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Indicação de livros sobre a disciplina de contabilidade de custos

Olá prezados alunos (as), gostaria de indicar para estudo o livro do professor Eliseu Martins publicado pela Editora Altas (grupo gen) Este livro reúne 150 exercícios de Contabilidade e Analise de Custos, relativos a indústrias de manufatura e a prestação de serviços, com diferentes graus de dificuldades: fáceis, médios e difíceis. Corresponde à décima edição do Livro-Texto, adaptada às disposições dos Pronunciamentos Técnicos do CPC 16, que trata da valoração de estoques, e das Leis nºs 11.638 e 11.941. As respostas-chave de todos os exercícios encontram-se disponíveis no site da Editora Atlas. Obra útil a todos os profissionais envolvidos com o assunto, quer os vinculados às empresas manufatureiras ou de serviços, quer seus consultores, aos professores e aos alunos de Administração, Finanças, Contabilidade, Controladoria, Engenharia da Produção etc. Recomendado também como preparatório para concursos públicos que contemplem matéria relacionada à Contabilidade e à Análise de Custos. https://www.grupogen.com.br/contabilidade-custos-ex Um bom estudo Prof. Alexandre Wander  

A utilidade da Departamentalização e como se classifica

Departamento é a unidade mínima administrativa para a contabilidade de custos, representa por pessoas e máquinas (na maioria dos casos), em que se desenvolvem atividades homogêneas. Diz-se unidade mínima administrativa porque sempre há um responsável para cada departamento ou, pelo menos, deveria haver. Esse conceito que liga a atribuição de cada departamento à responsabilidade de uma pessoa dará origem a uma das formas de uso da contabilidade de custos como forma de controle. Os departamentos subdividem-se para obter melhor gestão das atividades atribuídas num processo industrial em termos de responsabilidade e aprimoramento das destas atividades no ciclo produtivo e operacional, delimitando o início e o encerramento de um ciclo. Os departamentos produtivos são os departamentos que atuam diretamente na confecção de um produto, sendo aqueles que promovem a transformação da matéria prima ao produto a ser comercializado; neste departamento é importante a atenção na qualidade da matéria prima que está sendo empregado ao processo; suas qualificações e especificações e tempo de processo que as matérias primas se transformarão em produto acabado. No departamento produtivo é o local onde demanda um maior número de pessoas e maquinário e também o local onde residem os supervisores de produção na orientação aos executores do processo quanto as qualidades específicas exigidas de acordo ao padrão de qualidade. No departamento produtivo é onde ocorre com maior frequência os gastos diretos de fabricação devido ao volume de consumo das matérias primas; da mão de obra direta e da depreciação fabril. Outros custos do processo produtivo também ocorrem neste departamento, os chamados GGF (gastos gerais de fabricação) ou custos indiretos e que são alocados aos produtos, na utilização do custeio por absorção com base ao rateio previamente definido a absorção dos custos. Os departamentos auxiliares, também como conhecidos não produtivos, são os que existem basicamente para prestar serviços aos departamentos produtivos; nesses departamentos não ocorre nenhuma ação direta sobre os produtos; exemplos destes departamentos: Manutenção, almoxarifado, controle de qualidade, engenharia industrial, suprimentos; etc. Centro de custos Uma vez definida a estrutura departamental da empresa, utiliza-se a codificação por centro de custos onde ocorre apropriação dos gastos as suas origens de responsabilidade departamental; os custos diretos são facilmente direcionados aos produtos que irão consumir uma determinada quantidade de matéria prima ou de mão de obra; e os custos indiretos são acumulados para posterior apropriação aos produtos fabricados no período do processo produtivo. Em resumo a utilidade da departamentalização é que a administração de produção terá seus custos diretos facilmente alocados aos produtos e que os custos indiretos serão facilmente identificados para efeito de monitoramento e apropriação as suas bases produtivas. Alguns exemplos de departamentos numa indústria de bebidas: Os departamentos diretos: Departamento do Processo fabril; Departamento de maturação; Departamento de envase; Departamento de embalagem. Os departamentos indiretos: Departamento do Almoxarifado; Departamento de compras; Departamento de manutenção Departamento de logística. Os departamentos administrativos: Departamento pessoal; Departamento de controladoria; Departamento financeiro. Os departamentos comerciais: Departamento comercial. Departamento de Marketing. A departamentalização é extremamente útil na classificação dos gastos e contribui na avaliação dos gastos departamentais e principalmente ameniza “erros” na apropriação dos custos aos produtos na utilização do custeio por absorção. Exemplo: Temos alguns produtos que passam por todos os departamentos e estes devem assumir os respectivos custos departamentais; e existem outros que passam unicamente por um único departamento, e neste caso estes produtos não devem assumir custos indiretos fixos dos departamentos que não contribuíram na sua concepção final. Resumo da aula ministrada na UNIP na disciplina de contabilidade de custos no ano de 2018. Indicamos como estudo complementar o livro do professor Eliseu Martins de CONTABILIDADE DE CUSTOS da editora atlas (grupo gen).

