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Aprendendo com as grandes marcas: A Missão da Starbucks

Nesta versão, Howard Schultz celebra o espírito humano baseada na filosofia Central do negócio na experiência do cliente. ” Queríamos que a nossa MISSÃO Starbucks respeitasse o nosso passado e focalizasse em como vivemos a Missão todos os dias através do nosso café, associados ( funcionários), clientes, lojas, vizinhança e acionistas. Nós também queríamos capturar não somente os aspectos duradouros dos nossos Princípios Orientadores, mas também articular o que nós enxergamos como mais importante para o nosso futuro “. Uma boa reflexão se você já fez a MISSÃO da tua EMPRESA, ou se ainda NÃO fez. Prof. Alexandre Wander. Gecompany o canal amigo do EMPRESÁRIO e do JOVEM EXECUTIVO. Inscreva-se, Inspira-se e Compartilhe!!!!! https://www.instagram.com/p/CLuO04YjC-v/?igshid=ux1429f8bx90

Estruturando tua empresa para o futuro.

Definir os alicerces de uma EMPRESA é fundamental para o sucesso contínuo e isto deve ser feito independente do tamanho da EMPRESA. Vou mais longe; até mesmo a PESSOA FÍSICA tem os seus valores; sua MISSÃO e visão em relação a VIDA e quando nos identificamos com estas premissas, nos tornamos mais humanos, menos egoísta e deixamos de trabalhar pelo dinheiro e sim pela nossa existência em cumprir a nossa MISSÃO. De volta ao mundo EMPRESARIAL: Para surtir efeito a MISSÃO precisa ser definida pela principal pessoa da EMPRESA; O fundador, o sócio majoritário, o principal executivo; pois foi a pessoa que se doando idealizou o NEGÓCIO . Após definida a MISSÃO, para surtir efeito, ela precisa ser vivida pela organização; pois é a crença principal da companhia e precisa ser conhecida e energizado por todos os funcionários, sem exceção. Somente a partir dai, se elabora a VISÃO, onde quer chegar e também os OBJETIVOS ou METAS a serem atingidas pelas GERENTES DEPARTAMENTAIS. Dai sim, formatado o PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO e convertido ao PLANEJAMENTO OPERACIONAL, finalmente a EMPRESA terá um bom roteiro a SEGUIR. Nota: É função do CONTROLLER a transformação do PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO ao PLANEJAMENTO OPERACIONAL. Então vamos lá, meu amigo de PROFISSÃO. Prof. Alexandre Wander Gecompany o canal amigo do EMPRESÁRIO e do JOVEM EXECUTIVO. Inscreva-se e compartilhe!!!! https://www.instagram.com/p/CLuJ_5iDy9G/?igshid=1shpgmvncgthy

Você conhece quais são os alicerces estruturais que definem uma empresa?

Muitos executivos iniciam ou exercem suas funções sem antes conhecer os alicerces estruturais que definem uma EMPRESA, e acabam por encontrar dificuldades no desempenho das suas atividades. Mesmo que implicitamente toda EMPRESA possui 03 marcos que qualificam a sua existência; e para tratarmos as metas ou nos posicionarmos melhor nas reuniões e apresentação as nossas intervenções é fundamental ficarmos ” por dentro “. Estamos nos referindo: Missão, Visão, e Valores. Missão é a determinação do motivo Central de uma EMPRESA. Visão determina onde a EMPRESA pretende chegar, o que gostaria de se tornar e como gostaria de ser reconhecida pelo MERCADO. Valores norteiam as normas e os padrões de comportamento da EMPRESA. Conhecer com propriedade o entrelaçamento destas bases, com certeza irá te ajudar do desempenho das tuas funções. Dica aos EMPRESÁRIO: Formalize os alicerces estruturais da tua EMPRESA, e deixe claro aos teus colaboradores. Controller você precisa identificar os alicerces da EMPRESA antes de elaborar o Planejamento Estratégico e Operacional. Prof. Alexandre Wander Gecompany o canal amigo do JOVEM EXECUTIVO. Inscreva-se e compartilhe!!!!  

