Onde situar Delfim Netto no pensamento econômico?
É dificílimo o enquadramento do economista em alguma corrente, escreve Luiz Alberto Machado. Com o falecimento do professor Antônio Delfim Netto no dia 12 de agosto, recebi uma série de questionamentos sobre seu enquadramento na história do pensamento econômico, algo compreensível em tempos de polarização, quando as pessoas ficam sedentas de rótulos. A rigor, não é fácil enquadrá-lo numa determinada escola ou corrente de pensamento econômico, assim como não o é para qualquer personagem que, a exemplo de Delfim Netto, vestiu diferentes chapéus, entre os quais o de professor, pesquisador, secretário estadual, ministro em diferentes pastas, embaixador, consultor e deputado federal. Antes, porém, de me referir ao professor Delfim Netto e outros economistas brasileiros, gostaria de apresentar um breve panorama do pensamento econômico liberal. Referências sobre economistas liberais, quando feitas, costumam incluir Adam Smith, Thomas Malthus, David Ricardo e Jean-Baptiste Say entre os clássicos; às vezes John Stuart Mill e Alfred Marshall, entre os neoclássicos; e, entre os mais recentes, o monetarista Milton Friedman, da Escola de Chicago, e Friedrich Hayek, da Escola Austríaca. Neste artigo, vou focalizar quatro outros grandes economistas liberais que deram contribuições importantes para a evolução do pensamento econômico. São eles Ronald Coase, Gary Becker, James Buchanan e Douglass North. Coase foi determinante na análise dos direitos de propriedade para a estrutura institucional e o funcionamento da economia, dando especial ênfase aos custos de produção e às externalidades. As externalidades têm impactos negativos ou positivos que um determinado agente econômico sofre, decorrente das ações de outros agentes econômicos como as famílias, as empresas, os governos e o resto do mundo, que geram custos privados ou custos sociais, ou benefícios para outro agente econômico e para a sociedade. Becker, dotado de enorme dose de originalidade e criatividade, aplicou a teoria e métodos econômicos a diferentes áreas entre as quais o crime, a educação e os relacionamentos interpessoais, sempre na perspectiva liberal, ampliando consideravelmente o campo de atuação dos economistas. Buchanan, com a teoria da escolha pública, examinou a complexa relação entre a economia, o direito e a política, destacando os riscos decorrentes de déficits sistemáticos e propondo limites constitucionais à ação dos governos. North, por fim, mostrou a relevância das instituições para o desenvolvimento, chamando a atenção para os custos de transação presentes em qualquer operação do sistema econômico. Os quatro foram laureados com o Prêmio Nobel de Economia, evidenciando o caráter oportuno e atual do pensamento econômico liberal. Dirigindo agora o foco para o caso brasileiro e, num primeiro momento, especificamente para Delfim Netto, arrisco-me a fazer as seguintes considerações. Depois de ter sido secretário da Fazenda no Estado de São Paulo em 1966, assumiu o Ministério da Fazenda em 1967, em pleno regime militar, teoricamente para dar sequência à política adotada por Otávio Gouveia de Bulhões e Roberto Campos, responsáveis pela condução da economia no governo de Castello Branco. Tanto Bulhões como Roberto Campos são considerados economistas liberais, ainda que durante seus respectivos mandatos, o número de empresas estatais brasileiras tenha praticamente quadruplicado. Delfim Netto sempre nutriu simpatia pelo socialismo fabiano, uma corrente revisionista do socialismo marxista, que apoiava o sindicalismo, os atos fabris, a extensão do voto secreto, as cooperativas de trabalhadores, a regulamentação governamental da indústria, a legislação social e a nacionalização das indústrias básicas. Repudiando as doutrinas de lutas de classe e revolução, os fabianos trabalharam para introduzir reformas significativas, influenciando os líderes governamentais, formando alianças com grupos liberais e promovendo o Partido Trabalhista. Acreditavam que um eleitorado esclarecido, em nome da justiça social, socializaria lenta e pacificamente os meios básicos de produção, passando a administração das indústrias para agências municipais, regionais e nacionais. Em assuntos internacionais, os fabianos eram imperialistas e defenderam o governo britânico na Guerra dos Bôeres e na Primeira Guerra Mundial. Seus personagens mais influentes foram George Bernard Shaw, Sydney e Beatrice Webb, Graham Wallas e H. G. Wells. Na Universidade de São Paulo, Delfim Netto foi um dos principais responsáveis pela introdução dos métodos quantitativos, com ampla utilização da estatística e da econometria na análise econômica, e pela popularização das ideias do economista