Lucro líquido das empresas de capital aberto tem crescimento de 7,43% no primeiro trimestre de 2018 com relação ao ano de 2017. Setor de Bancos lidera e Petrobras é a mais lucrativa.

Economatica, empresa de informações financeiras, consolida o lucro de 290 empresas de capital aberto brasileiras o primeiro trimestre de 2018. O levantamento foi elaborado com base nos demonstrativos financeiros padronizados entregues à CVM, não foram considerados outros informes que as empresas tenham apresentado ao mercado. O lucro consolidado no primeiro trimestre de 2018 é de R$ 50,82 bilhões contra R$ 47,31 bilhões no ano de 2017, crescimento de R$ 3,51 bilhões ou 7,43% nos últimos 12 meses. O crescimento poderia ser maior se a Eletrobrás não fizesse parte da amostra. No primeiro trimestre de 2018 a Eletrobrás registra lucro de 31,8 milhões contra R$ 1,39 bilhão no ano de 2017, queda de R$ 1,36 bilhão. Sem a Eletrobrás o aumento no lucro das empresas no primeiro trimestre de 2018 seria de 10,62%. O lucro de 289 empresas sem a Eletrobrás seria de R$ 50,79 bilhões no primeiro trimestre de 2018 contra R$ 45,91 bilhões no mesmo período de 2017. 260 empresas não financeiras registram crescimento de 4,41% de lucratividade no primeiro trimestre de 2018 com relação ao ano de 2017. O lucro do conjunto no ano de 2018 é de R$ 31,33 bilhões contra R$ 30,0 bilhões em 2017, crescimento de R$ 1,32 bilhão. O levantamento inclui a Eletrobrás. O setor financeiro (Bancos e seguradoras) com 30 empresas registra lucro de R$ 19,49 bilhões no primeiro trimestre de 2018 contra R$ 17,29 bilhões de 2017, crescimento de 12,68% ou R$ 2,19 bilhões. Dos 26 setores analisados somente o setor de Construção tem prejuízo no primeiro trimestre de 2018 de -R$ 482,9 milhões; o setor no primeiro trimestre de 2017 registrou prejuízo de –R$ 489,3 milhões. O setor bancário com 21 instituições tem o maior lucro consolidado no primeiro trimestre de 2018 com R$ 17,59 bilhões. Crescimento de 14,18% com relação ao ano de 2017. Petróleo e Gás têm o segundo melhor resultado no primeiro trimestre de 2018 com R$ 7,66 bilhões (o cálculo inclui a Petrobras) crescimento de R$ 2,93 bilhões ou 62,12% com relação ao ano de 2017. O setor de Mineração na terceira posição com R$ 5,20 bilhões tem queda de R$ 2,74 bilhões ou -34,53% com relação ao ano de 2017. 20 empresas com maiores lucros Na tabela abaixo encontramos as 20 empresas com maiores lucros no primeiro trimestre de 2018 entre as empresas de capital aberto brasileiras. A Petrobras com R$ 6,96 bilhões é a empresa mais lucrativa, seguida pelo ItauUnibanco com R$ 6,28 bilhões. Entre os cinco maiores lucros estão três bancos. O setor com maior número de representantes entre os 20 maiores lucros no primeiro trimestre de 2018 é o de Bancos com cinco empresas, seguido pelos setores de Alimentos e Bebidas e pelo setor de Papel e Celulose com duas empresas cada setor. Das 20 empresas com maiores lucros seis têm queda de lucratividade no primeiro trimestre de 2018 com relação ao ano de 2017. A Vale S.A. com queda de R$ 2,77 bilhões lidera a lista. A Petrobras é a empresa que tem o maior crescimento nominal de lucro no primeiro trimestre de 2018, entre as 20 mais lucrativas, com R$ 2,51 bilhões. A segunda com maior crescimento é CSN com R$ 1,38 bilhão. 20 empresas com maiores prejuízos no primeiro trimestre de 2018 A construtora Mendes Junior é a empresa com maior prejuízo entre as empresas de capital aberto com -R$ 245,0 milhões, seguida pela Marfrig com –R$ 202,6 milhões. Entre as 20 empresas com maiores prejuízos temos seis do setor de Construção, três de Alimentos e Bebidas, já os setores de Comércio e Energia elétrica têm duas empresas cada. 95 empresas entre as 290 empresas da amostra têm prejuízo no primeiro trimestre de 2018. Fonte das informações: economatica.com/acertemais/