A importância da análise financeira, ou de balanço.

A análise financeira ou do Balanço Patrimonial, como é mais conhecida, é um dos principais instrumentos de análise de investimentos; importante para o CONTROLLER compreender o desempenho econômico-financeiro de uma EMPRESA e sua situação patrimonial. Podemos definir a análise do BALANÇO PATRIMONIAL como a aplicação do raciocinio analítico dedutível decorrente do entrelaçamento das ORIGENS e APLICAÇÕES dos RECURSOS das suas FONTES DE FINANCIAMENTO (Capital próprio ou de terceiros); que decorrente dos EVENTOS ECONÔMICOS provocam mutações nos elementos patrimoniais. O BALANÇO PATRIMONIAL é por excelência a mais importante peça contábil e através dele avaliamos a ESTRUTURA PATRIMONIAL de uma EMPRESA, classificada em seus BENS e DIREITOS e suas OBRIGAÇÕES. O Controller deve dominar tais conceitos e análise para desempenho da sua profissão. Prof. Alexandre Wander Gecompany o canal amigo do EMPRESÁRIO e do JOVEM EXECUTIVO Visualize também o paper no link abaixo: http://www.gecompany.com.br/educacional/contabilidade/entendenda-os-demonstrativos-financeiros/

Rumo à autonomia do Banco Central, por: Luiz Alberto Machado

A Câmara dos Deputados aprovou, no dia 10 de fevereiro, o Projeto de Lei Complementar (PLP) 19/2019, que confere autonomia ao Banco Central. Como o projeto já teve a aprovação do senado e os deputados não alteraram o texto dos senadores, a proposta segue para sanção presidencial. Sendo de interesse do governo, foi a primeira votação relevante sob a presidência do deputado Artur Lira, que teve o apoio do presidente Jair Bolsonaro na eleição para a presidência da Câmara realizada no início de fevereiro. A aprovação ocorreu por ampla margem, com 339 votos a favor e 114 contrários, fato que foi interpretado por muitos analistas como um indicador de que o governo terá mais facilidade de aprovar projetos de seu interesse do que tinha sob a presidência de Rodrigo Maia. Examinando por outro ângulo, pode-se dizer que essa ampla margem chega a surpreender, uma vez que a autonomia operacional do Banco Central é um tema bastante polêmico e que costuma provocar acentuada divisão de opiniões. Conhecido popularmente como “guardião da moeda”, o Banco Central do Brasil (Bacen ou BCB) foi criado em 31 de dezembro de 1964, como parte das medidas adotadas pelo governo de Castelo Branco para pôr ordem na economia e modernizar o sistema financeiro. Suas funções básicas são[1]: Monopólio de emissão; Banco dos bancos; Banqueiro do governo; Supervisor do sistema financeiro; Executor da política monetária; Executor da política cambial; Assessor econômico do governo. Se o projeto que confere autonomia ao Banco Central for sancionado pelo presidente da República, o Banco Central estará, como observa Celso Ming, “protegido da ação predatória dos políticos, que só pensam em gastar”.[2] Um dos motivos dessa blindagem reside na maior segurança dos diretores do Bacen, que passam a ter mandato fixo não coincidente com o dos principais cargos da República, além de não poderem ser demitidos  a não ser por grave deslize. Como já mencionei, a autonomia operacional do Banco Central está longe de se constituir em ponto de consenso entre os economistas. Entre os que são favoráveis à autonomia, encontram-se economistas de orientação mais ortodoxa[3] que, via de regra, defendem reduzida intervenção governamental na economia, rigorosa estabilidade monetária e equilíbrio orçamentário. Para tanto, o Banco Central tem papel fundamental na condução das políticas monetária e cambial, cabendo muitas vezes a ele neutralizar eventual flexibilidade na condução da política fiscal, que pode ter perigoso impacto inflacionário. Já entre os opositores da autonomia estão muitos economistas