inglês John Maynard Keynes, considerado por muitos como o maior economista do século XX. A escola keynesiana, por sua vez, ocupa uma posição intermediária entre o liberalismo e o socialismo, acreditando ser necessária uma intervenção parcial do governo. Os principais pilares do keynesianismo foram assim sintetizados por Eduardo Giannetti [1]: 1º) Defesa da economia mista, com forte participação de empresas estatais na oferta de bens e serviços e a crescente regulamentação das atividades do setor privado por meio da intervenção governamental nos diversos mercados particulares da economia; 2º) Montagem e ampliação do Estado do Bem-Estar (Welfare State), garantindo transferências de renda extramercado para grupos específicos da sociedade (idosos, inválidos, crianças, pobres, desempregados etc.) e buscando promover alguma espécie de justiça distributiva; 3º) Política macroeconômica ativa de manipulação da demanda agregada, inspirada na teoria keynesiana e voltada,acima de tudo, para a manutenção do pleno emprego no curto prazo, mesmo que ao custo de alguma inflação. Portanto, com o chapéu de professor e pesquisador, Delfim Netto não pode ser considerado um economista liberal. Permanecendo no comando da economia brasileira até 1974 [2], foi chamado de “pai do milagre”, expressão referente ao acelerado crescimento da economia brasileira de 1968 a 1974. Ele contestava dizendo: “Nunca houve milagres. Milagre é efeito sem causa. É tolice imaginar que o Brasil cresceu durante 32 anos seguidos, começando na verdade em 1950, a 7,5% ao ano, por milagre”. O Brasil viveu de 1966 a 1979 o regime bipartidário, com apenas dois partidos, a Aliança Renovadora Nacional (ARENA), que era o partido do governo, e o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), que era o partido da oposição e reunia, entre outros, economistas ligados à Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL). Os analistas e jornalistas, na sua maioria, adotaram a divisão genérica entre os economistas do governo e da oposição respectivamente como monetaristas e estruturalistas. Sendo assim, com o chapéu de ministro do governo militar, Delfim Netto foi tachado de monetarista, o que, a meu juízo, não passa de uma grosseira simplificação. Como deputado federal, eleito sucessivas vezes pelo Partido Democrático Social (PDS) [3], sucessor da ARENA, agremiação que sempre se posicionou contra o Partido dos
A Criatividade como Motor da Inovação nas Empresas:Estratégias para Desbloquear o Potencial Criativo em Todos os Níveis
“A Criatividade é ingrediente indispensávelpara gerar a inovação, no entanto,a criatividade por si não é garantia de inovação” Humberto Emílio Massareto Introdução No ambiente de negócios altamente competitivo atual, a inovação se destaca como um dos principais pilares para a sustentabilidade e do crescimento das empresas. No entanto, a inovação não surge do nada; ela é o produto de uma cultura organizacional que nutre e valoriza a criatividade em todos os níveis hierárquicos. E isso nos leva a uma reflexão: estamos realmente aproveitando todo o potencial criativo de nossos colaboradores para impulsionar a inovação? A criatividade está intrinsecamente ligada à inovação e é vital cultivá-la dentro das organizações. Além disso, lidamos também com os desafios comuns, como o bloqueio criativo, que muitos profissionais enfrentam, e a elaboração de estratégias práticas para superá-los. As ideias que compartilho aqui são baseadas nas contribuições de grandes pensadores como Clayton Christensen, Steve Jobs, Tom e David Kelley, além das técnicas de pensamento lateral propostas por Edward de Bono. Para ilustrar a aplicação prática desses conceitos, incluí exemplos de empresas que souberam transformar a criatividade em uma vantagem competitiva. O Papel da Criatividade na Inovação Empresarial Criatividade e inovação são frequentemente mencionadas juntas, mas é importante entender a distinção entre elas e como uma complementa a outra. A criatividade é a habilidade de gerar ideias novas e úteis, enquanto a inovação é o processo de implementar essas ideias para criar valor, seja em produtos, serviços ou processos. Clayton Christensen, em sua teoria da inovação disruptiva, argumenta que as inovações mais significativas geralmente surgem de ideias que desafiam as normas estabelecidas e exploram novas direções que, a princípio, podem parecer arriscadas ou impraticáveis. Mas como podemos aplicar isso no dia a dia das nossas empresas? Um exemplo inspirador vem de Steve Jobs, cofundador da Apple, que acreditava profundamente que a verdadeira inovação resulta da interseção de várias disciplinas e perspectivas. Ao combinar design, tecnologia e experiência do usuário, Jobs não