Natura: Resultados do 1T18: Bom início de ano para a The Body Shop

Nota: No início do ano projetamos o valor da ação a R$ 40,00 aos nossos alunos do curso de AVALIAÇÃO DE EMPRESAS e a BOVESPA está quase lá. (isto é análise fundamentalista) Abaixo comentários da Natura: Resultados do 1T18: Mais um trimestre de crescimento sólido em receita e rentabilidade em todo o grupo; Bom início de ano para a The Body Shop Crescimento de dois dígitos na receita líquida consolidada R$ 2.687,6 milhões, +55,5% sobre o 1T17, incluindo três meses de receita da The Body Shop em 2018. Na análise pró-forma1, o crescimento consolidado foi de 11,0%2 em BRL. Natura: a receita da Natura cresceu 6,7%3 sobre o 1T17. No Brasil, o crescimento foi de 0,8%, Em bases comparáveis, a receita líquida cresceu 3.0% vs. o 1T17, ajustada pelos efeitos de calendário. A Latam manteve o forte ritmo de expansão, crescendo 23,1%. Ainda no Brasil, recuperamos a liderança no mercado CFT em 2017, de acordo com a Euromonitor. Aesop: forte crescimento de receita, de 30,8%3 , com vendas mesmas lojas (últimos 12 meses) 18,0% superiores no canal de lojas exclusivas. The Body Shop: receita de R$ 807,3 milhões no 1T18, um crescimento pró-forma de 8,5%3,  com forte desempenho na EMEA e na APAC. O calendário comercial favorável foi responsável por metade desse crescimento, que também foi impulsionado por boas vendas nas franquias e nas lojas próprias, e pelo crescimento de dois dígitos no e-commerce. Forte aumento de dois dígitos no EBITDA comparável, com crescimento em todos os negócios O EBITDA consolidado reportado foi de R$ 318,9 milhões, contra R$ 364,6 milhões no 1T17. Em bases comparáveis e pró-forma, excluindo a reversão da provisão de PIS/COFINS, o aumento foi de 58,4% em BRL. Natura: EBITDA de R$ 250,6 milhões, +23,8%3 sobre o 1T17, com uma significativa melhora na margem EBITDA em bases comparáveis. Aesop: EBITDA de R$ 27,0 milhões, +118,4%3 sobre o 1T17, com expansão de 5,0 pp na margem. The Body Shop: No 1T18, o EBITDA foi de R$ 57,1 milhões, comparado a um EBITDA negativo de R$ 11,1 milhões no 1T17. É o melhor primeiro trimestre da TBS desde 2010. Lucro líquido consolidado (reportado) de R$ 24,4 milhões no trimestre, vs. R$189,0 milhões no 1T17. Em bases comparáveis e pró-forma, o lucro líquido do 1T18 foi de R$ 88,2 milhões, contra prejuízo de R$ 1,3 milhão no 1T17, em linha com nossas expectativas para o período. Endividamento abaixo do projetado; consumo de caixa devido a sazonalidade e efeitos da TBS Devido a efeitos sazonais, o endividamento líquido fechou o trimestre em 3,3 vezes o EBITDA, abaixo de nossas projeções. No período, foi observado consumo de caixa de R$ 351,0 milhões, devido à sazonalidade na TBS, despesas financeiras relacionadas à sua aquisição e maior necessidade de capital de giro para levar adiante o plano operacional da Natura. Avanços significativos em sustentabilidade As emissões de carbono da Natura ficaram abaixo do previsto no trimestre, devido a um mix mais favorável de categorias e a maior eficiência no ciclo do pedido. A TBS já reuniu aproximadamente 5,8 milhões de assinaturas na campanha global Forever Against Animal Testing, chegando perto da meta de 8 milhões para 2018. Fonte das informações: Relatório trimestral da NATURA e tendo interesse acesse relatório completo da Natura 622335 Acesse o site da empresa http://natu.infoinvest.com.br/central-de-resultados.asp?idioma=ptb#2018 Prof. Alexandre Wander Acesse análise fundamentalista da NATURA desde 2008 até 3tri2018 Natura: Análise fundamentalista de 2009 até 2021  