alinhados a posições mais heterodoxas[4], defensores de um maior protagonismo do Estado na gestão econômica e que admitem a necessidade de déficits orçamentários e até de alguma inflação na busca por maiores taxas de crescimento econômico. Há também alguns mais radicais que se opõem à sua própria existência, como é o caso dos adeptos da Escola Libertária, também conhecidos como anarco-capitalistas. Posição muito próxima é a de Friedrich Hayek, um dos grandes expoentes da Escola Austríaca e ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 1974, que defende o fim do monopólio de emissão, tendo inclusive um livro voltado a essa ideia, no qual se lê: Temo que – desde que a propaganda “keynesiana” se infiltrou nas massas, tornando a inflação digna de respeito e fornecendo aos agitadores argumentos que os políticos profissionais são incapazes de refutar – a única maneira de impedir que uma inflação contínua acabe por nos levar a uma economia controlada e dirigida – e, portanto, em última instância, a única maneira de salvar a civilização – seja privar os governos de seu poder sobre a oferta de moeda.[5] Aos que argumentam que essa decisão seria dispensável, uma vez que o Banco Central já atua com razoável grau de autonomia, eu gostaria de lembrar que isso só ocorre quando há entrosamento entre o governo e a área econômica e, no limite, entre os diferentes integrantes da área econômica. Tivemos, no passado recente, alguns exemplos no Brasil, em que a falta de autonomia do Banco Central deixou sequelas graves. Uma delas se deu quando o governo determinou, com absoluto grau de voluntarismo, a redução da taxa básica de juros. Observava-se, nesse período, no governo de Dilma Rousseff, um racha na equipe econômica liderada por Joaquim Levy. Na ocasião, muitas ações do presidente do Banco Central Alexandre Tombini eram publicamente criticadas por integrantes de outros departamentos da área econômica, provocando forte desorientação do mercado e perda de confiança dos agentes econômicos, combinação perfeita para afugentar investimentos internos e externos. Cabe destacar, por fim, que a autonomia operacional do Banco Central, que já existe – há mais ou menos tempo – em muitos dos países não é garantia de 100% de blindagem nem de boa condução da política econômica. A Argentina é prova disso. Lá, a autonomia do Banco Central foi aprovada em 1995, porém, as constantes ingerências do Poder Executivo, que continuam a existir, resultaram na perda de confiança do mercado e falta de credibilidade da instituição para definir a política monetária, o que explica em grande parte o descontrole da inflação. Por: Luiz Alberto Machado Economista, graduado em Ciências Econômicas pela Universidade Mackenzie, mestre em Criatividade e Inovação pela Universidade Fernando Pessoa (Portugal), é sócio-diretor da empresa SAM – Souza Aranha Machado Consultoria e Produções Artísticas e diretor adjunto do Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial. Foi presidente do Corecon-SP e do Cofecon. [1] 7 funções do Banco Central. Disponível em https://financeone.com.br/7-funcoes-do-banco-central-do-brasil/. [2] MING, Celso. A blindagem do Banco Central. O Estado de S. Paulo, 12 de fevereiro de 2021, p. B2. [3] MACHADO, Luiz Alberto. Ortodoxia X Heterodoxia. Disponível em https://espacodemocratico.org.br/artigos/ortodoxia-x-heterodoxia/. [4] KAHN, Tulio; MACHADO, Luiz Alberto (organizadores). Interpretações do Brasil – Tradicionais e novas abordagens históricas, econômicas e diplomáticas. São Paulo: Scriptum Editorial, 2018. [5] HAYEK, Friedrich. Desestatização do dinheiro. Tradução de Heloísa Gonçalves Barbosa. Rio de Janeiro: Instituto Liberal, 1986. Gecompany o canal amigo do jovem universitário – Inscreva-se e compartilhe.