apenas atendeu às necessidades dos consumidores, mas criou novos mercados, como aconteceu com os lançamentos do iPad, da Apple Music, do iPhone, entre tantos. Essa abordagem interdisciplinar é um lembrete poderoso de que, ao fomentar a criatividade, podemos abrir portas para inovações que redefinem indústrias inteiras. No campo da criatividade organizacional, Tom e David Kelley, fundadores da IDEO e pioneiros do design thinking aplicado, expandiram essa ideia ao desenvolver uma abordagem sistemática para a resolução de problemas empresariais. O design thinking coloca a criatividade no centro do processo de inovação, utilizando técnicas como brainstorming e prototipagem rápida para explorar múltiplas soluções antes de convergir na melhor opção. Essa abordagem não só facilita a geração de ideias, mas também cria uma cultura de colaboração e experimentação contínua, essencial para o sucesso a longo prazo. Exemplos de Sucesso Para entender como a criatividade pode impulsionar a inovação, vamos analisar algumas empresas que fizeram disso um diferencial estratégico. A 3M, uma empresa conhecida por sua inovação constante, instituiu a política de “15% Time”, que permite aos funcionários dedicarem 15% do seu tempo de trabalho a projetos criativos pessoais. O resultado? Inovações icônicas como o Post-it, que revolucionou a maneira como organizamos informações. Essa política demonstra que, ao dar aos funcionários a liberdade para explorar suas ideias, as empresas podem colher frutos inesperados e valiosos. Já a Google adotou a estratégia “20% Time”, uma variação que possibilita que os colaboradores trabalhem em projetos paralelos fora de suas funções principais. Esse ambiente de liberdade criativa deu origem a produtos como o Gmail e o Google News, que não apenas resolveram problemas internos, mas também criaram novos padrões de mercado. A cultura organizacional da Google é um exemplo claro de como o incentivo à criatividade pode ser institucionalizado de forma que toda a empresa se beneficie de novas ideias e soluções inovadoras. Na Pixar, um estúdio mundialmente reconhecido por sua excelência em animação, a criatividade é cultivada em todas as etapas do processo de produção. Segundo Ed Catmull, cofundador da Pixar, a empresa adota uma cultura de feedback contínuo, onde todos os funcionários, independentemente de sua posição, são incentivados a contribuir com suas ideias. Essa abordagem colaborativa é uma das razões pelas quais a Pixar tem sido consistentemente capaz de produzir filmes inovadores que ressoam com públicos de todas as idades. Esse é um lembrete poderoso de que, quando as empresas criam espaços para a expressão criativa, os resultados podem ser extraordinários. Superando o Bloqueio à Criatividade Apesar de todos nós possuirmos o potencial criativo, muitos profissionais enfrentam bloqueios que os impedem de expressá-lo de modo pleno. Esses bloqueios podem surgir de várias fontes: medo do fracasso, falta de autoconfiança, pressões para cumprir prazos apertados, inibição, preocupação com o julgamento, ou uma cultura organizacional que desencoraja o pensamento não convencional. Aqui entra o conceito de pensamento lateral, introduzido por Edward de Bono. Diferente do pensamento lógico ou vertical, que se baseia na análise sequencial, o pensamento lateral busca romper com os padrões estabelecidos para explorar novas direções e perspectivas. De Bono sugere várias técnicas para estimular esse tipo de pensamento, como a “provocação” – introduzir ideias aparentemente absurdas para estimular a criatividade – e o “escape” – abandonar deliberadamente um padrão de pensamento para explorar alternativas. Essas técnicas são particularmente úteis em ambientes corporativos onde a pressão por resultados pode limitar a criatividade. Ao aplicar o pensamento lateral em sessões de brainstorming ou workshops de criatividade, as equipes podem superar bloqueios mentais e gerar um maior volume de ideias, mais originais e impactantes. Em última análise, a capacidade de pensar lateralmente é o que diferencia uma empresa que segue tendências de uma que as define. Desenvolvimento e Gestão da Criatividade nas Organizações Gerir a criatividade dentro de uma organização é um desafio que exige uma abordagem estratégica e deliberada. Tom e David Kelley argumentam que a criatividade não é um dom exclusivo de poucos, mas uma habilidade que pode ser desenvolvida e cultivada em todas as pessoas e em especial podemos fazer vir à tona esta capacidade dos profissionais em nossas
Resumo econômico de 2022, 2023 e previsão para 2024
Perspectivas Econômicas para 2023: Banco Central projeta inflação, PIB e câmbio, destacando desafios e oportunidades para investidores e empresas.