Gestão baseada em valor: Uma reflexão sobre investimentos e custo do capital

Um pensamento básico e´que todo investidor deseja apurar um retorno que remunere, pelo menos, seu custo de oportunidade. Assim sendo o acionista mostra-se satisfeito em manter seu capital investido na empresa, desde que ela ofereça um retorno igual a uma taxa de juro livre de risco mais uma remuneração adicional mínima do assumido, que denomina-se spread do acionista, definindo- se assim a TMA (Taxa mínima de atratividade) do acionista. Toda vez que o retorno da empresa (ROI) superar a taxa minima de atratividade do acionista (TMA), ocorre uma valorização do capital investido – agregação de valor econômico ou do EVA (ECONOMIC VALUE ADDED) – o que refle no preço de mercado das ações. Dessa maneira, as taxas de retorno devem ser avaliadas a partir de um confronto com o custo do capital empregado com o retorno efetivo de um projeto de investimento (TIR) – taxa interna de retorno. Para a administração da empresa, a criação de valor constitui-se em referência na tomada de decisões, e a maximização do valor do capital investido, traduz com um dos principais objetivo de uma empresa (maximizar a riqueza de seus acionistas). Desta maneira a gestão baseada em  valor (GBV) deve promover, ainda, um entendimento  claro das variáveis que podem conduzir à criação de valor do negócio, definidas como direcionadores de valor. Assim quando a  administração da empresa atua com seu pensamento direcionado aos indicadores de valor, tais como: Rentabilidade dos investimentos, custo do capital, taxa de crescimento e taxa de reinvestimento, podem conduzir pausadamente a empresa a sustentabilidade operacional e financeira. A empresa como um todo deve estar comprometida com esses direcionadores de valor, estabelecendo resultados que levem à maximização da riqueza de seus proprietários. Esse envolvimento essencial com a criação de valor ocorre quando em diferentes níveis, conforme resumido do proposto por diversos autores de nível internacional. Indicadores de nível estratégico: desenvolvimento de estratégias voltadas à definição de novos negócios e oportunidade de investimentos, sinergia, fusões e aquisições, crescimento em escala, etc. Gestão e desempenho: Fixação de metas de desempenho baseadas em direcionadores de valor selecionados e formulados de um plano de ações destacando as  atividades que a empresa deverá priorizar para a criação de valor. Avaliação de desempenho: Visa acompanhar , de maneira contínua, a gestão e o desempenho de metas estabelecidas. A avaliação de desempenho deve incentivar o comprometimento de toda a empresa com metas fixadas e o objetivo de criação de valor. O processo de criação de valor não é único, aplicado diretamente a todas as empresas. Em verdade, ele deve ser ajustado a diferentes situações, cada organização deve planejar e executar seus processos com base em seus recursos disponíveis, cultura e aspirações. Em resumo, a Gestão baseada em valor tem como objetivo criar riqueza aos acionistas, produzindo um retorno que supere o custo de oportunidade do capital próprio. O valor de cada empresa depende do potencial intrínseco em promover esse retorno em excesso, que supere o custo do capital. A partir desta conclusão, uma empresa pode ser entendida como uma unidade econômica geradora e distribuidora de benefícios econômicos de caixa. Seu objetivo é o de oferecer aos acionistas uma remuneração maior que a taxa minima de retorno exigida. COPELAND, T. et. al. Avaliação de empresa, 3. ed. São Paulo, Makron Books, 2001 ASSAF, Alexandre – Finanças Corporativas e valor – atlas – 2010.  