Atribuições do Contador e do Controller

A falta de posicionamento entre as principais atribuições do Contador e do Controller pode prejudicar o desempenho destes dois grandes profissionais nas empresas; o objetivo em destacarmos as principais funções; é de contribuir na formatação das suas atividades. O Contador elabora os relatórios para o público externo; enquanto que o Controller especificamente para o público interno; O Balanço Patrimonial, a demonstração do resultado e a demonstração do fluxo de caixa realizadas são os principais relatórios do Contador; enquanto que as projetadas do Controller; O Contador elabora os relatórios financeiros com frequência mensal e acumulada anual; o Controller quando solicitada pela administração; O Contador apura os custos do produto produzido com a vertente histórica; O Controller com a vertente histórica e esperados (previsto a custo de reposição do mercado); O Contador utiliza a base de valorização para quantificar os dados segue a premissa da moeda local; O Controller utiliza a moeda corrente e a moeda requerida pelo país controlador; O Contador elabora as informações financeiras de acordo com os princípios contábeis geralmente aceitos (IASB); O Controller nenhuma restrição específica a não ser a imposta pela administração; O Contador utiliza as informações objetivas (sem viés); O Controller utiliza as informações relevantes ao tempo, podendo ser subjetiva, mas consistente; O Contador elabora os relatórios financeiros com orientação histórica; enquanto que o Controller elabora os relatórios com visão futurista, para facilitar o planejamento, controle e avaliação do desempenho antes do fato e comprar o realizado com o previsto, apontando e justificando as distorções plausíveis; O Contador utiliza-se dos relatórios financeiros para exercer sua função; o Controller utiliza-se do Orçamento Empresarial ( BUDGET) para exercer sua função; O Contador precisa entender da legislação societária e o Controller além da legislação societária precisa entender da lei do MERCADO; O chefe do Contador é o Fisco; o chefe do CONTROLLER o acionista. Espero que tenha gostado das reflexões. Gostou? deixe teu like e compartilhe. Prof. Alexandre Wander. Gecompany o canal amigo do JOVEM EXECUTIVO.

