Sob condições de certeza em que as vendas, custos, tempo de espera, períodos de pagamento, etc, são conhecidos com certeza, todas as empresas manteriam as mesmas condições mínimas de ativos circulantes. Qualquer quantidade a mais aumentariam a necessidade de financiamentos externos sem um correspondente aumento de lucros, entretanto qualquer redução em quantidade de lucros envolveria pagamentos atrasados para fornecedores e outras fontes de financiamentos devido a uma carência de crédito altamente restritiva.
Entretanto, o cenário muda quando a incerteza é introduzida. Agora a empresa necessita de uma quantidade minima de caixa e clientes baseada em recebimentos esperados; estoque em alto giro e também expectativa de tempo de espera dos pedidos e dos processo produtivo em conversão das matérias primas em produtos acabados, e assim por diante um estoque mínimo de segurança, que possibilita a empresa lidar com variações de valores esperados. De forma similar, os níveis de compras e de contas a receber são determinados pelos termos de créditos, e quanto mais rigorosos menores serão os contas a receber para qualquer nível de venda. Com uma politica restritiva de investimentos em ativos circulantes, a empresa manteria estoque mínimos de segurança de caixa e estoques, e teria uma politica de crédito rígida mesmo que isso significasse correr o risco de perder vendas. Uma política magra e seca de investimentos em ativo circulante geralmente oferece o mais alto retorno esperado sobre esse investimento, porém ela carrega o maior nível de risco, entretanto o inverso é verdadeiro sob uma política relaxada. A política moderada fica entre esses dois extremos em termos de risco e retorno esperado.
A mudança de tecnologia pode levar a mudanças dramáticas na política ótima de investimento em ativos circulantes. Por exemplo, no caso de uma empresa investir noma nova tecnologia pode reduzir a necessidade de estoques devido a maior agilidade no processo produtivo; exemplificando uma empresa que reduz em 50% o ciclo produtivo o estoque das matérias primas também pode ser reduzido pela metade. Desta forma empresas instalam sistemas de códigos de barra em todos os produtos que são lidos no momento da saída da empresa e a informação mantém um registro do estoque de cada item e automaticamente transmite a necessidade da reposição do produto ao estoque em níveis gerenciáveis e assim o lucro da empresa será maximizado.
GERENCIANDO OS COMPONENTES DO CAPITAL DE GIRO
O capital de giro consiste em cinco componentes principais: caixa, títulos financeiros, estoques, contas a receber e os prazos dos pagamentos aos fornecedores. Para cada tipo de ativo, as empresas enfrentam uma troca (trade-off) fundamental: os ativos circulantes (isto é o capital de giro) que são necessários para conduzir um negócio, e quanto maior a sua manutenção de ativos circulantes menor o risco de falta; portanto menor o risco operacional da empresa. Porém manter um alto capital de giro tem um alto custo; se os estoques forem altos demais, a empresa terá ativos com zero de retorno, ou até mesmo um retorno negativo caso os custos do armazenamento e o custo do financiamento forem altos demais e assim aumenta a desvantagem de manter estoques excessivos (ou contas a receber ou até mesmo caixa). Portanto existe um desafio ao gerente de logística em manter o mínimo do capital de giro alocado em estoques em uma consistente administração do negócio sem interrupção e empresas com maior nível de incerteza o período de gestão dos estoques devem ser direcionados ao menor tempo possível e daí o gerentes que conduz a empresa ao menor nível de estoque na busca da melhor performance justificam o salários recebidos e seus prêmios de gratificação anuais.
As empresas geralmente seguem um ciclo no qual elas compram estoque, promovem adiantamento aos fornecedores, vendem seus produtos recebem dos seus clientes e negociam prazos com seus fornecedores, isto que denominamos de CICLO FINANCEIRO e num padrão normal é que este ciclo financeiro seja próximo aos prazos de financiamentos bancários em termos de vencimentos para a empresa evitar que que chamamos de ciranda financeira negativa (quanto os prazos dos vencimentos dos empréstimos ocorrer a um prazo inferior ao clico financeiro. Uma política correta de capital de giro, consiste e minimizar o tempo entre os desembolsos de caixa para as matérias-primas, o recebimento das vendas, e aumentar os prazos de pagamentos aos fornecedores.
CONCEITOS DE CAPITAL DE GIRO ZERO
À primeira vista, pode parecer que a administração do capital de giro não é tão importante quanto o orçamento de capital, as políticas de dividendos e outras decisões que determinam a direção de longo prazo de uma empresa. Entretanto, no mundo atual de competição global intensa, a administração do capital de giro está recebendo cada vez mais atenção de gestores que buscam a mais alta eficiência empresarial. De fato, o objetivo de muitas empresas líderes hoje em dia – incluindo a AMBEV, NATURA, RENNER, é a administração do capital de giro. Os proponentes do conceito de capital de giro zero afirmam que o movimento nesta direção a esse objetivo não somente gera caixa como também acelera a produção e ajuda a empresa em fazer entregas mais rápidas e a operar com maior eficiência e principalmente a saírem da dívidas onerosas (endividamento bancário e atrasos nos pagamentos do impostos). O conceito tem sua própria definição de capital de giro: Estoques (+) contas a receber (-) contas a pagar. O raciocínio é básico que os estoques devem ser financiados pelos fornecedores e que o contas a receber são os elementos chaves na efetivação das vendas (um estoque de 30 dias para suprir as vendas mensais).
Reduzir o capital de giro e, portanto aumentar o giro tem dois principais benefícios financeiros. Primeiro, para cada real liberado pela redução de estoques ou contas a receber, ou então pelo aumento do contas a pagar, resulta em uma contribuição ao FLUXO DE CAIXA
Como todo capital, os fundos investidos em capital de giro têm um custo em dinheiro, assim, a redução da quantia de capital de giro rende economias permanentes em custo de capital. Em adição aos benefícios financeiros, reduzir capital de giro força a empresa a produzir e efetuar entregas mais rapidamente do que seus competidores, o que lhe permite conquistar um mercado e cobrar preços maiores por oferecer bons serviços. A medida que os estoque desparecem, os armazéns pode ser vendidos ou entregues aos seus proprietários (quando alugados), e a necessidade por equipamentos de manuseio e trabalho de equipes também é reduzida e bens obsoletos e ou fora de moda são minimizados.
Um artigo com adequações: Cutting Working Capital em http:/ www.sbcl.com/sbs / info/previous OAAB.html. O artigo foi reproduzido com base no small busines news e oferece uma excelente discussão das vantagens e armadilhas da redução do capital de giro.
Esclarecimentos adicionais
Prof. Alexandre Wander
awander@gecompany.com.br