Conforme mencionado no último texto, a mudança da cultura da empresa é fundamental para conquistarmos a eficácia operacional. É preciso que a empresa como um todo, mude a sua forma de pensar para “Lean thinking” (Pensamento Enxuto).
Para isso, a transformação precisa começar pelo topo da pirâmide: primeiro pela mudança da cultura dos gestores da empresa, em seguida para todos os colaboradores. O pensamento “Lean” muda o pensamento dos gestores para a eliminação total dos desperdícios.
A mudança cultural é um processo de longo prazo que exigirá mudança de atitude da gerência e dos líderes e para manter as mudanças culturais, “Liderar pelo exemplo” será fundamental.
As mudanças muitas vezes não são bem vistas pelos funcionários, portanto gerenciar as resistências também será um fator importante para o sucesso. A participação ativa dos funcionários nessas mudanças criam credibilidade e facilitam as implementações. A sustentação dos ganhos exige da gestão o acompanhamento diário e evolução dos planos e ações.
Para obtermos sucesso, precisamos investir em treinamento e desenvolver líderes talentosos. Uma força de trabalho baseada em conhecimento é qualitativamente diferente de uma que não o seja. Cada vez mais a sobrevivência de uma empresa dependerá do desempenho de seus colaboradores e do seu conhecimento, ou seja, é necessário administrar os líderes de forma a alcançar maior produtividade.
A Jornada Lean só acontece se cada um que passar pelo treinamento decidir que vai mudar. E para isso, tem que sentir a dor da mudança. Não existe um movimento de mudança que você passa e diga que foi tranquilo. Se no seu diagnóstico isso acontecer, é porque não está mudando, uma das premissas da mudança é jogar coisas fora para ganhar outras novas.
Um outro entrave é o medo, muitas pessoas têm muito medo do novo, portanto, permanecem no velho. É preciso coragem para fazer as coisas de um modo diferente.
A responsabilidade da mudança numa organização é 50% dos líderes em e os outros 50% dos liderados. E nesse movimento, o que vemos muitas vezes é a resistência entre os liderados para a mudança. E quando você tem a resistência do liderado, você dificulta a mudança do líder. Mas pra isso não há fórmulas, o líder tem que trabalhar e avaliar caso a caso para que a mudança aconteça em todos os níveis. E se for necessário, fazer os ajustes nos times garantindo as pessoas certas no lugar certo.
O papel do lider é de fazer o seu time dar o máximo de si, a maior parte do tempo de forma sustentável, por isso precisam dedicar tempo na busca de profissionais promissores: conhecê-los e ser conhecido por eles; orientá-los e escutar o que eles têm a dizer; desafiá-los e encorajá-los, procurar os potenciais das pessoas e dedicar tempo a desenvovê-los.
O que se espera então de uma tranformação Lean?
Uma transformação física que melhora a resposta ao cliente, melhora a qualidade e o custo com aumento efetivo do Lucro.
Uma tranformação Cultural que energiza a força de trabalho que libera a criatividade e entusiasma a equipe de trabalho a manter e buscar continuamente as melhorias.
Um crescimento de vendas e lucros que oferece excelência a todos os participantes.
Manoel Jose Collaço, tem mais de 20 anos desenvolvendo produtos e processos em multinacionais da indústria automotiva, autopeças e outros; com experiência internacional, USA, Europa e Ásia; otimizando e aplicando a ferramenta Lean, melhorando processos e promovendo redução de custos para atingir os objetivos organizacionais.
Referências: TBM Consulting, Lean institute e outras literaturas Lean.