O essencial e o acessório: O fim da operação Lava Jato, por Luiz Alberto Machado

Em 1984 ocorreu uma ampla reforma curricular nos cursos de ciências econômicas que instituiu uma série de mudanças a serem obedecidas por todos os cursos ministrados no Brasil para quem ingressasse a partir de 1985. Dentre as mudanças da referida reforma, uma das mais significativas foi a exigência de uma monografia que cada estudante deveria apresentar ao final de seu curso, sob a orientação de um professor, como pré-requisito indispensável para a obtenção do diploma de graduação. Uma das consequências dessa exigência foi a criação de uma disciplina que preparasse os estudantes para a preparação da monografia. Chamada, em muitas instituições, de Metodologia Científica e Técnicas de Pesquisa em Economia (algumas optaram por duas disciplinas, uma voltada para questões teóricas de filosofia da ciência e outra para o passo a passo da elaboração de um texto acadêmico), transformou-se rapidamente numa das disciplinas menos apreciadas pelos estudantes. Se fosse feita uma pesquisa para saber qual a disciplina mais odiada do curso, seguramente ela ganharia com folga. Acompanhei, como professor, essa fase de transição que, diga-se de passagem, ocorreu em diversos outros cursos, à medida que trabalhos de conclusão de curso (TCC) iam se tornando obrigatórios. Fui testemunha da enorme dificuldade que os professores responsáveis por ministrar a referida disciplina tiveram para motivar seus estudantes, muitos dos quais imaturos e incapazes de perceber a importância da mesma. Só no momento de se defrontarem com a elaboração da monografia, normalmente no último ano do curso, é que os estudantes se davam conta da relevância daquela disciplina e, nessa hora, lamentavam não tê-la cursado com a devida seriedade. Coube-me, por muitos anos, em minha jornada de professor, a responsabilidade de orientar estudantes em suas monografias. Nessas oportunidades, constatava diversos aspectos do despreparo de muitos para realizar aquela etapa imprescindível de sua formação. Evidentemente, estudantes que tinham tido bom desempenho ao longo do curso, encontravam menos dificuldade: já haviam pensado previamente no tema de sua monografia, acumulado suficiente volume de fontes de pesquisa e definido um foco bem delimitado do que deveriam incluir no texto, sabendo claramente separar essencial (tudo que é importante e não pode faltar) e acessório (aquilo que desempenha papel secundário). Os menos preparados, por sua vez, tendiam a se dispersar, gastando tempo e energia em aspectos acessórios e deixando na superficialidade o que era essencial. Por que essa longa peroração? Pois foi exatamente o que senti nos últimos meses acompanhando debates e discussões a respeito da Operação Lava Jato, enfim extinta formalmente em decorrência do processo de “correção de rumos” no MPF que o procurador-geral da República, Augusto Aras, encampou ao assumir o cargo. Grande parte dos argumentos dos envolvidos nas discussões concentrava-se em eventuais desvios ou exageros cometidos ao longo dos processos conduzidos pela força-tarefa sediada em Curitiba, constituída por membros do Ministério Público Federal (MPF), da Polícia Federal (PF) e da Receita Federal, criada há quase sete anos, e não no extraordinário benefício trazido ao Brasil e à imagem externa do País em razão dos resultados atingidos no combate à corrupção e à impunidade de figuras poderosas da política e dos negócios, que, até então, sentiam-se acima da lei e da ordem. Na minha perspectiva – que pode perfeitamente estar equivocada – tratava-se de uma clara confusão entre o essencial, que era tornar o Brasil um país melhor através de um duro combate à corrupção e à impunidade, e o acessório, representado por eventuais exageros praticados pelos membros da força-tarefa na tentativa de chegar ao objetivo maior. Diante disso, não me causou surpresa a decisão da extinção da Operação Lava Jato. Afinal, parece-me claro que além dos alegados eventuais desvios e exageros, pesaram muito mais os interesses de políticos – tanto do governo como da oposição – e de empresários punidos ou ameaçados de o serem graças ao trabalho da força-tarefa. Resta-me a esperança de que o combate à corrupção não seja interrompido com a extinção da Operação Lava Jato, como foi prometido pelo procurador-geral, que afirmou que os casos em andamento sob os cuidados da antiga força-tarefa continuarão a ser investigados, mas sem dedicação exclusiva dos procuradores que compunham a força-tarefa de Curitiba, os quais, desde o dia 1° de fevereiro, passaram a fazer parte do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) criado no MPF do Paraná. Caso isso não ocorra, chegarei à triste conclusão de que, uma vez mais, prevaleceram os interesses daqueles que não estão nem um pouco preocupados com o aperfeiçoamento das nossas instituições e com a construção de um país mais sério. *O autor é economista, mestre em Criatividade e Inovação, e conselheiro do Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial Artigo publicado no jornal: Gazeta do Povo de Curitiba

Inteligência artificial x Empregabilidade: Por: Luiz Alberto Machado – Diretor adjunto na Instituto Fernand Braudel de Economia Mundial