Responsabilidade do administrador frente às demandas globais por práticas ESG, por Richard Blanchet*
As rápidas e profundas transformações que todos estão vivendo têm ressignificado o papel das companhias e irão impactar diretamente a responsabilização do administrador (diretores ou membros do conselho de administração) prevista na Lei 6.404/76, a Lei das S.A. Para entender a consequência dessas mudanças, faz-se necessário recordar o disposto no Art. 154 da lei, que dispõe sobre o dever do administrador atuar de acordo com as fnalidades de suas atribuições e sem desvio de poder. Segundo o artigo, o administrador deve exercer as atribuições que a lei e o estatuto lhe conferem para lograr os fins e o interesse da companhia, satisfeitas “as exigências do bem público e da função social da empresa”. Responsabilidade do administrador frente às demandas globais por práticas ESG O Art. 154 evidencia que os interesses da companhia não devem estar dissociados de sua função social e das exigências do bem público, itens que têm mudado na velocidade dos avanços tecnológicos e já não são mais os mesmos que observamos há cinco ou dez anos. A pandemia causada pelo novo coronavírus tem gerado incontáveis desafios jurídicos às organizações e, ao administrador, intensifica a necessidade de ouvir e entender os anseios de seus stakeholders. A reabertura das cidades e países faz emergir novas necessidades coletivas, e às companhias cabe a rápida integração dos conceitos ambientais, sociais e de governança corporativa (ESG – Environmental, Social and Corporate Governance, na sigla em inglês) em suas estratégias de negócios e culturas organizacionais, sob pena de perda de valor de suas marcas, danos reputacionais, impacto nos dividendos e, ao gestor, responsabilização civil pessoal. Essa remodelação da atuação do administrador não é recente. De fato, os preceitos ESG já vêm sendo incorporados ao dia a dia das organizações, mas o contexto atual joga luz à necessidade das empresas acelerarem esse alinhamento, deixando de ter como prioridade apenas os resultados aos acionistas, e incorporando o bem estar social, a governança corporativa e a sustentabilidade ambiental como diretrizes para os atos dos administradores. Fato que corrobora para essa mudança são os dados recentes da consultoria Morningstar Direct, publicados pelo jornal norte-americano The Wall Street Journal, que revelam que, nos primeiros quatro meses de 2020, os investidores aportaram cerca de US$ 12,2 bilhões em fundos ESG, o dobro do captado por estes mesmos fundos no mesmo período do ano anterior. Ainda em maio, a Nasdaq, segundo maior mercado de ações do mundo, lançou um serviço de análise de dados ESG para atender à demanda dos investidores institucionais e comuns sobre ações sustentáveis das companhias. O serviço, chamado Nasdaq ESG Footprint, irá analisar os aspectos sustentáveis relacionados às vantagens e desvantagens competitivas de mais de 13 mil organizações listadas globalmente, reunindo dados de 60 fontes internacionais. É óbvio que as empresas devem continuar perseguindo o lucro, expressão máxima de seu interesse social, mas ao fazê-lo devem também levar em consideração os interesses de seus acionistas, ainda que minoritários, trabalhadores, fornecedores, clientes, membros da comunidade em que atua e do meio ambiente, dentre outros stakeholders. Responsabilidade do administrador frente às demandas globais por práticas ESG O administrador, neste contexto, deve pautar sua atuação não apenas com respeito aos seus deveres de diligência, lealdade e ausência de conflito de interesses, como também ciente de que suas ações – e não apenas o resultado delas – devem atender a função social e o bem público, sob pena de sua responsabilização pessoal. Juntos, esses deveres devem permear a atuação do administrador e a cultura da empresa no mais amplo espectro. Tome-se como exemplo os casos de massiva rescisão de contratos de trabalho em situações de calamidade pública que, apesar do amparo sob o ponto de vista legal, podem trazer consequências danosas às empresas e aos administradores quando praticados em dissonância com a valorização das pessoas. Nas relações contratuais, a renegociação de contratos deve ser pautada pela boa fé, tendo como objetivo não apenas a manutenção de caixa, mas a preservação das relações comerciais. Nas organizações que negociam com entes públicos, estruturas de compliance sólidas devem garantir a execução de contratos em que o interesse público seja resguardado. Cada vez mais, assistiremos as autoridades públicas, os investidores institucionais e demais públicos que interagem com as companhias balanceando suas ações visa a atuação da companhia em sua comunidade, sua diligência para a manutenção dos empregos, suas práticas de respeito à diversidade e inclusão, além de suas ações de caráter socioambiental. A adequação das organizações aos critérios ESG são, neste contexto, mais do que um alinhamento ao “novo normal”, impactando diretamente a geração de confiança de suas marcas em suas comunidades, seus valores de mercado e, por fim, a responsabilidade de seus administradores. *Richard Blanchet é sócio sênior do escritório Loeser, Blanchet e Hadad Advogados e professor convidado do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) 30 de julho de 2020 | 14h00
Avaliação de EMPRESAS… Construindo valor na tua EMPRESA….