Natura: Análise fundamentalista de 2009 até 2021

A Natura é a maior empresa brasileira do setor de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos desde a produção até a venda direta desses produtos. Além da liderança no setor, a companhia se destaca pela inovação e pelos padrões de governança, que associam crescimento econômico à produção do bem estar social e ambiental. A empresa tem sede em Cajamar, no estado de São Paulo, e atualmente atua em 7 países, com forte presença na América Latina. Uma marca 100% brasileira que nasceu da paixão pela cosmética e pelas relações. Estamos presentes em sete países da América Latina e na França, e somos a indústria líder no mercado brasileiro de cosméticos, fragrâncias, higiene pessoal e venda direta. Em 2018 a empresa anunciou na quinta-feira (7) que concluiu a compra da marca britânica de cosméticos The Body Shop, em um negócio estimado em € 1 bilhão, em 2020 adquire a marca AVON americana com mais de 130 anos de existência pelo valor de U$ 2 bilhões de dólares e se torna a QUARTA MAIOR EMPRESA DE BELEZA do MUNDO. https://g1.globo.com/economia/negocios/noticia/natura-conclui-a-aquisicao-da-the-body-shop.ghtml https://g1.globo.com/economia/noticia/2020/01/03/natura-conclui-compra-da-avon-e-cria-4a-maior-empresa-de-beleza-do-mundo.ghtml Nota: Neste trabalho estritamente acadêmico, procuramos a partir dos demonstrativos financeiros publicados pela empresa aos órgãos regulamentadores do mercado de capitais (CVM) em efetuar uma análise fundamentalista utilizando indicadores da gestão financeira e econômica; no sentido de testar a aplicabilidade dos indicadores de finanças amplamente difundidos por autores de renomes nacionais e mundiais na análise do desempenho empresarial; permitindo assim, julgamentos sobre o aspecto estritamente financeira e que agregado ao planejamento estratégico poderá contribuir para análise em diversos sentidos.   Considerando o cálculo do VALOR da ação através da metodologia do EVA chegamos num valor de R$ 24,34 semelhante ao VALOR da ação da BOVESPA de R$ 25,43. Um bom estudo Prof. Alexandre Wander

SERÁ QUE O EBITDA é tudo isto o que dizem?

Vamos iniciar nossa reflexão neste texto sobre o EBITDA Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization”, que significa “Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização“, em português. A utilização deste “indicador financeiro” tem como principal benefício em indicar o resultado operacional de uma empresa se assemelhando ao FLUXO DE CAIXA OPERACIONAL; pois adiciona ao resultado operacional as despesas que não representam uma saída efetiva de caixa por se tratarem um valor estritamente contábil, tais como a depreciação e amortização no objetivo de apresentar aos investidores o real valor de geração de caixa operacional de uma empresa. Assim, se uma empresa gerou um resultado operacional de R$ 100,00 ao adicionar a depreciação e amortização no valor de R$ 10,00 o EBITDA passa a ser de R$ 110,00 e o resultado na visão do EBITDA passa a ter um acréscimo percentual de 10%. Observe, que visualizamos o resultado operacional da empresa antes dos resultados financeiros e impostos decorrente de sua operação (IRPJ e a CONTRIBUIÇÃO SOCIAL), numa alíquota média marginal de 34%, incidente sobre o lucro líquido da empresa. A contabilidade em seus princípios do conservadorismo defini a depreciação como o custo de obsolescência dos ativos imobilizados tais como: máquinas, equipamentos, veículos, móveis, etc; ou seja, uma reserva financeira do lucro que será destinada a reposição (compra) referente aos desgastes dos bens da empresa. Ao retornarmos o valor da depreciação ao lucro operacional contábil estamos construindo uma falsa visão financeira de valor ao acionista; pois ao longo do tempo a empresa irá necessitar de recursos financeiros para a reposição dos desgastes decorrente dos ativos operacionais, e corremos o risco de iludirmos os investidores, num possível descolamento do recurso da depreciação da sua origem principal em investimentos diferenciados; ou até mesmo, em promover uma ilusória distribuição de capital (dividendos), induzindo a empresa no futuro próximo na necessidade de captar recursos onerosos para reposição dos desgastes dos equipamentos. Um outro ponto de reflexão; é que o EBITDA por ser um indicador do resultado operacional tem a sua correlação com a lucratividade de uma empresa; relacionando-se a Receita Bruta ou a Receita líquida não levando em conta os investimentos que foram necessários para gerar este lucro operacional. Exemplo: Numa receita liquida de R$ 1.000,00 e um Lucro operacional adicionado a depreciação e amortização geramos um EBITDA de R$ 110,00 e divulgamos uma margem EBTIDA de 11%; mas se a empresa necessitou de efetuar um Investimento (no seu capital de giro + imobilizado) no valor de R$ 2.000,00 temos um rentabilidade de apenas 5,5%. E neste exemplo, se a empresa efetuou uma captação do mercado a uma taxa de 10% ao ano, a alavancagem financeira será NEGATIVA. Temos observado que alguns colegas de profissão utilizam o EBTIDA para definir o valor de uma empresa; em seus conceitos da aplicabilidade dos “múltiplos EBITDA”,  e numa visão de que quando o mercado encontra-se em plena produção o múltiplo pode ser 10, e em situações de recessão da economia se reduz a 7, podendo chegar a 5. Assim o valor de uma empresa na utilização do múltiplo 10, resulta em R$ 1.100,00 numa geração de EBTIDA de R$ 110,00. A nossa reflexão, conforme artigos apresentados por estudiosos no assunto de avaliação é que a semelhança de uma empresa não é decorrente do produto em que ela vende ou da sua margem operacional atrelada a um fator múltiplo; mas sim ao seu fator de risco (o beta) decorrente da sua estrutura de capital, sua taxa de sua potencialidade de geração de caixa operacional, sua taxa de crescimento e sua disciplina financeira no seu índice de distribuição de dividendos (payout). Ao avaliarmos o índice payout numa visão crítica ele simplesmente captura todos os demais indicadores anteriormente relacionados e numa visão crítica podemos iniciar um processo mais seguro e transparente de avaliação de uma empresa em que o modelo de Gordon; como um dos precursores ao processo de avaliação defendeu a tese do DDM (dividend discount model). Como o EBITDA considera o resultado de uma empresa antes da depreciação, amortização e do resultado financeiro e dos impostos dos ativos operacionais, é comum na ansiedade da condução dos negócios os empreendedores esquecerem momentaneamente a estrutura de capital de uma empresa (principalmente os passivos onerosos) e também a necessidade de reinvestimento dos desgastes dos ativos operacionais e os riscos associados na reposição destes investimentos. Não desmerecendo o tal famoso EBITDA; mas de apenas em refletirmos os seus riscos e benefícios na utilização deste indicador da gestão empresarial. Um bom estudo e reflexão e críticas ou contribuições nos encaminhe um e-mail: awander@gecompany.com.br Gostou? faça um curso de Avaliação de Empresas; mais informações acesse o link abaixo e conheça a grade de nossos cursos: http://www.gecompany.com.br/portal/nossos-cursos/ Prof. Alexandre Wander  