Um dos grandes desafios enfrentados pelo Brasil e por diversos países neste início de ano consiste em reduzir o nível de desemprego, em muitos casos agravado pela pandemia do coronavírus que assolou o mundo todo no ano passado. O desafio, que é por si mesmo extremamente árduo, ganha contornos ainda maiores se levarmos em conta que estamos vivendo mais uma revolução tecnológica, na qual a tecnologia da informação (TI) e a inteligência artificial (IA) são responsáveis pelo surgimento de máquinas, plataformas e equipamentos capazes de fazer uma série de coisas que dependiam de trabalho humano, pondo em risco a continuidade de muitas profissões e ocupações. Longe de se constituir em novidade, o tema – já bastante focalizado – costuma voltar à tona por ocasião das revoluções tecnológicas. É exatamente o que está ocorrendo agora, com a publicação de novos livros e artigos, bem como da revisitação a publicações mais antigas. Por se tratar de tema polêmico, divergências são comuns, chegando, não raras vezes, a posições extremadas, o que não chega a causar surpresa se considerarmos, como mencionado na orelha do livro “Boa economia para tempos difíceis”, de Abhijit Banerjee e Esther Duflo, ganhadores do Prêmio Nobel de Economia em 2019, que “vivemos numa época de crescente polarização, na qual ignorância, achismos, ideologia e inércia muitas vezes se articulam para nos dar respostas que parecem plausíveis e promissoras, mas que comumente são construídas sobre os ombros da má economia”. Para dar início ao exame do tema, vou recorrer a Steven Davis, professor da Escola de Administração da Universidade de Chicago. No livro “Job creation and destruction”, juntamente com os coautores John Haltiwanger e Scott Schuh, ele sustenta a hipótese de que, a não ser em situações excepcionais, o volume de empregos que surgem é sempre muito próximo ao de empregos que desaparecem, embora os últimos tenham muito mais repercussão do que os primeiros. Feitas essas considerações preliminares, cabem, de imediato, duas perguntas: períodos de revoluções tecnológicas podem ser considerados excepcionais? uma pandemia como a que estamos enfrentando não se constitui numa situação anormal? Independentemente das respostas a essas perguntas, gostaria de mencionar alguns pontos de vista sobre o tema. Começo por autores que possuem uma visão quase catastrofista, como Paul Ormerod e Jeremy Rifkin, autores, respectivamente, de “A morte da economia”  e “O fim dos empregos” , previram, em plena década de 1990, um cenário muito complicado, que combina prolongada crise econômica e desemprego generalizado. Muhammad Yunus, ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 2006, também sustentou recentemente uma posição muito próxima. Numa entrevista publicada no jornal O Estado de S. Paulo em dezembro de 2020, acerca dos efeitos da pandemia da Covid-19, afirmou: “A política deveria ser a de não voltar para aquele mundo, porque ele estava levando para o fim da existência da humanidade em função do aquecimento global, da concentração de riqueza e da invasão da inteligência artificial”. Já entre autores que se debruçaram sobre diferentes aspectos da revolução tecnológica em curso, ouso destacar Klaus Schwab, criador do Fórum Econômico de Davos, autor do livro “A quarta revolução