O processo da AVALIAÇÃO DE EMPRESAS não deve ser feita somente no momento da VENDA de uma EMPRESA… Importante conhecer como os administradores estão construindo o VALOR da MARCA da tua EMPRESA…Os vetores de VALOR direciona a tua empresa numa GESTÃO EMPRESARIAL CONFIÁVEL, onde o ACIONISTA passa a ser o principal personagem no SISTEMA EMPRESA. Ao AVALIAR uma empresa levamos em consideração se todas as decisões estão direcionadas ao objetivo de criar VALOR para os ACIONISTAS e os investimentos efetuados na EMPRESA é avaliado por sua riqueza econômica no FUTURO e que venha remunerar adequadamente o CUSTO DE OPORTUNIDADE DE CAPITAL; já que o presente é resultado das decisões do passado. Somos uma empresa especializada e autorizada pelos principais órgãos do Brasil, na emissão do “laudo de avaliação de empresas”, com profissionais mestres e doutores que atuaram em grandes empresas e complementaram seu conhecimento estudando e hoje lecionam nas principais universidades do Brasil. Agende um programa de MENTORIA diretamente comigo e vamos CRIAR VALOR A TUA EMPRESA. Afinal, pensar em “vender” uma Empresa que apresenta uma RENTABILIDADE ANUAL acima da remuneração do “mercado”, nem sempre pode ser uma boa opção. Seja bem vindo ao “Conhecimento em Gestão Empresarial”.
Matemática Financeira – correção da prova B2
1) Sabendo-se que um título, para ser pago daqui a 12 meses, foi descontado 5 meses antes do seu vencimento. O valor nominal do título é de R$ 42.000,00 e a taxa de desconto, de 3,5% ao mês. Calcular o valor líquido liberado nesta operação, sabendo-se que foi utilizado o desconto composto racional ” por dentro”. 2) Determinado empréstimo foi negociado em 7 pagamentos mensais, iguais e sucessivos de R$ 4.000,00 sendo a taxa de juros igual a 2,6 % a.m, até que ponto vale a pena quitar este empréstimo a vista? Fórmula sintética: Decomposição da fórmula: 3) Determinar o valor presente de um fluxo de caixa de 12 pagamentos trimestrais, iguais e sucessivos de R$ 1.700,00, sendo a taxa de juros igual a 1,7% a.m. Fórmula sintética: Decomposição do cálculo com resolução mensal: 4) Um título vence daqui a 4 meses apresentando um valor nominal (de resgate) de R$ 407.164,90. Existe a proposta de troca deste título por outro de valor nominal de R$ 480.000,00 vencível daqui a 8 meses. Sendo de 5% ao mês a rentabilidade exigida pelo aplicador, pede-se avaliar se a troca é vantajosa. 5) Um certo banco divulga que a rentabilidade de um investimento é de 12% ao semestre ou 2% ao mês; entretanto a aplicação foi enquadrada no regime de capitalização composta. A divulgação do banco está correta? justifique seu pensamento. 6) Uma pessoa deseja descontar uma nota promissória 3 meses antes do seu vencimento. O valor nominal deste título é de R$ 50.000,00. Sendo de 4,5% ao mês a taxa de desconto racional, o valor líquido recebido (valor descontado) pela pessoa na operação atinge: 7) Determinar o valor de resgate e o valor do desconto composto racional de um título no valor de R$ 50.000,00, sabendo-se que seu prazo é de 5 meses e que a taxa do desconto cobrada é de 3,5% ao mês 8) Sabendo-se que um título, para ser pago daqui a 24 meses, foi descontado 5 meses antes do seu vencimento. O valor nominal do título é de R$ 62.000,00 e a taxa de desconto, de 2,5% ao mês. Calcular o valor líquido liberado nesta operação, sabendo-se que foi utilizado o desconto composto racional ” por dentro”. Um bom estudo Visualize no nosso site também: Vídeos aulas sobre operação com desconto e fluxo de caixa (séries de pagamento do modelo price) Divulgue aos teus amigos o nosso site, tem conteúdo é gratuito. o site amigo do jovem universitário e do empreendedor Prof. Alexandre Wander acesse o link abaixo: http://www.gecompany.com.br/categoria/educacional/matematica-financeira/
Prova Contabilidade Gerencial – corrigida – Curso de Ciências Contábeis
