A matemática financeira carrega consigo grandes evoluções do mundo contemporâneo, devido os seguintes fatores abaixo descrito:
- Desde os tempos primórdios a moeda ser o valor de troca entre mercadorias;
- Porque a moeda em muitos casos, passou a ser a própria mercadoria atrelada ao seu valor;
- A evolução do mercado de capital e o crescente número de pessoas investindo suas economias na Bolsa de valor.
Como assim? Para atender nossos anseios de consumo, raras vezes compramos somente a mercadoria, e na maioria das vezes compramos além da mercadoria o “dinheiro”.
A essência de um banco por exemplo é vender “dinheiro” e ganhar lucro sobre esta venda de mercadoria que se chama dinheiro.
Em toda concessionaria de veículos ou imobiliária, a primeira coisa que o vendedor te apresenta após te mostrar o carro ou o apartamento dos teus sonhos é a facilidade de comprar o carro ou o teu primeiro AP através de um: FINANCIAMENTO BANCÁRIO, certo?
Afinal de contas a vida passa e você sempre merece o melhor, concorda?
E como os bancos ganham o seu lucro? O lucro dos bancos encontram-se atrelados a “taxa de juros” que eles cobram do tomador do recursos e neste caso isto ocorre, por exemplo:
- Quando você deixa de pagar no vencimento a parcela mensal do teu cartão de crédito;
- Quando você efetua a compra de uma mercadoria a prazo, pela tua necessidade ou “ansiedade” de antecipar o teu desejo de compra;
- Quando uma empresa não possui caixa suficiente para “bancar” um novo projeto e resolve emprestar dinheiro no banco para ser o “sócio” direto no investimento de crescimento.
Quando antecipamos nossos anseios em relação ao futuro, temos duas variáveis a serem analisadas e que fazem parte do estudo da matemática financeira:
- O tempo: isto mesmo, a variável de você antecipar a tua geração de caixa do futuro ao presente.
Tempo (n): prazo de recuperação do capital
Como assim: Quando antecipamento o “futuro”; ou seja a nossa riqueza que vamos construir no futuro ao presente; nasce a variável tempo: Você compra hoje um automóvel que você teria condições de comprar daqui a 03 anos, por exemplo. o Banco coloca na tua “mão” o CAPITAL:
Capital (PV): Qualquer valor expressão em moeda que representa o valor de uma mercadoria disponível em determinada época;
Neste cado o emprestador, avalia o fator risco ao atender o teu desejo pela antecipação do CAPITAL (dinheiro) que você teria condições de ganhar no futuro ao teu presente e neste caso ele “o banco”, passa a vender a mercadoria dinheiro e atribui na negociação uma variável que, estuda-se em estatística e matemática financeira entre outras disciplina de finanças que se chama: Risco
Risco: Define-se como a probabilidade de avaliar as incertezas mediante conhecimento prévio das probabilidades presentes avaliadas.
Assim quando o emprestador coloca a tua disponibilidade um determinado recurso para atender a tua “ansiedade” de consumo presente de algo que você teria condições de comprar somente no futuro ele avalia o risco da operação e nasce uma variável que se chama: TAXA.
Taxa de juros (i): É o coeficiente que determina o valor do juro, isto é, a remuneração do fator capital utilizado durante um período. A taxa está sempre relacionada com uma unidade de tempo (dia, mês, trimestre, semestre, ano etc.).
Aplicando-se a taxa de juros sobre o CAPITAL temos uma outra variável que se chama:
Juros (J): É a remuneração do capital emprestado, podendo ser entendido, de forma simplificada, como sendo o aluguel pelo uso do dinheiro, ou o “custo” do dinheiro.
Em matemática financeira temos 02 tipos de metodologia para avaliação das taxas aplicados e também dos juros correlacionado ao empréstimo do capital efetuado pelos bancos:
- Sistema de capitalização simples;
- Sistema de capitalização composta.
O primeiro modelo, sistema de capitalização simples é de pouca utilidade no Brasil, pois acontece em países que controlam muito bem a inflação e praticamente as taxas de juros são baixíssimas e a “taxa” aplicada incide mensalmente somente sobre o CAPITAL inicialmente emprestado. Juros sobre o CAPITAL inicialmente emprestado.
O segundo modelo, sistema de capitalização composta é de muita utilidade no Brasil, pois convivemos numa economia instável e a nossa moeda encontra-se “depende” de outras moedas tal como a moeda norte americana o “dólar” e de uma outro produto que se chama “ouro”.
Assim, no regime de capitalização composta a “taxa” aplicada incide mensalmente além do CAPITAL inicialmente emprestado, também sobre o “juros” no período anterior. Assim temos Juros sobre o CAPITAL inicialmente emprestado, mais o juro sobre juro.
Percebeu a diferença entre sistema de capitalização simples e sistema de capitalização composta?
Se ainda não ficou claro, leia novamente os 2 parágrafos anteriores.
Bom, como introdução a necessidade do estudo da matemática financeira, faça uma reflexão, o quanto durante a tua existência como ser humano, inteligente e racional. você já deve ter ganho ou perdido de dinheiro sem antes ter avaliado questões básicas da matemática financeira e como dizem a maioria dos nossos alunos desta disciplina e quando eles passam a ter a consciência do tema:
Professor: Isto dai deveria fazer parte da grade educacional do nosso curso de infância.
Entre outros temas, a matemática financeira estuda além do comportamento das taxas e sistemas de capitalização, destacamos alguns que julgamos ser importante ao nosso estudo, já amplamente avaliados por renomados estudiosos da disciplina:
- Os modelos de descontos que denomina-se: Racional e Comercial;
- Oscilação da moeda e comportamento da inflação;
- Indexadores da economia e indicadores básicos do Banco Central;
- Sistemas de amortização dos empréstimos e financiamentos;
- Definição da taxa minima de atratividade;
- Conceitos básicos de avaliação dos projetos de investimentos.
Lembre-se bem: A riqueza somente acontece pela “renda economizada” e não pela aquisição ou construção de patrimônio através do endividamento.
Abaixo um simples vídeo que poderá contribuir contigo, ao estudo desta preciosa e longa jornada:
Como a matemática financeira pode te ajudar na construção e manutenção do teu patrimônio.
Prof. Alexandre Wander – Mestre em Finanças e consultor empresarial