Gerdau: Destaques do 1tri2018 – EBITDA de R$ 1.484 milhões no 1T18

Principais Destaques Consolidados (*) fonte da informações relatório trimestral da empresa EBITDA de R$ 1.484 milhões no 1T18, 74% maior que o 1T17, com margem EBITDA de 14,3%. • Redução nas despesas com vendas, gerais e administrativas no 1T18, representando 4,0% da receita líquida, comparado com 5,2% no 1T17. • Alavancagem financeira medida pelo indicador dívida líquida/EBITDA ajustado, reduzindo para 2,7x em 31 de março de 2018. • Lucro líquido ajustado atingiu R$ 451 milhões no 1T18, com distribuição de dividendos de R$ 136,1 milhões, o equivalente ao distribuído em todo ano de 2017. Prof. Alexandre Wander Acesse relatório completo da empresa 621038.0320-20Resultados20Trimestrais20GSA20portuguEAs acesse o site da empresa http://ri.gerdau.com/ptb/s-6-ptb-2018.html e também análise fundamentalista desde 2009 até 1tri2018 Gerdau: Análise fundamentalista 2009 até 1TRI2018

Gerdau: Análise fundamentalista 2009 até 1TRI2018

A Gerdau é líder no segmento de aços longos nas Américas e é umas das principais fornecedoras de aços longos especiais do mundo e a maior fornecedora para a indústria automobilística. A empresa tem operações industriais em 14 países – nas Américas, Europa e Ásia – com capacidade maior do que 25 milhões de toneladas por ano. Atualmente, a companhia é a maior recicladora da América Latina e tem suas ações listadas na bolsa de valores de São Paulo, em Nova Iorque e na bolsa de Madri. Nota: Neste trabalho estritamente acadêmico, procuramos a partir dos demonstrativos financeiros publicados pela empresa aos órgãos regulamentadores do mercado de capitais (CVM) em efetuar uma análise fundamentalista utilizando indicadores da gestão financeira e econômica; no sentido de testar a aplicabilidade dos indicadores de finanças amplamente difundidos por autores de renomes nacionais e mundiais na análise do desempenho empresarial; permitindo assim, julgamentos sobre o aspecto estritamente financeira e que agregado ao planejamento estratégico poderá contribuir para análise em diversos sentidos. Também reconhecemos que o desempenho futuro é reflexo de uma sólida construção apresentada no desempenho histórico.     Um bom estudo Prof. Alexandre Wander                                            