1) A Anderson Company usa um sistema convencional de alocação de custos em duas fases. Na primeira fase, são designados todos os custos de apoio industriais aos departamentos de produção P1 e P2, baseados em horas máquinas. Na segunda fase, são usados horas de mão-de-obra direta para alocar os custos de apoio a cada produto. A Anderson Company fabrica dois produtos, X e Y para as seguintes informações disponíveis: Durante o ano de 2014 os custos de apoio industriais totalizaram $ 200.000. Foram 5.000 e 15.000 horas de máquinas nos departamentos de produção P1 e P2, respectivamente. Foram 5.000 e 10.000 horas de mão-de-obra direta nos departamentos de produção em P1 e P2, respectivamente. A Anderson Company está considerando a implementação de um sistema de custeio baseado em atividades. Seu controller compilou as informações seguintes para análise do ABC Pede-se: a) Determine o custo unitário de cada produto, usando o sistema de contabilidade tradicional. (01 ponto) Primeira fase: determinar a taxa de alocação: Temos um total de 20.000 horas máquinas, sendo conforme apresentado um total de 5.000 em P1 e 15.000 em P2; portanto o P1 receberá uma participação de 25% dos 200.000,00; e o P2 um total de 75% resultando numa alocação em P2 de R$ 150.000,00. Segunda fase: As alocações serão usadas a mão de obra direta; tivemos em P1 um total de 5.000 horas e em P2 um total de 10.000 horas. b) Determine o custo unitário de cada produto, caso o sistema ABC proposto seja adotado. (02 ponto) 2) A Kallapur Company fabrica dois produtos SK33 e SK77. Os custos de apoio industriais estão estimados em $ 2 milhões para este ano. A seguir, o custo unitário estimado e os dados de produção são: Pede-se: a) Estime o custo de produção unitário para cada produto, se são atribuídos os custos de apoio aos produtos com base no número de unidade produzidos. (01 ponto) b) Como sua resposta mudaria se os custos de apoio fossem atribuídos aos produtos com base na mão-de-obra direta? (01 ponto): Assuma a seguir, que os produtos de apoio industriais da empresa possam ser identificados nas quatros atividades. c) Estime o custo de produção unitário de cada produto, se for usada a abordagem do custeio baseada em atividades (abc) (01 ponto) d) Quais são as vantagens e desvantagens de cada modelo de apropriação dos custos? (02 pontos): O custeio por absorção: Está de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos (legislação) Reconhece a “importância” dos custos fixos de manufatura; Encontra-se de acordo ao regime de competência, atendendo as empresas que produzem inventários para vendas posteriores; Menos custoso de implementar uma vez que não requer a segregação dos custos de manufatura entre custos fixos e custos variáveis; Gestão das taxas de “overheads” de acordo ao volume de produção Para entendimento sobre o custeio por absorção visualize a vídeo aula no link abaixo: http://www.gecompany.com.br/educacional/gestao-de-custos/gestao-estrategica-de-custos-custeio-por-absorcao-entre-outros/ O custeio ABC é importante para empresas em processos de reestruturação, pois condiciona os consumos de recursos as suas atividades através dos direcionadores de custos e que posteriormente são alocados aos produtos. Os direcionadores de custos elegem as atividades que agregam valor ao produtos, pois possuem clareza na sua utilização do processo de custos. As atividades que agregam valor por possuírem características com o produto devem ser potencializadas e as atividade que não agregam valor devem ser eliminadas. Para entendimento sobre o custeio ABC visualize o link abaixo: http://www.gecompany.com.br/educacional/noticias/aula-video-20-minutos-sobre-custeio-baseado-em-atividades-abc/ 3). Descreva passo a passo o critério a ser utilizado para a formação do preço de vendas tendo como premissa as operações internas de uma empresa (02 pontos): Definição do modelo de custeamento do produto ou serviço Análise da margem bruta a ser praticada pela empresa, visando cobrir as despesas operacionais Análise dos impostos incidentes sobre a receita líquida Análise dos impostos incidentes sobre o lucro antes do imposto de renda e contribuição social. Planilha em excel com a resolução dos cases: Correção da prova B2 Uma boa prova Prof. Alexandre Wander O site do Jovem Universitário e do Empreendedor. Compartilhe com os teus amigos, tem conteúdo é gratuito.
