiplomacia: o poder da comida nas relações internacionais[1], Arina Ferraz e Fernanda Bassi explicam que “o termo gastrodiplomacia – ou diplomacia gastronômica – é usado desde os anos 2000, quando foi popularizado pelos pesquisadores da área de diplomacia pública Paul Rockower e Sam Chapple-Sokol”.Em um artigo de 2014, Rockower descreveu a gastrodiplomacia como a maneira de “conquistar corações e mentes por meio do estômago”. Segundo ele, “assim como a música, a comida trabalha para criar uma conexão emocional para ser sentida além das barreiras de linguagem”. Em resumo, “a gastrodiplomacia procura criar uma conexão emocional, através da diplomacia cultural, por meio da comida”. Como observa Robert Kenzo Falk, professor do curso de Gastronomia da Universidade Estácio Santo Amaro, A gastrodiplomacia tem o envolvimento direto de governos, que procuram expor a gastronomia de um determinado país como atrativo de destino turístico. […] Com isso, movimentam toda uma cadeia, não só turística, mas de alimentação, que envolve logística, produção, toda a parte de distribuição, consumo e exposição desses produtos a um público externo. Não é por outra razão que também diversos especialistas em economia criativa passaram a considerar a gastronomia como sendo parte integrante de sua área de abrangência. Evidência disso é que a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), incluiu a gastronomia como uma das sete categorias da Rede de Cidades Criativas, criada em 2004 com o objetivo de promover a cooperação internacional entre as cidades comprometidas em investir na criatividade como forma de estimular o desenvolvimento sustentável, a inclusão social e o aumento da influência da cultura em todo o mundo. Destaques da gastrodiplomacia Projetar a imagem de um país por meio de uma manifestação cultural não é tarefa fácil e exige um significativo esforço de marketing, notadamente no que se refere à construção e consolidação de uma marca, como ocorre com qualquer produto ou serviço. Não canso de mencionar dois exemplos que revelam a elevada capacidade da Colômbia nesse sentido: o primeiro deles, que mostra como bem desenvolver uma marca pode ser identificado no “café de Colômbia”. Embora não seja o maior produtor mundial, a Colômbia conseguiu imprimir ao seu café uma imagem de alta qualidade que faz com seja o mais desejado em diversas partes do mundo; o segundo, típico de uma forma positiva de explorar a economia criativa, refere-se ao sistema de bibliotecas que se vê em importantes cidades colombianas como Bogotá e Medellín. Esse aspecto não passou despercebido por Mario Vargas Llosa, ganhador do Prêmio Nobel de Literatura em 2010, que a ele se referiu da seguinte forma no magnífico Dicionário Amoroso da América Latina (Rio de Janeiro: Ediouro, 2006): O prefeito de Bogotá, Antanas Mockus, cuja origem lituana ninguém considera “lesiva à colombianidade” (assim se escreve?), em vez de pôr abaixo estátuas de conquistadores, inventar bandeiras chibchas, está modernizando e embelezando a cidade de Bogotá – nisso continua a política de seu antecessor, o prefeito Enrique Peñalosa, aprimorando seu sistema de transporte (já excelente) e estimulando sua vida cultural e artística de maneira irretocável. Por exemplo, incrementando a rede de bibliotecas – Bibliored – que o ex-prefeito Peñalosa plantou nos bairros menos privilegiados da cidade. Dediquei toda uma manhã visitando três delas, a do Tintal, a do Tunal e especialmente a invejável Biblioteca Pública Virgilio Barco. Magnificamente desenhadas, funcionais, enriquecidas com videotecas, salas de exposições e auditórios onde se realizam, sem cessar, conferências, espetáculos teatrais; rodeadas de parques, essas bibliotecas se converteram em algo muito mais importante que centros de leitura: são autênticos eixos da vida comunitária desses bairros humildes, aonde vão as famílias em suas horas de lazer, porque, nesses locais e ao seu redor, velhos, crianças e jovens se divertem, se informam, aprendem, sonham melhoram e se sentem participantes de uma iniciativa comum. No que se refere à gastrodiplomacia, Peru, Tailândia, Coreia do Sul e Malásia são os países que mais se têm destacado nos últimos anos no plano internacional, graças a estratégias inteligentes que contam, muitas vezes, com apoio governamental[1]. Com isso, passam a ter sua culinária e seus chefs mais renomados disputando a preferência de amantes da boa comida com os representantes de países tradicionalmente reconhecidos como de excelência, como são os casos da França e da Itália. O Brasil na gastrodiplomacia Embora seja a categoria em que conta com o maior número de representantes na Rede de Cidades Criativas da UNESCO[1] e que a cidade de São Paulo seja, reconhecidamente, um dos mais diversificados centros gastronômicos em todo o mundo, o Brasil não é citado como exemplo de gastrodiplomacia, em mais um exemplo típico de desperdício de oportunidade de ocupar papel de protagonismo, a exemplo do que acontece com a própria economia criativa e com a economia de baixo carbono[2]. Trata-se, a meu

Organize a tua empresa para avaliar tendências sobre o futuro

É fundamental que os líderes das organizações tenham a responsabilidade de saber para onde o mundo esta caminhando. Numa das frases Bill Gates destaca que o sucesso é um péssimo professor, e seduz pessoas a pensarem que são invencíveis. Precisa deixar claro aos líderes a importância do planejamento. Um dos modelos mais utilizados o OBZ (Orçamento Base Zero) é iniciar o planejamento com uma folha de papel ou planilha Excel em branco, sem influência de práticas do passado. Um verdadeiro líder de vendas projeta futuro e o resultado do presente é uma consequência do seu perfil visionário do comportamento e tendências do mercado. O líder de compras deve projetar os custos das matérias primas e comportamento da oferta de volume do mercado fornecedor. E por sua vez, a Controladoria deve ter noção do comportamento da economia e nível mundial e a sensibilidade de agrupar os dados e projetar o valor futuro da empresa. Os líderes devem estar cientes sobre a responsabilidade do que ocorrerá no futuro, independentemente da relação que isso tenha com os negócios atuais da empresa. Gostou da dica? Deixe teu like e compartilhe com os teu amigos. Prof. Alexandre Wander Gecompany o canal amigo do Empreendedor. siga-nos no Instagram: prof_alexandre_wander