Petrobras um bom início de ano: No 1tri2018 – Lucro líquido de R$ 6.961 milhões

A Petrobras apresentou lucro líquido de R$ 6.961 milhões no 1T-2018, 56% superior ao primeiro trimestre do ano anterior, determinado por: Aumento da cotação do Brent, que resultou em maiores margens nas exportações de petróleo; Maior lucro com vendas de derivados, em consequência da política de preços implementada; Maiores margens e volumes na comercialização de gás natural; Ganho de R$ 3.223 milhões com alienação dos ativos de Lapa, Iara e Carcará; Menores gastos com ociosidade de equipamentos; e Redução das despesas gerais e administrativas. Em função do lucro apurado no trimestre e da nova Política de Remuneração aos Acionistas, levando-se ainda em conta a meta de desalavancagem da companhia, foi aprovada a antecipação de Juros sobre Capital Próprio, no valor de R$ 0,05 por ação, igualmente para preferenciais e ordinárias. O Fluxo de Caixa Livre* permaneceu positivo pelo décimo segundo trimestre consecutivo, atingindo R$ 12.993 milhões no 1T-2018, 3% inferior ao primeiro trimestre do ano anterior, principalmente em função do pagamento da primeira parcela do acordo da Class Action e do prêmio para contratação de opções de venda para proteger o preço de parte da produção de óleo. Métrica – Dívida líquida / EBITDA Ajustado O endividamento bruto reduziu de R$ 361.483 milhões, em dezembro de 2017, para R$ 340.979 milhões e o endividamento líquido de R$ 280.752 milhões para R$ 270.712 milhões. Em dólares, a queda do endividamento líquido foi de US$ 84.871 milhões para US$ 81.447 milhões, representando uma redução de 4%. Além disso, a gestão de dívida possibilitou o aumento do prazo médio de 8,62 anos para 9,26 anos, com aumento da taxa média dos financiamentos de 6,1% para 6,2%. O EBITDA Ajustado* aumentou 2% em relação ao 1T-2017, para R$ 25.669 milhões, devido ao incremento das margens de vendas e a margem do EBITDA Ajustado foi de 34%. O índice dívida líquida sobre LTM EBITDA Ajustado* reduziu para 3,52 em março de 2018, comparado a 3,67 em dezembro de 2017. Já a alavancagem* diminuiu de 51% para 49%, neste período. Excluindo-se a provisão para o acordo da Class Action, a companhia apresentaria o índice dívida líquida/ LTM EBITDA Ajustado de 3,07. Destaques operacionais A produção total de petróleo e gás natural da Petrobras no 1T-2018 foi de 2.680 mil barris de óleo equivalente por dia (boed), sendo 2.582 mil boed no Brasil, 4% inferior em relação a 2017, refletindo, principalmente, as paradas programadas e o desinvestimento em Lapa. A produção de derivados no Brasil caiu 7%, enquanto a venda doméstica reduziu 9% na comparação anual, totalizando 1.679 mil barris por dia (bpd) e 1.768 mil bpd, respectivamente, devido ao aumento da importação de terceiros e perda de participação de mercado da gasolina para o etanol. Em relação ao 4T-2017, houve queda no volume de vendas de gasolina e diesel, em função da menor demanda no mercado interno, embora tenha havido recuperação do market-share no diesel, resultado dos ajustes de preço Implementados no final de 2017. Para o gás natural, houve aumento de 7% no volume de vendas comparado ao 1T-2017. A companhia manteve sua posição de exportadora líquida, com saldo de 507 mil bpd no 1T-2018 (vs. 489 mil bpd no 1T-2017), em função da redução das importações em 38%. Acesse relatório completo da empresa RMF-1T2018-R$-Portugues Fonte das informações http://www.investidorpetrobras.com.br/pt/resultados-financeiros/holding e também dados fundamentalista da empresa desde 2009 Petrobras: Análise fundamentalista 2008 até 2022