industrial” , e um dos maiores pensadores da atualidade, Yuval Harari, autor dos best sellers “Sapiens”, “Homo Deus”  e “21 lições para o século 21” . Ambos não se detiveram apenas ao impacto da revolução tecnológica sobre o emprego, mas, de forma mais ampla, aos dilemas gerados por uma realidade desconhecida ou ainda incipiente, decorrente da Quarta Revolução Tecnológica (ou Indústria 4.0), dominada pela inteligência artificial (IA), robótica, internet das coisas (IoT na sigla em inglês), big data, veículos autônomos, impressão em 3D, nanotecnologia, biotecnologia, ciência dos materiais, armazenamento de energia e computação quântica, para citar apenas algumas inovações. Numa conversa com Luciano Huck publicada em abril do ano passado no jornal O Estado de S. Paulo , Harari reconheceu que a crise desencadeada pela pandemia acelerou mudanças que se encontravam em andamento e, mesmo admitindo que “o futuro não está predeterminado”, é possível afirmar que “assim como as convulsões da Revolução Industrial deram origem às novas ideologias do século XX, as próximas revoluções na biotecnologia e na tecnologia da informação exigirão novas visões e conceitos”. Sendo assim, conclui, “as próximas décadas serão, portanto, caracterizadas por um intenso exame de consciência e pela formulação de novos modelos sociais e políticos”. Quem também se referiu às mudanças que já vinham ocorrendo e que foram aceleradas pela pandemia foi o Prof. José Pastore, que, num Diálogo no Espaço Democrático, ponderou: Eu penso que o mundo de amanhã não vai ser totalmente diferente do mundo de hoje. Mas também não vai ser totalmente igual. Vai ter mudança. Acredito que vai ocorrer uma aceleração de coisas que já estão despontando hoje em dia, como, por exemplo, o caso do home office. O home office já é corriqueiro para muitas empresas nos dias de hoje, mas não era para a grande maioria. Agora, com a pandemia, tende a se ampliar muito. Ainda sobre o home office, salientou: Então, o home office é uma grande alternativa tecnológica que o mundo digital está trazendo e acredito que nós vamos por esse caminho mesmo. Agora, não significa que todos vão se transformar assim. Muitas e muitas atividades vão continuar de modo convencional. Em primeiro lugar, elas não se ajustam ao home office, elas dependem da presença física. Então, uma linha de montagem sempre vai precisar de trabalhadores presentes. Na agricultura, sempre vai ser preciso alguém que dirija o trator ou que pelo menos dê um sinal para um trator que seja autodirigível. E assim por diante. Além do mais, não são todas as atividades que permitem o trabalho dessa maneira à distância, sem muita segurança. Nas atividades estratégicas da empresa, que envolvem às vezes confidencialidade, privacidade, a presença física das pessoas é muito importante.   Referindo-se à incorporação de novas tecnologias e seus efeitos nas relações de trabalho, destacou: Outra tendência: cada vez mais o mundo está incorporando tecnologias e elas estão garantindo mais produtividade na maioria das atividades. No Brasil não é diferente, mas a produtividade aqui está muito atrasada. Existem vários fatores que travam a produtividade. Por exemplo, a organização das empresas. Uma empresa bem administrada é mais produtiva do que uma empresa mal administrada.

O PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO FORTALECENDO OS NEGÓCIOS EM TEMPOS DE PANDEMIA

Da segunda metade do século 20 até hoje, a palavra “mudança” se tornou um dos termos mais praticados. E 2020 que o diga! Dentre essas mudanças, muitos dos hábitos de compra e consumo sofreram vários impactos, como podemos verificar: De acordo com a Kantar Insights, 77% dos brasileiros estão prestando mais atenção nos preços, sendo que 75% estão consumindo produtos de mercados menores e perto de casa e outros 68% estão preferindo utilizar pagamentos eletrônicos (cartões e mobile). Muitos brasileiros já afirmam que vão continuar comprando on-line depois da pandemia. A pandemia tem nos mostrado como marcas que se importam com as pessoas podem lucrar. Dessa forma, a tendência apontada nos últimos anos para o consumo de marcas conscientes e responsáveis com o meio ambiente e o social está cada dia tomando mais forma e continua sendo uma grande possibilidade para o futuro. Ela também veio nos mostrar quanto estamos conecta- dos e interligados, ao passo que algumas mudanças de hábito já parecem nos apontar um caminho de relações mais locais durante algum tempo. As pessoas estão saindo menos dos seus bairros para consumir. Esse movimento pode se refletir em mudanças a longo prazo também, em que iremos observar a existência de comunidades mais fortes e interligadas. Diante desse cenário e pensando agora no mundo corporativo, o planejamento estratégico na pandemia se tornou essencial para a sobrevivência das empresas, sendo que independente do seu porte e segmento, se faz necessário ter um plano de ação. De acordo com dados da Agência IBGE, entre 1,3 milhão de empresas que no início do 1º semestre de 2020 estavam com atividades encerradas temporária ou definitivamente, 39,4% apontaram como causa as restrições impostas pela Covid-19. Esse impacto no encerramento de companhias foi disseminado em todos os setores da economia, chegando a 40,9% entre as empresas do comércio, 39,4% dos serviços, 37% da construção e 35,1% da indústria. Ainda de acordo, com a Agência IBGE, para sete em cada dez empresas em atividade, a pandemia implicou diminuição sobre as vendas ou serviços comercializados na primeira quinzena de junho em relação ao período anterior ao início do isolamento social. O impacto foi maior entre as companhias de pequeno porte, com até 49 funcionários, em que 70,9% reportaram redução nas vendas. Mas o mesmo foi percebido por 62,9% das empresas do porte intermediário (entre 50 e 499 pessoas ocupadas) e 58,7% das empresas de maior porte (acima de 499 funcionários). Entre os setores, a redução nas vendas foi maior na construção (73,1%) e nos serviços (71,9%), especialmente aqueles prestados a famílias (84,5%) e no comércio (70,8%), com destaque para a venda de veículos, peças e motocicletas (75,5%). Na indústria, 65,3% das empresas reportaram redução nas vendas. Cerca de 60% das empresas relataram maior dificuldade na capacidade de fabricar produtos e de atendimento aos clientes durante a primeira quinzena de junho em relação ao período anterior ao início da pandemia – reportado por 67,2% das empresas do comércio, 65,5% da construção e 59,5% dos serviços. Outras 60,8% revelaram ter sentido dificuldade no acesso aos fornecedores, com impacto maior no comércio (74,0%), especialmente na comercialização de veículos, peças e motocicletas (87,4%). Na indústria, essa impressão foi reportada por 62,7% das empresas em funcionamento. Foram tomadas, então, pelas empresas algumas medidas visando minimizar o impacto da Covid-19, conforme o gráfico abaixo: Além dessas medidas, o local empresarial precisou ser transferido, passando a ocupar a sala ou escritório de muitas casas. As reuniões não são presenciais, mas on-line. Os eventos e viagens precisaram ser suspensos por tempo indeterminado. Investimentos antes previstos, foram eliminados ou otimizados. Os investimentos em TI, no entanto, ganharam destaque, o que deverá ser uma tendência daqui por diante. Todo esse cenário inesperado exigiu mudanças de planos. Afinal, houve um “desvio de direção” e não se sabe até quando isso vai durar. A única certeza de que temos é que existe um novo normal. Sendo assim, é preciso rever o planejamento estratégico na pandemia para que as empresas sobrevivam e saiam dessa fase com os melhores resultados possíveis! Cabe, porém, ressaltar que esse plano deve ser revisado sempre, independentemente de qualquer nova crise! Conceitualmente, o planejamento estratégico representa uma incessante busca por melhorias que devem ser desenvolvidas dentro do ambiente corporativo Do ponto de vista prático, o Planejamento Estratégico busca inicialmente mapear a situação atual, definir a visão de futuro e as ações estratégicas para se alcançar os objetivos, definindo a Missão que é a razão de existir da empresa. Temos também a Visão, que define aonde pretendemos chegar (por exemplo, onde a empresa deverá estar em dois anos, seja financeiramente ou em termos de reconhecimento) e, por fim, quais são os Valores, as diretrizes para orientar as nossas atitudes e comportamentos. Para as Ações Estratégicas que correspondem ao detalhamento dos planos, temos então o momento em que definimos “quem” vai fazer “o que” e “quando”. Vale dizer que para que tenham êxito, é necessário que a alta direção “compre” a ideia, legitimando e em ponderado os níveis abaixo de gestão. Para se construir uma Visão de Futuro eficiente e coerente com a empresa, é importante seguir alguns passos. A princípio, é essencial que se comece pelo sonho, imagine-se no momento para o qual você está fazendo o Planejamento e nesse sonho visite sua empresa, o mercado, seus resultados financeiros. Em seguida, estabeleça acordos para essa visualização e reveja o que idealizou com os pés no chão, deixando de lado as ideias mirabolantes, mas tendo a coragem de assumir aquelas desafiadoras. Por fim, transforme tudo em dados mensuráveis e, com isso, terá sua Visão de Futuro. De nada adianta imaginar  um futuro que não possa ser mensurável. Se houver na Visão a intenção de um determinado faturamento, ele deve ser desafiador, mas exequível, sendo acompanhado periodicamente, o que indicará a tendência de atingimento ou não. Para reforçar a importância de uma boa Visão de Futuro, temos um caso interessante de uma empresa brasileira, contratada por uma famosa marca internacional para prestar serviços como representante no Brasil. No estudo de riscos feito, tendo