Embora o resultado líquido do 1 TRI’20 tenha sido negativo em R$ 49 milhões, isto decorrente da baixa do impairment no valor de R$ 65 milhões, o EBITDA ajustado foi positivo em R$ 37 milhões.
Conforme palavras da presidência da PETRO:
“Entretanto, o resultado contábil do 1T20 foi consideravelmente afetado pela baixa de ativos no valor de US$ 13,4 bilhões derivada da realização de teste de impairment, implicando em prejuízo contábil não recorrente de US$9,7 bilhões, sem quaisquer efeitos sobre o fluxo de caixa da Petrobras. Consideramos que nosso forte compromisso com a transparência deva prevalecer sempre, e decidimos aplicar o teste o mais rapidamente possível contemplando um novo cenário de preços e taxas de câmbio. Os ativos que tiveram seus valores corrigidos são majoritariamente campos de petróleo em águas rasas e águas profundas, cuja decisão de investimento foi tomada no passado e baseada em expectativas mais otimistas de preços no longo prazo, não nos surpreendendo sua desvalorização num ambiente mais desafiador. O prejuízo contábil em nada afeta a saúde e sustentabilidade da Petrobras. Trata-se de situação bastante distinta da vivenciada em 2014-2015 quando a companhia enfrentava duas crises, uma financeira e outra moral, e a baixa de ativos refletia a vulnerabilidade da companhia”.
Nossos comentários:
Um dos principais indicadores econômicos amplamente utilizados; o EBITDA foi negativo em R$ 29 milhões, mas desconsiderando as baixas do impairment no valor de R$ 65 milhões, resulta num EBITDA AJUSTADO de R$ 37 milhões, isto no 1 TRI de 2020, um aumento de 36,4% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 2,7% em relação ao 4 TRI 2019.
- O EBITDA, termo técnico em inglês (Earning Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization, em tradução refere-se ao lucro operacional da empresa, adicionando as contabilizações “não caixa “que são os gastos com depreciação e amortização.
- A sigla impairment, também um termo técnico em inglês (imparidade). Em tradução refere-se a perda de um valor recuperável de um ativo.
(*) é permitido de acordo com o PRONUNCIAMENTO TÉCNICO CPC 01 – Redução ao Valor recuperável dos Ativos, aprovado pela CVM.
Explicando o EBITDA negativo contábil e o EBITDA AJUSTADO DIVULGADO pela PETRO:
Como a projeção futura de venda do preço de venda do barril de petróleo reduziu de U$ 65 para $ 50, a PETRO procedeu uma baixa no valor dos seus ATIVOS recuperáveis em termos da projeção do FLUXO DE CAIXA FUTURO da EMPRESA; como a baixa de valor é do FUTURO não tem nada haver com o resultado operacional ATUAL da companhia; mas tem haver com os valores investidos no seu ATIVO OPERACIONAL na expectativa de gerar fluxo de caixa FUTURO.
A desvalorização do impairment contabilizada no resultado atual é apenas uma indicação de que os ATIVOS atuais da PETRO não irão gerar no futuro a RECEITA PROJETADA no seu PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO 2020-2024, devido atuais noticias do comportamento do mercado decorrente da COVID.19
A baixa do impairment, também justifica o motivo da reorganização interna que a empresa vem adotando na redução dos seus custos fixos e despesas administrativas.
Parabéns a diretoria da Petrobras
Quer conhecer uma pouco mais sobre o desempenho econômico da PETRO e a evolução da GESTÃO da empresa, te convido a participar conosco da LIVE na próxima sexta-feira as 10 horas da manhã.
Uma avaliação imparcial e direta com professor Alexandre Wander