RELAÇÃO ENTRE: CUSTO x VOLUME x LUCRO
A análise de custo x volume x lucro, fornece ao administrador informações úteis para a tomada de decisões e inserção do seu produto no mercado…. e que pode ser utilizada a “ajustar” o preço de vendas e selecionar o mix de produtos, visando adotar estratégicas de marketing e analisar os efeitos sobre o lucro!!!!!!! A análise viabiliza em visualizar a quantidade de produtos a serem produzidos um determinado custo de produção na definição do PREÇO e da quantidade a ser comercializadas a atender um determinado lucro. A partir do momento em que o “lucro zero” foi atingido, o tal do PONTO DE EQUILIBRIO em que a EMPRESA paga todos os CUSTOS FIXOS, toda margem de contribuição (diferença entre o preço de vendas e os custos variáveis) ser converte diretamente em lucro!!!! Isto mesmo, e a partir deste momento a EMPRESA pode reduzir, com segurança seus preços de vendas e fazer frente a concorrência, sem prejudicar seu LUCRO!!!! Quer saber mais? Inscreva-se na nossa página e acompanhe nossa séria de LIVES e POST sobre GESTÃO EMPRESARIAL!!!! Compartilhe e divulgue aos teus amigos….. Prof. Alexandre Wander Especialista em Reestruturação Empresarial. Atuou como Controller em grandes empresas e complementou seu conhecimento acadêmico em escolas tais como: FGV-SP, PUC-SP e USP-SP. Atua como consultor junto a diretoria de empresas na implementação de técnicas de gestão empresarial. Ministra cursos VIP para executivos que desejam aprimorar seus conhecimentos profissionais. Assista o vídeo sobre: CONCEITOS DO PONTO DE EQUILÍBRIO no link abaixo…… http://www.gecompany.com.br/educacional/ponto-de-equilibrio-conceitos-e-aplicabilidade/ #empresario #empresas #empresaria #business #empreendedorismo #empreendedorismofeminino #gestaoempresar
A ética e a inteligência artificial – por: Luiz Alberto Machado
O surgimento e a grande repercussão dada ao ChatGPT, ferramenta mais comentada nos meios de tecnologia no momento, me levaram a uma série de reflexões. Uma delas, expressada no Diálogo no Espaço Democrático gravado com o fundador e diretor-geral do Centro de Excelência em Inteligência Artificial de Goiás, Prof. Anderson Soares[1], diz respeito ao bom ou mau uso que pode ser feito da referida ferramenta. Antes de seguir com a reflexão, cabe lembrar que o ChatGPT é uma ferramenta de inteligência artificial especializada em diálogos que vai muito além de uma espécie de Google que, em vez de oferecer links nos quais se pode encontrar a resposta buscada, concebe um texto com a solução pronta. Trata-se, portanto, como assinalou o professor da Universidade Federal de Goiás, da primeira inteligência artificial adaptativa e evolutiva que pode ser instruída e tem capacidade de aprender. O ChatGPT traz uma vez mais à tona a questão da relação entre a ética e a tecnologia, amplamente debatida por ocasião dos testes realizados com o carro autônomo diante da necessidade de tomar uma decisão que poderia resultar na morte de um ser humano. Um dos que abordou o tema foi Yuval Harari no livro 21 lições para o século 21[2]. Suponha que dois garotos correndo atrás de uma bola vejam-se bem em frente a um carro autodirigido. Com base em seus cálculos instantâneos, o algoritmo que dirige o carro conclui que a única maneira de evitar atingir os dois garotos é desviar para a pista oposta, e arriscar colidir com um caminhão que vem em sentido contrário. O algoritmo calcula que num caso assim há 70% de probabilidades de que o dono do carro – que dorme no banco traseiro – morra. O que o algoritmo deveria fazer? Depois de tecer uma série de considerações a respeito da situação, chegando mesmo à possibilidade extrema de uma companhia como a Tesla produzir dois modelos de carro, o Altruísta e o Egoísta, Harari complementa fornecendo uma importante informação adicional: Num estudo pioneiro, em 2015, apresentou-se a pessoas um cenário hipotético de um carro autodirigido na iminência de atropelar vários pedestres. A maioria disse que nesse caso o carro deveria salvar os pedestres mesmo que custasse a vida de seu proprietário. Quando lhes perguntaram se eles comprariam um carro programado para sacrificar seu proprietário pelo bem maior, a maioria respondeu que não. Para eles mesmos, iam preferir o Tesla Egoísta. Imagine a situação: você comprou um carro novo, mas antes de começar a usá-lo tem de abrir o menu de configurações e escolher cada uma das diversas opções. Em caso de acidente, quer que o carro sacrifique sua vida – ou que mate a família no outro veículo? Essa é uma escolha que você mesmo quer fazer? Pense nas discussões que vai ter com seu marido [ou sua esposa] sobre qual opção escolher. Decisões dessa natureza se assemelham, de certa forma, à que precisou ser tomada pela atriz Meryl Streep no filme A escolha de Sofia[1]. No referido filme, por ocasião da Segunda Guerra, uma mãe judia [interpretada por Meryl Streep] é obrigada pelos nazistas a escolher, entre seu filho e sua filha, qual seguirá para os campos de concentração. Voltando às reflexões provocadas pelo ChatGPT, recordo-me que nos mais de 35 anos em que atuei como professor universitário, sempre me preocupei com questões relacionadas à ética e a moralidade e, nesse aspecto, lugar especial cabia à lisura na realização de provas e trabalhos por parte dos alunos. Meu raciocínio seguia uma lógica: colar ou plagiar é uma forma de corrupção que está ao alcance do estudante; se não for coibida, poderá passar a ser considerada uma prática normal a ser adotada em outras situações. Certa vez, um aluno punido por esse motivo me disse: “Professor, não sei porque tanta preocupação. Afinal, ao colar eu só estou enganando a mim mesmo e – acrescentou com um sorrisinho maroto – ao senhor”. Argumentei com ele que meu sonho era ver um Brasil cada vez melhor, em que a meritocracia seria a regra e, nessa linha, o bom desempenho acadêmico seria fator decisivo para o passo seguinte na carreira de qualquer pessoa, com as notas sendo adotadas como fator de entrada nos cursos superiores ou para contratação pelas empresas. Se isso vier a ocorrer – e já ocorre de certa forma com o aproveitamento das notas do Enem para ingresso nas faculdades – o aparentemente pequeno ato de corrupção não enganaria só ao aluno e seu professor, mas a toda a sociedade, uma vez que o recurso ilícito seria a porta de entrada para a universidade ou para a carreira profissional. Nos anos finais dedicados à docência – me aposentei em 2017 – o controle de eventuais fraudes já era bem mais complicado, dadas as facilidades oferecidas pelos sites de busca como o Google que permitiam que os alunos recorressem ao “copiar e colar” para a elaboração de seus trabalhos. É claro que bons professores estavam aptos a evitar as fraudes, propondo trabalhos que exigissem alguma criatividade dos alunos e não a mera reprodução de conceitos ou fórmulas prontas ou mesmo fazendo questionamentos adicionais para aferir o real conhecimento dos estudantes quando houvesse dúvidas a respeito da autoria da tarefa. Tal atitude será ainda mais necessária de agora em diante, pois o uso do ChatGPT e de outras ferramentas de inteligência artificial que surgirão num ritmo cada vez mais alucinante estará à disposição de estudantes ou profissionais dispostos a não pensar duas vezes diante da possibilidade de fazer uso da fraude e de outros métodos ilícitos como atalho para a obtenção de seus anseios acadêmicos ou profissionais. Todas essas reflexões me levaram a resgatar um artigo escrito para a Agência Planalto[1] em 1985 intitulado “quem não cola, não sai da escola”[2], que começava da seguinte forma: Poucas vezes se consegue, acidentalmente, demonstrar um fenômeno de forma tão significativa como consegue um anúncio que tem sido veiculado por nossas redes de televisão nos dias atuais: trata-se do problema da “cola”, presente
Administração Estratégica do CAPITAL DE GIRO
Gerar resultado consistentes no LONGO PRAZO representa um OBJETIVO fundamental para a maioria das empresas. O sucesso de uma administração programada é proporcionar, além do crescimento sustentável ao longo do tempo, também a “remuneração do capital investido pelos acionistas” através da geração do FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL da EMPRESA. Manter relação consistente com cliente, fornecedores, governo, bancos e outros provedores de capital e obter resultados para o crescimento pessoal dos seus empregados e para o desenvolvimento da sociedade é fundamental que a EMPRESA possa operar e alcançar resultados expressivos!!!! As origens de recursos: Para promover crescimento a empresa demanda de investimentos e necessita de obter recursos financeiros junto aos acionistas e às instituições financeiras e o resultado deste processo de captação determina a composição das fontes de recursos próprios (dos acionistas) e de terceiros (dos bancos), denominada a ESTRUTURA ÓTIMA DE CAPITAL. Os investimentos dos recursos: Os recursos disponibilizados pelos provedores de capital (bancos e acionistas) são investidos na empresa, no seu CAPITAL DE GIRO (estoques, clientes e caixa operacional) e que deverão promover um retorno superior ao custo da capitação das suas “fontes de recursos”…. ….Quando o retorno dos investimentos efetuados no CAPITAL DE GIRO é superior a taxa e captação dos recursos provenientes dos BANCOS e ACIONITAS… a empresa encontra-se num grau de alavancagem financeira positiva… indicando que a EMPRESA opera acima da linha do MERCADO e neste caso o risco financeiro é amenizado pela estrutura operacional na potencialidade da EMPRESA gerar CAIXA e remunerar adequadamente suas fontes de recurso.. Porém….quando o retorno dos investimentos no CAPITAL DE GIRO for inferior ao CUSTO DE CAPTAÇÃO BANCÁRIA a empresa encontra-se operando abaixo da linha de mercado, e portanto num grau de alavancagem financeira NEGATIVA e ao longo do tempo, o volume do endividamento poderá conduzir a EMPRESA a insolvência FINANCEIRA, prejudicando seu desempenho operacional. Gostou da dica? deixe teu like e compartilhe com teus amigos Prof. Alexandre Wander